BEM-VINDO VIAJANTE! O QUE BUSCA NO MULTIVERSO?

Ilustraverso: Ralph Damiani



Todo mundo ama uma boa capa, um mapa bem feito e ilustrações apaixonantes, sejam elas em livros, grafic novels, guias ilustrados, para usar de papel de parede ou pelo simples prazer de admirar. Porém nem todo mundo costuma dar a valor a pessoa por trás da arte, mas por sorte aqui é diferente. Quem sabe você não descobre aqui a pessoa que vai ser responsável por aquele presente diferenciado ou para concluir/iniciar aquele projeto que está engavetado: uma HQ ou a capa e ilustrações de um bom livro.
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Na sessão Ilustraverso o artista e sua arte tem vez e reconhecimento. O artista da vez é um brasileiro extremamente talentoso que escolheria facilmente para ilustrar os livros virei um dia a escrever por sua versatilidade e habilidade. Conheçam o trabalho de Ralph Damiani
O carioca radicado em São Paulo, Rafael Damiani (32 anos), conhecido popularmente por Ralph Damiani é illustrador, artista digital e fotógrafo. Tem como gosto o trabalho, principalmente, conceitual e criativo. Apaixonado por filmes e a indústria de jogos, está sempre à procura de novos projetos interessantes, especialmente os relacionados com a arte da fantasia.
O ilustrador é responsável pelas capas dos livros O Espadachim de Carvão e A Fortaleza Negra (resenha em breve). Nesse segundo título, Ralph também é responsável pelas artes dos personagens que estão no anexo. Uma delas pode ser vista mais abaixo: o vampiro Klaus.
Você pode conferir uma amostra da arte aí embaixo e as galerias da artista no DeviantArt, no Facebook e/ou no Portfólio do artista. Aos interessados em um contato profissional isso pode ser feito por mensagem privada no DeviantArt e para obter mais informações o contato pode ser feito pelo email: ralphdamiani@gmail.com.


Agents of S.H.I.E.L.D






Em sequência ao campeão das bilheterias Os Vingadores, o agente Phil Coulson retorna para a S.H.I.E.L.D., a organização de execução da lei. Ali, ele monta um pequeno e altamente treinado grupo de agentes para lidar com o estranho e o desconhecido, em casos que ainda não foram classificados. O time é formado pelo focado agente Grant Ward, um especialista em combate e espionagem; a agente Melinda May, uma piloto e perita em artes marciais; o agente Leo Fitz, um cientista brilhante, porém um pouco deslocado socialmente; e a agente Jemma Simmons. Eles serão auxiliados pela nova recruta civil Skye, conhecida por sua especialidade como hacker de computadores. Prepare-se para uma aventura épica que destaca a esperança e o milagre que é o espírito humano. Este é um mundo de super-heróis e alienígenas, pontuado pelo incomum em ações espetaculares e histórias que se expandem pelo mundo.
Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D
Lançamento: 2014 Duração: 45 Min/Episódio
Gênero: Drama, Ação e Sci-Fi

Produção: 
Mutant Enemy, Marvel Television, ABC Studios
Elenco: Clark Gregg, Ming-Na Wen, Chloe Bennet, Brett Dalton, Iain De Caestecker, Elizabeth Henstridge


O ano de 2013 parece ter sido um bom ano para série estreantes. Além de Sleepy Hollow, outras séries garantiram contratos de renovação e ampliação como é o caso de Agents of SHIELD. A série da Marvel Studios em conjunto com a ABC conseguiu uma boa estreia nos Estados Unidos marcando 4.6 pontos na audiência com um público de pouco mais de 11 milhões de telespectadores. Se isso se deve a qualidade técnica ou à expectativa dos fãs dos filmes e quadrinhos da Marvel vemos apenas mais pra frente.
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Agents of Shield começou com uma difícil missão: superar a enorme expectativa gerada o público desde seu anúncio. Ter antecessores de peso no cinema foi ao mesmo tempo algo bom e ruim. Os fã dos quadrinhos e aqueles que passaram a conhecer todo o universo começaram a esperar muito da série. Os fãs das HQs principalmente por conhecerem os mais de 50 anos da Marvel e saber todo potencial ainda oculto. Com tanta cobrança como se sair bem? Apostando no que deu certo.

