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A Flecha de Fogo

Ele está chegando.
A profecia nos avisou que, com o eclipse, viria o Arauto da Destruição, tingindo os campos de vermelho. Ele já destruiu o Reino dos Elfos com seu exército de monstros. Só existe uma coisa que pode detê-lo, mas ninguém sabe o que é.
Passei minha vida toda estudando a profecia. Todos nós dedicamos cada minuto a tentar decifrá-la, em busca de uma arma, de uma esperança. Mas a última barreira caiu e ele está chegando.
A sombra da morte cobrirá nossos reinos, a menos que alguém responda a pergunta que nos atormenta desde o início.
O que é a Flecha de Fogo?
Título: A Flecha de Fogo
Autor: Leonel Caldela
Editora: Jambô
Ano: 2018 / Páginas: 736



Após um longo período longe do universo em que fez suas estreia como romancista, Leonel Caldela retorna ao mundo de Arton, casa do cenário de RPG nacional mais amado do País, para mais uma vez, e de maneira magistral, revirar tudo de cabeça para baixo!
Mesmo antes da oficialização de Tormenta como um cenário de RPG, reunindo boa parte do material de fantasia medieval publicado na mais icônica revista especializada neste hobbie do País, a Dragão Brasil, numa edição comemorativa em 1999, um dos seus maiores vilões já havia feito sua estreia. Poucos anos antes, numa matéria escrita por JM Trevisan, publicada em 1997.
Seu nome, “cantado por uns e amaldiçoados por outros”, é Thwor Ironfist, um general bugbear dotado duma inteligência estratégica fora do comum, o único ser capaz de reunir sob o mesmo estandarte sombrio as demais raças monstruosas, por séculos acostumadas a serem subjugadas por humanos, elfos e anões. Thwor é um líder nato, um monstro ardiloso e um combatente feroz, comandando um exército enorme composto por uma infindável miríade de criaturas, desde kobolds, goblins e gnolls até orcs, ogros e bugbears. Esse exército ficou conhecido como A Aliança Negra e todos ali querem vingança e anseiam retomar o território que outrora pertencia a eles, varrendo do mapa as demais civilizações.
Quando Arton e Tormenta surgiram como cenário de RPG essa conquista já havia dado cabo de todos os reinos humanos do continente de Lamnor, localizado ao sul, após uma verdadeira chacina no reino élfico de Lennórien, o primeiro a tombar depois de anos barrando com muita facilidade as investidas dos hobgoblins. Apenas a cidade fortaleza de Khalifor separava a civilização do continente ao norte da Aliança Negra e nem ela era garantia de segurança suficiente. Aos povos do norte a esperança residia numa antiga profecia, que previu o nascimento e a ascensão de Thwor Ironfist e também falava em sua derrocada por meio da Flecha de Fogo, que enfim romperia o coração das trevas. Mas o que ela é, ninguém sabe...
Essa incógnita em torno da real identidade da Flecha de Fogo perdurou por mais de vinte anos e foi alvo de muita especulação e grande expectativa por parte dos fãs que jogam e acompanham Tormenta desde o início. Coube a Leonel Caldela finalmente revelar o mistério, por meio da voz de seu narrador protagonista, Corben, um clérigo de Thyathis, o deus da Ressurreição e da Profecia, neste que é o seu quarto romance em Arton e o décimo primeiro de carreira.
Corben é também um acadêmico, um astrólogo que perscruta os céus munido de telescópios e outros instrumentos a fim de obter previsões sobre o futuro e compreensão sobre o passado com base nos movimentos e posições dos astros e estrelas no espaço. Existe no reino de Tyrondir uma cidade dedicada a esse tipo de pesquisa, chamada Sternachten. As previsões feitas lá são muito úteis para nobres e reis e isso movimenta a economia daquele lugar. Corben é pouco mais do que um aprendiz, é um jovem cheio dos típicos problemas para alguém da sua idade. Naqueles dias a cidade estava mais agitada do que o normal pois Lorde Niebling, um gnomo da Corte Imperial, o fundador e o maior patrono dos telescópios de Sternachten era aguardado para uma de suas raras visitas. Todos estavam se preparando para mostrar o melhor e impressionar aquela tão exótica e importante figura. Porém nem toda a ciência de Sternachten fora capaz de prever o horror que se seguiria a tudo aquilo, contudo Corben sobreviveria para nos contar. Então, de repente enredado por eventos muito maiores do que ele, nosso jovem clérigo e astrólogo passará por diversas mudanças ao longo desta história, tendo na busca da Flecha de Fogo a sua derradeira missão. Afinal, Thwor, a Aliança Negra e um conflito iminente em grande escala já são uma realidade no cotidiano de todos daquele reino...
