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#ClubedoMultiverso.:30 | Aristóteles e Dante descobrem os segredos do Universo
Está no ar mais um #ClubedoMultiverso. Aqui, junto com nossos leitores e ouvintes, entregamos o resultado dos debates sobre a leitura conjunta de uma determinada obra, realizada em nossa comunidade no Discord no mês anterior. Em nossa leitura coletiva de Junho de 2022, acompanhamos o crescimento e descobertas de dois jovens em busca dos segredos do universo e de si próprios! Nesse episódio, junto do Capitão Ace Barros, estão Airechu, Camila Loricchio e Patrícia Souza.
Ouça e descubra o que achamos dessa leitura; entenda porque estar na mente do protagonista quase sempre nos faz odiá-lo; discuta se Ari é chato e Dante é legal ou se os pais deles são os melhores personagens; participe da discussão sobre as falhas e acertos dessa obra, e viaje conosco.
Acompanhe-nos, estimados Exploradores de Universos!
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Crítica | Thor: Amor e Trovão
Há um tempo atrás poucos arriscariam dizer que Thor seria o primeiro herói do UCM a estrelar quatro filmes solos, principalmente considerando os dois primeiros longas do personagem que mesmo entre os fãs da Marvel não muito populares. Gostando ou não do resultado e das escolhas, em Thor: Ragnarok o diretor Taika Waititi conseguiu imprimir seu estilo e dar vida nova ao personagem, abraçando o lado cômico e tornando o épico mais colorido e dinâmico.
Em Thor: Amor e Trovão, novo filme da franquia do deus nórdico, o diretor neo-zelandês retorna para dar continuidade a seu trabalho e assume agora também papel de roteirista do longa ao lado de Jennifer Kaytin Robinson. Taika está mais solto e confortável do que nunca e isso se reflete em tela.
De volta à Terra para impedir seu inimigo, o deus do trovão descobre não apenas os planos de Gorr, como também que outra pessoa empunha o seu ex-martelo, Mjolnir, e se intitula a Poderosa Thor: sua ex-namorada Jane Foster (Natalie Portman). Juntos, Thor, Jane, Korg e Valquíria (Tessa Thompson) precisam alertar os deuses e reunir um exército para impedir que o Carniceiro dos Deuses acabe com todas as divindades da existência.
Extremamente divertido, tanto quanto ou até mais que Ragnarok, Thor: Amor e Trovão tem tudo que um bom filme do Universo Cinematográfico da Marvel pede e até um pouco mais. Há cenas de ação plásticas e tão belas que parecem tiradas de uma página de quadrinhos, brincadeiras com os personagens, referências à arcos recentes das HQs, participações especiais e retornos, e também um vislumbre sobre os próximos planos do estúdio.
O longa reforça o quanto o universo tem a ganhar com mais espaço para trabalhos autorais e as visões de seus diretores. Isso se reflete no quão confortáveis os atores estão em seus personagens e na qualidade das entregas, seja nos momentos com mais humor ou drama. Se Thor ainda parecia perdido no Universo Marvel, Waititi e Chris Hemsworth definem de uma vez por todas quem é o personagem, fechando questões abertas e definindo seu futuro com novo propósito. Natalie Portman traz para Jane/Poderosa Thor o misto empolgação e desconforto que a dualidade da personagem pede no momento e até consegue livrar alguns espectadores de qualquer gosto amargo que suas participações anteriores possam ter deixado. A dualidade da fé, seus lados negativos e positivos, um dos principais temas da trama, é bem explorada tanto com acidez quanto com esperança. Trazendo tanto uma crítica quanto uma positiva mensagem sobre fé, nos outros e em si, e propósito, principalmente no terço final e conclusão do filme.
Claro, isso não faz dele uma obra perfeita e havia espaço para melhor desenvolvimento de alguns pontos e questões. Gorr, por exemplo, é um personagem que cresce bastante com a entrega sempre primorosa de Bale, entendemos suas motivações para o abandono da fé, desesperança e ódio pelos deuses. Porém, seja por conta do roteiro ou cenas que ficaram de fora do corte final, sua ameaça e fator de urgência é minimizado em determinados momentos. E assim é também acontece um pouco com a questão emocional de Thor, Jane e até com a Valquíria, embora bem dosados.
No entanto, Taika Waititi imprime primorosamente bem o seu estilo leve e descontraído na direção e consegue nos fazer passar por cima de detalhes como esses com certa facilidade. O diretor consegue dosar muito bem o ritmo, o humor e piadas tão característicos, as grandes cenas de ação e os dramas. Sonora e visualmente, o filme é um desbunde! A estética e as escolhas de trilha formam uma combinação poderosa e empolgante, e mesmo nos momentos mais sombrios não vacila, entregando um espetáculo bonito de se ver.
Quem não gostou tanto de Thor: Ragnarok tem altas chances de também não gostar de Thor: Amor e Trovão. Contudo, se você não faz parte desse time, vai encontrar aqui um filme extremamente divertido, empolgante e com personagens muito carismáticos e engraçados, com uma excelente combinação da formula Marvel com o melhor de Waititi. Amor e Trovão, ao fim, mostra que o Deus do Trovão ainda tem muita a história para contar aproveitando os novos rumos!
Lançamento/Duração: 2022 - 1h 40min
Gênero: Aventura/Ação/Comédia
Direção: Taika Waititi
Roteiro: Taika Waititi e Jennifer Kaytin Robinson
Interlúdio.:28 | Indicações do Brasil e Além! #Quadrinhos
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