A série não aposta alto e tenta se manter em um ponto entre o tangível e o fantástico, como nos curtas da Marvel já vinha fazendo, algo que foi um banho de água fria na audiência. A expectativa criada fez o público ansiar por mais heróis e ação desenfreada, mas o clima morno não agradou. Trazer de volta o Agente Coulson mantendo sob mistério como ele sobreviveu ao encontro com Loki em Os Vingadores foi uma jogada fundamental para gerar suposições e discussões entre os fãs. O personagem carismático agradou o público no cinema e tende a fazer o mesmo na série como líder de equipe. Porém isso não é o suficiente, os expectadores querem mais.
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Como já estou preparado para todo tipo de adaptação de mídia isso não aconteceu comigo. Contanto que não seja tecnicamente ruim (atuação, roteiro, fotografia, direção, etç) não vou me decepcionar. E até agora ruim é algo que ela não vem mostrando ser. Ela começa bem, tem uma queda e depois se encontra, voltando a subir de nível. A segunda temporada estreou com um clima muito bacana.
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Os detalhes técnicos são bons, não há como negar. O elenco é bom, as atuações estão boas, os efeitos estão indo muito bem e até o roteiro é bom. Porém todo esse tempero garante "apenas" uma boa série, não que isso seja ruim, mas está abaixo do esperado pelo público. O clima se mantem divertido e bem familiar, característica presente em todos os trabalho de Joss Whedon, idealizador  de Agents of SHIELD e outros sucessos como Buffy, Angel e Firefly. A diversão é garantida isso é fato, mas não espere nada surpreendente, apenas sente e aproveite despretensiosamente.

Além de tudo isso a série tem um papel secundário: expandir o universo criado nos filmes que o antecedem introduzindo fatos que não tem tempo de serem apresentados no limitado tempo de um longa metragem. E vem fazendo isso muito bem, trazendo várias referências clássicas como o carro voador da SHIELD, que já havia aparecido junto com Howard Stark, o pai do Homem de Ferro no filme do Capitão América.
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Eu recomendo acompanhar a série para ficar por dentro do universo do qual ela faz parte, já que algo pode ser usado nas telonas depois e vice-versa. Eu confesso que gostei do que vi, e já adicionei a minha lista, não como prioridade, mas para ser vista para descontração e diversão, sem muitas cobranças.
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Se você já viu a série deixa sua opinião também. E se você tiver uma série para indicar, fala aí também nos comentários que a gente promete aproveitar a dica.
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A Livraria 24h do Mr. Penumbra






A recessão econômica obriga Clay Jannon, um web-designer desempregado, a aceitar trabalho em uma livraria 24 horas. A livraria do Mr. Penumbra — um homenzinho estranho com cara de gnomo.
Tão singular quanto seu proprietário é a livraria onde só um pequeno grupo de clientes aparece. E sempre que aparece é para se enfurnar, junto do proprietário, nos cantos mais obscuros da loja, e apreciar um misterioso conjunto de livros a que Clay Jannon foi proibido de ler.
Mas Jannon é curioso…                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             
Título: A Livraria 24h do Mr. Penumbra
Autores: Robin Sloan
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 288