Me aprofundar mais no enredo é estragar a experiência do pretenso leitor, então foquemos noutros aspectos da obra tão legais e tão impactantes quanto ao que a vida de Corben vai se tornar.
Primeiro é possível notar como o autor teve liberdade criativa para explorar em sua totalidade aspectos relevantes da cultura goblinóide e da própria Aliança Negra que até então nos eram completamente desconhecidos pela escassez de material. Lamnor era um lugar parcamente descrito, não tínhamos uma ideia mais clara de como viviam todas aquelas raças tão diversas sob o comando de Thwor e o estandarte do Círculo Negro. Como é e como vive uma sociedade formada por criaturas monstruosas? Qual o papel do culto a Ragnar, o Deus da Morte e dos Goblinóides nessa sociedade e no grande plano de conquista e dominação das demais raças? Para além da ideia de um exército sanguinolento, quem são e como convivem os generais, os conselheiros, os herdeiros e os súditos daquele que fez a guerra tomar a tudo e a todos? Caldela responde a tudo isso aqui, nos surpreendendo e fazendo questionar por várias vezes algumas de nossas suposições prévias uma a uma.
Outra característica marcante na narrativa durante toda leitura é a presença da dualidade. Se em “A Insustentável Leveza do Ser”, Milan Kundera se apropria da oposição paradoxal do peso e da leveza como uma metáfora do drama existencial vivenciado por seus personagens, aqui, Leonel Caldela vai além, flertando, senão com todos, ao menos com uma pluralidade enorme de abstrações conceituais antagônicas. Vida e morte, livre-arbítrio e destino, conhecimento e ignorância, passado e futuro, movimento e inércia, estagnação e criatividade, humano e goblinóide… o dual é sentido em tudo. De forma bastante marcada em Corben, naquilo que poderíamos interpretar como o seu self e também nos seus pensamentos transpostos no relato que faz. Assim, observando do interior do personagem narrador para o exterior, podemos enxergar a dualidade presente também nas ações de pano de fundo, nas aspirações individuais e coletivas das culturas e sociedades envolvidas no conflito, e até nas escolhas das divindades que elas cultuam. É como se nos puséssemos de fora daquela criação e pudéssemos contemplar os fios de causa e feito interligados a cada evento, a cada fato e personagem movendo-se simultaneamente. Soa complexo e realmente é, de modo que não saberia explicar o quanto disso foi intencional ou não e aqui é impossível não falar do genial conceito do Akzath que me valendo dum trocadilho dual: dá um pouco de ordem a este caldeirão de caos.
Dentre todos esses conceitos um se destaca e não por acaso, a Morte. Este é um livro sobre uma guerra de grandes proporções e vidas serão perdidas em ambos os lados, é um livro sobre a coisa que levará o líder dum destes lados à morte. É um livro sobre seres que cultuam Ragnar, um deus que é o deus daquilo que eles são enquanto espécie e também o deus encarregado de pôr fim a tudo o que começou com uma vida. É um livro sobre mortes e sobre a Morte e acho fascinante como ela sempre esteve tão presente e apenas agora, parando pra pensar melhor no que vivi naquelas mais de setecentas páginas me dou conta disto. Me senti extremamente tocado por uma curta cena dum típico funeral goblinóide, o poético bater de asas antecedendo o desaparecimento total me remeteu instantaneamente à de Morte de Neil Gaiman, uma das personagens que mais apreciei ver nas páginas de Sandman.
Para quem nunca se aventurou antes por Arton, ou conhece Caldela por outros livros, vale o lembrete de que este foi pensado para servir como introdução ao já vasto e multimídia mundo de Tormenta. Tudo o que é necessário para a plena compreensão das dinâmicas deste mundo e que afeta diretamente a história de Corben é detalhado e adequadamente explicado, de forma natural e sem perdas de ritmo.
Ler A Flecha de Fogo não é apenas embarcar numa jornada aventuresca, não é apenas percorrer um mundo de fantasia colorido e diverso, é também transpor fronteiras culturais, é se por praticamente numa experiência antropológica, da qual não se escapa incólume e se sai engrandecido, renascido, tal como Dante, “puro e disposto a salire a le stelle”, após atravessar tormentos inimagináveis no Inferno e no Purgatório. Resta, ao final da leitura, uma enorme curiosidade para saber como Arton vai lidar com o futuro que surgiu deste livro. A única certeza é a de que Arton, mais do que nunca, é um mundo de problemas, é um mundo como deve ser. E cabe a você resolvê-los!