Parece difícil, mas consigo definir A Livraria 24 horas do Mr. Penumbra com uma só palavra e essa seria: Nerdice. Não sei se essa palavra existe oficialmente, mas não há definição melhor para um livro que é repleto disso. Isso parece não ter agradado muitos leitores, afinal não é a nerdice da moda, mas a nerdice plena dos geeks e CDF's com todas suas terminologias e tal. Mas não me desagradou não, pelo contrário, sou um nerd dessa mesma turma.
Totalmente narrado por Clay Jannon em primeira pessoa, o livro conta a história do envolvimento do protagonista com A Livraria 24 horas do Mr. Penumbra e todo os estranho mundo que a cerca. Clay é um jovem web-designer apaixonado pelo que faz que se vê forçado a procurar outro emprego quando a recessão econômica leva a falência a empresa para qual trabalhava. Uma oferta de emprego lhe chama atenção, mas por ser um bairro boêmio ele já vai esperando pelo pior, é o turno da noite, não é pra qualquer um. O jovem se surpreende quando vê que a livraria 24h com letreiros em neon ao lado de um clube de striptease é mesmo uma livraria, mas não uma qualquer. Aquela é a livraria de Penumbra, e o jovem vai descobrir que existem muitos segredos habitando aquele lugar.
O livro é inteiramente narrado por um nerd, fã de ficção e fantasia, rpgista, apaixonado pelo que faz com necessidade de fazer algo importante na vida, como eu disse antes: Eu Clay Jannon. Por essa razão o livro está repleto de termos técnicos provenientes do conhecimento do personagem e dos outros personagens ainda mais nerds que adentram a história, como Kat e o pessoal que trabalha no Google, no Vale do Silício. Isso gera uma sensação chata em quem lê e não conhece nada daquela realidade que os personagens convivem, e piora com o estrangeirismo. Mas se conseguir passar por cima disso vai aproveitar toda a informação e trama que acontece dentro do livro que é bem interessante, que só não falarei qual é para não estragar a surpresa.
Os personagens são um tanto descompensados. Clay é um personagem que me gerou uma identificação grande, e mostrou ser muito interessante. Embora ele mesmo não percebesse estava sempre cercado de pessoas com grandes conquistas e influência. Mr. Penumbra apesar de dar nome ao livro aparece muito pouco, sempre despertando curiosidade e sendo um velho simpático. Já os outros são exóticos até demais, Matt e seus projetos de cinema, Neel e seus seios em 3D, Kat e sua obsessão pelo trabalho no Google, todos caricatos e pouco aprofundados.
Eu recomendo a leitura de A Livraria 24 horas do Mr. Penumbra, porém não para todos. Embora mistérios, comédia e tecnologia possam ser atrativos o livro parece exigir mais do leitor que apenas sua atenção. O desafio é grande, mas a recompensa é muito bacana e o final do livro me ganhou pela mensagem.



Nerdcast






Nerdcast é o primeiro podcast totalmente nerd do Brasil. Criado em março de 2006, o Nerdcast é um papo bastante informal entre os criadores do site Jovem Nerd, Alexandre Ottoni e Deive Pazos, e convidados variados.
Eles conversam sobre os mais derivados assuntos do mundo nerd: filmes, tv, quadrinhos, história e literatura. No entanto, o desafio do podcast é manter o foco, pois quando o besteirol toma conta, nem convidados, nem apresentadores, nem ouvintes conseguem conter suas gargalhadas.


Continuando a nossa série de indicações de Podcasts, chegou a hora de chover no molhado. Não há nerd conectado e bem informado que não conhece, já ouviu falar ou irá conhecer o Nerdcast, afinal é um dos podcasts mais conhecidos e ouvidos do país. Se você era um daqueles que ainda não conhecia, acabei de comprovar que você está bem conectado e bem informado. ;) Não precisa agradecer. 
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Conheci o programa quando o Nerdcast ainda assumia seu papel como principal produto do site Jovem Nerd. Naquela época não havia NerdPlayer (programa de games e humor) ou NerdOffice (programa sobre atualidades e o mundo nerd), apenas alguns protoprogramas no youtube bem diferentes dos formatos atuais. Como no caso do Escriba Café eu estava em meio a buscas por fontes sobre lendas europeias e história. Acabei descobrindo que aquele podcast já tinha feito programas não só sobre os temas que eu buscava, mas vários outros que me atraiam. Ouvi vários dos programas antigos, mesmo os primeiros não tendo a qualidade de áudio que tem hoje, passei a acompanhar toda sexta-feira e hoje isso é um hábito. 


Se ainda não deixei claro, peço desculpas. O Nerdcast é o podcast do Jovem Nerd, blog com mais de 10 anos de existências criado pelo Alexandre Ottoni e Deive Pazos. O podcast é hoje um dos mais ouvidos do país com vários recordes de downloads por episódios. 
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Em suma o Nerdcast segue o formato de bate papo entre os participantes, sempre descontraído, sobre os mais variados temas. Quando digo variados quero dizer variados mesmo! Há episódios sobre ciências, história e empreendedorismo enquanto temos também histórias de bêbado, de carnaval e brincadeiras de criança. Tendo história pra contar e papo pra desenvolver, praticamente tudo pode virar tema. Mas existem episódios especiais que passaram a ter vida própria como o tradicional Nerdcast de Dia dos Namorados e os aguardados Nerdcast de RPG.
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O Nerdcast hoje se tornou algo tão grande que se tornou um dos podcasts mais reverenciados e referenciados do Brasil, e com poder de comunicação e monetização muito grande. Os produtos lançados por eles tem uma grande saída, e não é a toa.