AVEC Editora: Onda de Crimes e a Safra Vermelha

O ano de 2019 promete ser um ano de expansão para a AVEC Editora. Prestes a completar 5 anos de mercado a editora inicia os lançamentos com uma novidade: o novo selo de ficção policial da AVEC, o Safra Vermelha! 
O primeiro lançamento do selo, Onda de Crimes, é uma antologia que reúne algumas das principais vozes da Literatura Policial latino-americana atual. E para comemorar em grande estilo, o lançamento tanto do selo Safra Vermelha, quanto do livro Onda de Crimes, ocorrerá oficialmente no Porto Alegre Noir. Obviamente, todos estão convidados!

Confira mais informações abaixo sobre a obra, o selo editoral e o evento:
Da Argentina, Nicolás Ferraro aborda as agruras de uma jovem que acaba envolvida nas aventuras ilegais do próprio pai. Já seu conterrâneo, Kike Ferrari, mergulha nas tensões da tríplice fronteira entre Paraguai, Argentina e Brasil. Nascido no México, mas radicado no Uruguai, Rodolfo Santullo apresenta uma série de mortes desconcertantes no inverno sombrio de Punta del Diablo. Do Brasil, Cláudia Lemes investe no suspense ao retratar um homem vítima de uma perseguição que não consegue compreender. O feminicídio é a base da história narrada por Paula Bajer, na qual uma mulher suspeita que o vizinho é um assassino. Por fim, Cesar Alcázar mostra que segredos obscuros do passado podem gerar uma explosão de violência.

Adquira já o seu exemplar na pré-venda!





Safra Vermelha, cujo nome presta homenagem à obra-prima Red Harvest, de Dashiell Hammett, é o selo de Literatura Policial da Avec Editora. Criado por Cesar Alcázar em 2018, o Safra
Vermelha tem como objetivo promover o melhor das histórias de crime produzidas na América Latina e além, unindo nomes contemporâneos aos clássicos do gênero. A antologia Onda de Crimes é sua primeira publicação.


PORTO ALEGRE NOIR é um evento cultural, de caráter temático, dedicado à literatura policial e ao cinema de inspiração “Noir”. A proposta é reverenciar um dos gêneros literários e cinematográficos mais cultuados por fãs e admiradores de todas as idades, gerações após gerações.
O PAN reúne autores nacionais, especialistas, pesquisadores, críticos de cinema e literatura em uma extensa programação que oferece ao público conhecimento, conteúdo, cultura e entretenimento.
Quando: 9 a 14 de abril
Onde: Cinemateca Capitólio Petrobrás - Porto Alegre
Entrada Gratuita
Consulte valores dos workshops e veja programação completa e convidados no Site e na Página no Facebook!

Fogo & Sangue

Séculos antes dos eventos de A guerra dos tronos, a Casa Targaryen – única família de senhores dos dragões a sobreviver à Destruição de Valíria – tomou residência em Pedra do Dragão. A história de Fogo & Sangue começa com o lendário Aegon, o Conquistador, criador do Trono de Ferro, e segue narrando as gerações de Targaryen que lutaram para manter o assento, até a guerra civil que quase destruiu sua dinastia.
O que realmente aconteceu durante a Dança dos Dragões? Por que era tão perigoso visitar Valíria depois da Destruição? Quais foram os piores crimes de Maegor, o Cruel? Essas são algumas das questões respondidas neste livro essencial, relatadas por um sábio meistre da Cidadela.
Ricamente ilustrado com mais de oitenta imagens assinadas pelo artista Doug Wheatley, Fogo & Sangue dará aos leitores uma nova e completa visão da fascinante história de Westeros – um livro imperdível para os fãs do autor.
Título: Fogo & Sangue
Autor (a): George R. R. Martin
Tradutor: Leonardo Alves, Regiane Winarski