A qualidade do Nerdcast é devidamente reconhecida e premiada não só em território nacional como também internacionalmente. Em 2007 foi eleito Melhor Podcast no prêmio internacional Best of the Blogs, escolhido Melhor Podcast no Prêmio IBEST 2008, Melhor Podcast de Humor também em 2008 no Prêmio Podcast, e em 2009 recebeu o Prêmio Youpix de Melhor Podcast. Hoje o programa é considerado Hors Concours na maioria das premiações tamanha a adoração que tem pelo público e o patamar que alcançou.
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Você pode assinar o Feed e/ou iTunes para receber as atualizações automáticas. Para acompanhar todas as publicações de forma mais completa e aproveitar todo o conteúdo oferecido é preciso acessar o jovemnerd.com.br. 




A Constelação do Sabre Vol. 1 & 2






Dezenove planetas em perigo. E você é a única esperança.
Os volumes de Constelação do Sabre descrevem em detalhes os dezenove nove mundos de Brigada Ligeira Estelar, o cenário de ficção científica e robôs gigantes de 3D&T. Cada planeta conta com novos heróis e vilões, além de casas nobres, localidades interessantes e ideias de aventuras, para que você não perca tempo e deixe logo sua marca no futuro! 
A Constelação do Sabre Vol. 1 descreve em detalhes os primeiros nove mundos: Albach, Alabarda, Albuquerque, Altona, Annelise, Arkadi. Bismarck, Forte Martim, Gessler, A Estação Parlamentar e como bônus: a Capital Imperial, Leocádia!
A Constelação do Sabre Vol. 2 descreve em detalhes os últimos dez mundos: Inara, Montalbán, Moretz, Ottokar, Tarso, Trianon, Uziel, Viskey, Villaverde, Winch, O Asteroide Schulmann e o bônus: a Fronteira Espacial!
Afie sua espada e acione seu robô gigante — as estrelas do Sabre esperam por você!
Título: A Constelação do Sabre - Volume 1 & 2
Autor: Alexandre Lancaster
Editora: Jambô Editora - Páginas: 80 (Vol. 1)/ 96 (Vol. 2)
Lançamento: 2013 (Vol. 1)/ 2014 (Vol.2) 



Há algum tempo atrás falamos aqui sobre Brigada Ligeira Estelar, um belo e interessantíssimo suplemento para um dos mais vendidos sistemas de RPG do Brasil: 3D&T Alpha. Para relembrar aos que viram o post anterior e para introduzir os novos leitores no assunto vamos recapitular um ponto crucial: o que é Brigada Ligeira?
Brigada Ligeira Estelar, ou BLE, é um cenário criado por Alexandre Lancaster que une ficção cientifica, exploração espacial, mechas, e homenageia tanto clássicos das animações japonesas quanto elementos da Era Napoleônica. Uma opera espacial  repleta de emoção, aventura, intrigas palacianas envolvendo a nobreza, capa e espada, e robôs gigantes! O misto de tudo isso é algo extremante rico e repleto de charme.
Em BLE você vive em um futuro distante onde a humanidade deixou o planeta Terra em busca da sobrevivência. A nova humanidade habita em uma área do espaço conhecida como a Constelação do Sabre, composta por 94 planetas, mas apenas 19 deles são habitáveis. Fomos apresentados a cada um deles de forma breve no livro introdutório, conhecemos um pouco sobre seus habitantes e intrigas, mas é claro, queríamos saber mais. Por isso fomos agraciados com não apenas um, mas dois suplementos inteiramente dedicados a ela.
Os volumes de A Constelação do Sabre trazem novas informações sobre os planetas habitados e também um pouco mais. Desbravamos os mundos descobrindo sobre os aspectos ambientais, políticos, sociais e econômicos, que são descritos de forma bastante profunda para o número de páginas disponíveis. Conhecemos as principais famílias da nobreza de cada um deles, personagens importantes, suas forças militares, e os principais problemas que os afetam. Todo esse trabalho dá origem a planetas totalmente únicos, cada um com sua própria cara e personalidade. O meu favorito é Inara, com seus monstros marinhos gigantes e os duelos com as criaturas a lá Pacifc Rim.



O trabalho gráfico de ambos os livros é maravilhoso, bem como o livro anterior. O formato wide-screen permite uma boa utilização das imagens em conjunto com o texto, e é uma pena que elas não apareçam mais. A vontade que temos é ver mais e mais desse universo em ilustrações, que vale ressaltar são belíssimas em todos os livros da série. 
No quesito regras somos introduzidos a novos kits, novos modelos de robôs gigantes e veículos e novas vantagens que ampliam variedade de escolhas na criação de personagens, e complementam os históricos criados para eles.
É importante lembrar que A Constelação do Sabre Volumes 1 & 2 são livros complementares ao cenário. Para começar a narrar suas aventuras em BLE é preciso  possuir apenas o manual básico 3D&T Alpha e o suplemento Brigada Ligeira Estelar. Contudo, se estiver ao seu alcance você PRECISA adquirir ambos os livros para tornar sua mesa de jogo ainda mais completa.
Lancaster fez questão de criar não apenas um cenário divertido para jogadores e mestres, mas de possibilitar espaço para os mais variados tipos de trama, com uma riqueza de detalhes e informação que fazem o leitor almejar por mais que um jogo. Nos faz querer um romance, quadrinhos e animações para o mais breve possível. 
Para isso ao menos encontramos um alento. Alexandre nos presenteou com uma saga ou temporada em vinte e seis episódios, contendo o melhor da tradição da ficção científica e robôs gigantes chamada Belonave Supernova. Uma série de aventuras no melhor clima anime onde os jogadores são os protagonistas. Mas isso é uma outra história...
Por ora você que ficou interessado em explorar a Constelação do Sabre pode aproveitar o pacote promocional feito pela Jambô Editora e adquirir todos os livros necessários para começar sua campanha em alto estilo. Se preferir algo mais econômico pode conseguir todos os livros em PDF também na loja da editora. Os links estão no topo da postagem.
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O MANÍACO DO CIRCO






Numa cidade litorânea ameaçada por um violador serial chamado de “O Maníaco do Circo”, vive Renato, um jovem farmacêutico que se vê diante de um fantástico e inusitado prazer: a excitação sexual diante da morte de suas parceiras. Ele tem o controle da situação, até perceber que matou a noiva de um violento agente de polícia.
Suspense, misticismo e sensualidade se misturam nesse fantástico thriller policial que parece ter a capacidade sobrenatural de manter seus leitores alucinados, da primeira à última página.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        
Título: O Maníaco do Circo e O Menino que Tinha Medo de Palhaços
Autor (a): Leonardo Barros
Editora: Físico - Novo Século/ Digital - Leonardo Barros
Número de páginas: Físico - 274 páginas/ Digital - 225 páginas