Editora: Planeta - Minotauro
Número de páginas: 664

Fogo & Sangue, lançado em novembro de 2018, é mais um livro que expande o universo das Crônicas de Gelo e Fogo do consagrado autor, George R. R. Martin. O livro deveria ser um volume único contando o legado da dinastia Targaryen até o início da saga principal, mas sabe como é esse velhinho, ele não consegue escrever pouco, então a obra foi dividida em duas partes.
Como fã da saga que sou, adquiri o livro na pré-venda e o li assim que pude, e posso afirmar com tranquilidade que a obra, apesar de contar com um estilo diferente de narrativa e se passar 300 anos antes dos eventos da saga principal, não me decepcionou nem um pouco. Fico bastante decepcionado, na verdade, com o pouco destaque que o livro recebeu na mídia, os fãs parecem estar saturados com a longa espera pelo sexto volume da saga, Os Ventos do Inverno, e não demonstram o mínimo interesse em lê-lo. O que é uma pena, visto que a obra é mais um calhamaço riquíssimo em detalhes sobre, não só os Targaryen, mas toda a Westeros.
O livro é um trabalho de vários relatos e fontes reunidas pelo arquimeistre Gyldayn, nosso narrador, e ele nos mostra as diferenças existentes entre as fontes sobre uma mesma história, dando seus pitacos pessoais, e por vezes, não muito imparciais, deixando a cargo do leitor em qual versão acreditar.
Atualmente, os meistres da cidadela referem-se aos eventos históricos por D.C (Depois da conquista) e A.C. (Antes da Conquista), assim, temos uma noção muito melhor dos registros mais recentes do que em comparação com os mais antigos.

A Conquista de Aegom


Doze anos antes da conquista de Westeros, os Targaryen eram habitantes de Valíria e não eram, nem de longe, a família mais poderosa dentre os cavaleiros de dragões, todavia, eles previram a destruição de Valíria e, julgados como covardes pelas outras famílias, fugiram, tornando-se os únicos donos de dragões.
Então, Aegom e suas duas irmãs-esposas, Vysenia e Rhaenys, aportaram em Pedra do Dragão e começaram a planejar a conquista de Westeros. Com a ajuda de famílias conhecidas como os Baratheon, que futuramente viriam a ser sua ruína, os Targaryen, montando em seus dragões, Balerion, O Terror Negro, montado por Aegom, Vhagar, montado por Visenya e Meraxes, montado por Rhaenys, travaram diversas batalhas, unificaram Westeros e, com as espadas de seus novos vassalos, construíram o Trono de Ferro.
Particularmente, me diverti mais com os reinados posteriores ao de Aegom, como o de Maygor, O Cruel, Jaehaerys, O Conciliador e, claro, com a Dança dos Dragões, a guerra civil que quase culminou no fim da dinastia Targaryen, com várias batalhas sangrentas e perdas irreparáveis.
Outro destaque que faço é para os personagens secundários, muitos possuem relevância dentro da história, como Rogar Baratheon, que passa de herói para carrasco e por fim se redime, me emocionando com o desfecho de sua trajetória. Corlyz Velaryon, A Serpente Marinha, que foi o maior marinheiro que se teve notícia e contribuiu bastante em muitos conflitos políticos. E tantos outros personagens de várias regiões e famílias de Westeros e Essos.
Também não poderia deixar de mencionar as mais de 80 ilustrações de Doug Wheatley, que intercalam entre as história, dando mais vida ao livro e fazendo a leitura fluir melhor.
Por fim, o livro é um grande reforço para a estante de qualquer fã da saga e/ou da série, complementando bastante o que conhecemos sobre esse universo maravilhoso que o Martin nos presenteou. Muito é explicado na obra e várias coisas que aconteceram na saga principal podem ser considerados ecos do passado. O livro também é um excelente material para quem gosta de conjecturar teorias sobre os mais diversos temas das Crônicas de Gelo e Fogo.

Multiverso X.:39 | Mulheres Para Ler e Conhecer #OPodcastéDelas2019


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Apesar dos problemas do ano anterior, voltamos para participar da campanha #OPodcastéDelas2019, organizada por Domenica Mendes do CabulosoCast/PerdidosnaEstante e Rodrigo Basso do Covil de Livros. Nesse episódio, nossa equipe recebe Samuel Muca, do Boteco dos Versados, efetiva a Camila Loricchio na equipe e conta com a participação da Patrícia Souza, que atendou nosso chamado no twitter.
Ouça e saiba mais sobre o trabalha artístico de Amanda Palmer e como deixar o orgulho de lado com a arte de pedir; viaje pelas fantásticas trilogias de Robin Hobb; desbrave o sertão fantástico na companhia de uma mula, um cavaleiro e uma maga nascidos de um desafio a autora Paola Siviero; entenda como Nadia Hashimi levanta um interessante debate sobre bacha posh, o feminino e o machismo no Afeganistão e os reflexos no mundo; descubra Heloísa Prieto e sua incrível produtividade e incentivo a cultura. 
Acompanhe-nos, estimado explorador de universos!