Há algum tempo atrás, antes de conhecer pessoalmente o autor, já conhecia seu nome por resenhas e divulgações da obra O Maníaco do Circo e O Menino que Tinha Medo de Palhaços. Contudo não foi naquele momento que conheci sua escrita, algo me impedia. Assim como o protagonista do livro em questão eu tenho coulrofobia. Ver qualquer palhaço desperta imediatamente em mim o instinto de defesa, adrenalina e sudorese, e com muita relutância permito lutar contra esse medo/ódio. Comecei então por outra obra do autor, mas em determinado momento, iria enfrentar meu trauma e fazer a leitura custasse o que custar. E o momento certo veio.
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“O Maníaco do Circo é um thriller psicológico que” aborda o tema da psicopatia, da fobia, e conta a história de Renato. Uma criança comum submetida a traumas e drogas constrói um mundo mítico onde os palhaços são manifestações materiais de um demônio: um palhaço... um dragão. O garoto então cresce e se torna um jovem problemático. Durante a leitura acompanhamos a gênese de sua loucura, a criação de sua missão divina de exterminar o mal das almas humanas e seu envolvimento com o crime. Até que a história se complica com o aparecimento de um criminoso, apelidado de “Maníaco do Circo”, que assola a cidade, deixando todos perplexos com a sua crueldade ao abusar e matar jovens meninas. Além da transformação de Renato, nos resta o mistério: quem seria o Maníaco do Circo? Quem é aquele que se esconde por trás da maquiagem de palhaço?
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Leonardo usa muito do seu conhecimento como médico para reforçar sua narrativa e detalhar ao máximo os efeitos do uso de entorpecentes, distúrbios neurológicos, alucinações, fabricação caseira de drogas químicas, e para dar seu toque de crueldade às minúcias dos ferimentos. Além disso o autor aproveita sua grande habilidade com narrativas descritivas para apresentar um lado da vida regado a álcool, drogas, prostituição e sexo que, mesmo sabendo que existe, nunca iria eu conhecer com a riqueza de detalhes apresentada por ele. Por falar em sexo, o tema é recorrente em suas obras, não podendo ficar de fora.
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Sobre o conteúdo do livro o amigo autor me fez uma confissão: O conteúdo do Maníaco é bem forte mesmo. Foi escrito com esse intuito: chocar e mexer com os sentimentos do leitor. Isso torna o livro menos comercial, mas foi bom fazê-lo no início da carreira.  E realmente, para mim, toda a leitura foi um grande choque. Um nerd que NUNCA foi a uma festa/boate ou teve qualquer vida noturna, não bebe nem socialmente, prestes a se casar com a primeira e única namorada jogado em uma realidade absolutamente diferente.
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Mesmo embrenhando-me em temas que não me pertencem, aproveitei cada momento da leitura e gostei muito. Há muito menos a se temer na maquiagem de palhaço e mais a se temer na mente humana. Leonardo sabe trabalhar muito bem a humanidade e as falhas de seus personagens.
Infelizmente o livro não se encontra disponível na versão física e não há uma previsão breve para uma nova edição. Tal qual um tesouro, talvez você ainda encontre algum exemplar enterrado por aí. Por sorte, ainda podemos encontrá-lo em Edição Digital na Amazon por um preço bem acessível e se você for paciente (ou pão duro) pode esperar uma oportunidade, já que o autor regularmente nos presenteia disponibilizando-o gratuitamente.
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Existe algo curioso que eu notei, e depois me foi confirmado pelo próprio Leonardo Barros, é que o universo criado por ele em O Maníaco do Circo e em Presságio - O Assassinato da Freira Nua é integrado e compartilha de alguns personagens como o Dr. Sócrates e o Agente Felipe. Isso particularmente me animou e vou dizer a razão: o inesperado pode acontecer. Digamos Leonardo mantenha essa ideia. Em dado momento em outro de seus livros poderemos ser surpreendidos por uma participação da vidente Alice ou um novo personagem com ela quando acreditávamos estar lendo um thriller fidedigno à nossa realidade. Então aguarde muitas surpresas vindas deste rapaz.


Precisamos falar sobre hobbies


¿Hola amigos, como están? Hoje, dando uma pausa nesse mundo de livros, decidi que era hora de falar sobre hobbies. Não Hobbits, hobbies mesmo. Alguns tem muitos, outros nem tanto, e ainda há quem tenha vários e nem se dê conta disso. As vezes nem sabe o que é hobby.
Conforme definição, um Hobby é uma palavra inglesa frequentemente usada na língua portuguesa e significa passatempo, ou seja, uma atividade que é praticada por prazer nos tempos livres. Um hobby não é uma ocupação a tempo inteiro, e tem como objetivo o relaxamento do praticante. Normalmente, a prática de um hobby não implica vantagem financeira para a pessoa em questão. Apesar disso, ele pode se transformar em uma tarefa que resulta em benefício financeiro para o praticante. Um passatempo pode manifestar-se de várias formas: desde uma atividade prática (culinária, esporte, modelagem, pintura) até uma pura e simples atividade intelectual (escrever, ler, filosofar).  
Sendo assim nós - eu e você, leitor - já temos no mínimo dois hobbies em comum: ler e colecionar livros. E se você também "bloga" já temos outro, mas apenas se não faz isso profissionalmente. Ter um ou mais desses passatempos ajuda a levarmos a vida um pouco melhor, aliviam o stress e muitas vezes auxiliam no desenvolvimento de outras habilidades. É muito comum um hobby como praticar esportes ou montar e desmontar aparelhos ser a porta de entrada para uma profissionalização na área. Só não é saudável transformar um deles em um vício.
Eu tenho tantos que não saberia nem enumerar. Colecionar figuras de ação, revistas em quadrinhos, acompanhar séries, jogar xadrez, escutar podcasts, estudar idiomas e culturas, jogar RPG, jogos de tabuleiros, jogos eletrônicos, desenhar, customizar figuras e mais uma cacetada. As vezes é tanta coisa que mal consigo dividir meu tempo entre todos (sim, é loucura, mas eu tento XD). Difícil é elencar o meu favorito, porém confesso ter um xodó por todos que envolvem criação e criatividade. Desenhar, escrever, fotografar, pintar, construir, gravar, editar áudio e vídeo. Quando posso juntar dois deles então? É um prazer imenso.
Desenhar personagens que invento para meus textos e jogos, decorar uma caixa de MDF para guardar um jogo, ler enquanto escuto um podcast. Fotografar meus bonecos ao ar livre então, é uma das que mais gosto! E não é difícil ver a razão =D.


E vocês, quais são seus hobbies? Não importa se ele é esquisito: se te faz bem - e está dentro das leis - ninguém pode julgar você por isso.


Gotham







Antes de Batman, a cidade de Gotham já existia. James Gordon (Ben McKenzie) é um detetive iniciante na polícia. Corajoso, sincero e ansioso para mostrar serviço, o recém-promovido tem como missão solucionar o caso do assassinato dos bilionários Thomas e Martha Wayne, um dos casos mais complexos da cidade. Com seu parceiro, o oficial Harvey Bullock (Donal Logue), Gordon conhece o único sobrevivente do assassinato: Bruce (David Mazuouz), um garoto de 12 anos, filho do casal, por quem ele imediatamente sente uma grande afeição.
Gotham
Lançamento: 2014 Duração: 42 Min/Episódio
Gênero: Drama, Thriller
Criador: 
Bruno Heller
Produção: 
Primrose Hill Productions, DC Comics, Warner Bros. Television
Elenco: Ben McKenzie,David Mazouz,Camren Bicondova, Sean Pertwee, Robin Lord Taylor, Zabryna Guevara, Erin Richards, Donal Logue, Jada Pinkett-Smith.
Séries baseadas em quadrinhos estão na moda e isso é um fato inegável. Além das novas temporadas de Arrow e Agents of S.H.I.E.L.D, temos mais três estreias no outono americano: Costantine, Flash e Gotham. A maioria delas - com exceção da série da Marvel que retrata um grupo de agentes desconhecidos - tem como foco a origem e as aventuras de um determinado personagem. A Fox resolveu fazer com sua série algo diferente: fazer de uma cidade o seu principal personagem.

Saindo completamente da zona de conforto das séries ligadas a super-heróis e ao mundo dos quadrinhos, Gotham chega pra mostrar ter mais que um personagem conhecido do público. Centrada na própria cidade de Gotham e com um clima totalmente soturno, a série foca no passado do comissário Gordon, enquanto ele era ainda um detetive de polícia e estava lidando com diversos personagens que se tornariam, mais tarde, grandes nomes entre vilões e heróis no universo da DC Comics. Mas eles são o que menos importa.
Para trazer vida a essa abordagem e mostrar o que torna a cidade do morcego é sombria, suja e corrupta a Fox optou por adotar o formato de série policial. Corrupção policial, o crime organizado, a violência, tudo sempre fazendo o contraste do idealismo do Gordon com podridão e a visão distorcida de justiça possuída pelos policiais da cidade. Com essa jogada arriscada é que eles acertam na fórmula e fazem uma série mais adulta e abrangente, com um clima denso e nada adolescente. Não só os fã do Batman ficarão satisfeitos com o que verão, mas o público em geral - em especial os amantes de séries policiais - irá acompanhar com curiosidade e prazer cada episódio.



Apesar de faltar um pouco mais de expressão em seu protagonista, o resto do elenco surpreende pelas boas atuações. Justamente por conta desse bom desempenho - especialmente o do interprete do jovem Bruce Wayne - a série sofreu algumas alterações em seu objetivo e deve acompanhar não só a ascensão de Gordon dentro da polícia como também culminar na transformação do garoto no justiceiro mascarado. Mas destaco nos primeiros episódios as atuações de Jada Pinkett-Smith, esposa do Will Smith, como a mafiosa Fish Mooney e o corrupto parceiro de James Gordon, Harvey Bullock, interpretado por Donal Logue. 
Como toda adaptação existem modificações no original para adequar da melhor forma possível ao objetivo da série. Apesar de falarmos em passado de personagens conhecidos, a ambientação é moderna e em nada remete a décadas passadas. Temos modelos de carros atuais, aparelhos celulares, roupas não tão extravagantes. A idade de alguns personagens também foi modificada para manter o sentido na trama. 
Particularmente, gostei de tudo que vi até agora. Não por ser um profundo conhecedor do universo do morcego, mas por conta da abordagem mais dramática e densa dada aos personagens. É claro que temos várias referências que são logo notadas por aqueles que estão acostumados com histórias do Batman. Há a icônica morte dos Wayne, citações e aparições de personagens significantes para a trajetória do herói, mas durante a série tornar-se-ão meros elementos narrativos para a construção de um produto maior: a série. Portanto, se você nada conhece sobre Gotham, não tenha medo.

                                                                                                                                                                                            

Trilogia do Mago Negro: O Lorde Supremo






Na cidade de Imardin, onde aqueles que têm magia têm poder, uma jovem garota de rua, adotada pelo Clã dos Magos, se encontra no centro de uma terrível trama que pode destruir o mundo todo.
Sonea aprendeu muito no Clã, e os outros aprendizes agora a tratam com um respeito relutante. No entanto, ela não pode esquecer o que viu na sala subterrânea do Lorde Supremo — ou seu aviso de que o antigo inimigo do reino está crescendo em poder novamente. Conforme Sonea evolui no aprendizado, começa a duvidar da palavra do mestre de seu clã. Poderia a verdade ser tão aterrorizante quanto Akkarin afirma? Ou ele está tentando enganá-la para que Sonea o ajude em algum terrível esquema sombrio?
Título: A Aprendiz
Série: Trilogia do Mago Negro
Autor: Trudi Canavan
Editora: Novo Conceito - Páginas: 624
Lançamento: 2013 - ISBN: 
9788581631486


Lordes e Ladys preparem-se para evento final da Trilogia do Mago NegroQuem leu as resenhas anteriores já sabe de cor e salteado que gostei bastante dos livros da série e todo o mundo criado por Trudi Canavan. A resenha de hoje será mais curta que comumente faço para não entregar os detalhes e evitar spoilers.
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Após os eventos narrados em O Clã dos Magos e A Aprendiz Sonea está mais forte, agora é respeitada, está sob vigilância do Lorde Supremo e prestes a descobrir todos seus segredos, algumas coisinhas sobre magia negra e até algumas coisas sobre si. Os acontecimentos forçam-na a escolher a quem pertence a sua lealdade, e até onde está disposta a ir para salvar aqueles que ama de uma ameaça enorme que está por vir.
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Uma trama de conspiração e descobertas é destrinchada em O Lorde Supremo. Vemos finalmente personagens secundários ganharem importância e tramas ocultas tomarem forma. Conhecemos a verdade sobre Akkarin, descobrimos o destino de Cery que pouco apareceu em A Aprendiz, enfrentamos junto com Dannyl a dureza de seu dilema pessoal, o pulso firme de Lorlen e a cabeça dura de Rothen que não desiste de sua ex-aprendiz. Tudo isso muito bem amarrado pela narrativa muito bem construída e o cenário fantástico construído pela autora australiana.
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Diversificar as publicações com a Trilogia do Mago Negro foi uma das decisões mais acertadas que a Novo Conceito na época. A série como um todo vale a pena de ser lida, uma das melhores surpresas para quem gosta do gênero, e até para quem tem receio. Com o Lorde Supremo não poderia ser diferente,  a diversão e a emoção são garantidas nessa trama surpreende e mágica.
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Os principais defeitos da obra continuam na diagramação que teima em esquecer de separar trechos que pertencem a personagens diferentes. Contudo isso não tira o valor da obra. Para quem gostou da saga saiba que uma nova trilogia está sendo feita pela Trudi Canavan. Espero que a Novo Conceito traga-a para o Brasil. Recomendo muito que todos leiam e sintam a magia fluir em suas veias.