DURAÇÃO: 1 hora 21 Minutos 17 Segundos

ABORDADOS NO CAST:

A Arte de Pedir (Amanda Palmer): Skoob - Compre na Amazon
Trilogia do Assassino (Robin Hobb): 
O Aprendiz de Assassino - Skoob - Compre na Amazon
O Assassino do Rei - 
SkoobCompre na Amazon
A Fúria do Assassino - 
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O Auto da Maga Josefa (Paola Sivieiro): Skoob - Compre na Amazon
A Perola que Rompeu a Concha (Nadia Hashimi): Skoob - Compre na Amazon
Heloísa Prieto: 

NOSSOS CONVIDADOS:


Samuel Muca (Boteco dos Versados) - Boteco dos Versados@botecoversados
Patrícia Souza - 
@Patysama2

A TRIPULAÇÃO NAS REDES:

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Novidades Jambô: Março 2019

Pronto, o carnaval passou e para muitos o ano começa oficialmente no Brasil! A Editora Jambô dá inicio a suas atividades com protagonismo feminino nos quadrinhos, conteúdo pra enriquecer a sua mesa de Reinos de Ferro RPG, uma nova Medalha dos Deuses para a coleção e uma oportunidade para autores independentes entrarem no mercado sob a supervisão de uma editora com anos de mercado.
Confira todas as novidades que a Jambô preparou para o mês de Março!

Publicações: Quadrinhos, Suplementos de RPG e Medalhas!


A Jambô Editora orgulhosamente anuncia o terceiro volume de Rat Queens. Esta saga em quadrinhos, originalmente publicada nos Estados Unidos pela Image comics, apresenta o melhor (e mais zoeiro) grupo de heroínas da fantasia medieval.

Neste encadernado, as Ratas Rainhas precisam ir até a distante Universidade dos Magos para saber o que aconteceu com Gerard, o pai adotivo de Hannah (a elfa maga violenta e boca-suja, lembra?). A viagem não é exatamente a coisa mais calma e tranquila do mundo, mas, ao chegar na Universidade, Violet (a anã guerreira que ainda não achou um grito de guerra adequado), De (ou Delilah, a ex-sacedortiza de um deus-monstro cheio de tentáculos) e Betty (a miúça que tem uma ligação estranha com álcool, doces e cogumelos alucinógenos) vão descobrindo fatos bem preocupantes do passado de sua colega maga.
Numa narrativa que mistura com maestria humor, ação e emoção, Rat Queens Vol. 3 encerra o primeiro grande arco de histórias (que compreende os três primeiros volumes) da série e termina com grandes mudanças para as Ratas Rainhas. A arte de Tess Fowler Gutierrez (que atualmente desenha Dungeons & Dragons: A Darkened Wish, quadrinho oficial de Dungeons & Dragons) mostra as personagens com uma perfeita combinação de expressividade e ação intensa, enquanto a história cresce numa espiral insana e divertida, com revelações e reviravoltas inesperadas.
Um título imperdível para os fãs e uma leitura da mais alta qualidade dentro do gênero de quadrinhos de fantasia, Rat Queens também ganhou o prêmio GLAAD, concedido a obras que possuam ótima representatividade LGBT.
Rat Queens Vol. 3 não é recomendado para menores de 16 anos. Sabe como é, elas falam muito palavrão e tem nudez ocasional.
Rat Queens Vol. 3 – Demônios é uma edição de capa dura, com 160 páginas coloridas (formato 18,5 x 27,5 cm), que contém as edições 11 a 15 do título regular Rat Queens, e também a edição Rat Queens Especial: Braga vol. 1, além de extras exclusivos. O roteiro é de Kurtis J. Wiebe, com arte de Tess Fowler Gutierrez e cores de Tamra Bonvillain.
Para mais informações, inclusive como comprar este lançamento em pré-venda, confira a página da editora (só clicar aqui).


O primeiro lançamento de RPG da Jambô Editora de 2019 é Sem Trégua 4, suplemento que traz novas opções para mestres e jogadores de Reinos de Ferro RPG.
Com doze artigos diferentes, Sem Trégua 4 tem novas carreiras, mais equipamentos, manutenção de gigantes de ferro (e como adquiri-los), um guia para a região de Wexmere, e muitas informações sobre a Ocupação Orgoth, os mistérios da Convergência Cyriss e regras para os clérigos da Deusa das Engrenagens. E ainda tem Espírito de Aço, uma aventura pronta.
Um suplemento recheado de material útil para todo tipo de campanha no cultuado cenário de RPG Reinos de Ferro.
Sem Trégua 4 tem 80 páginas coloridas (formato 21x28cm) e capa cartão, com preço sugerido de R$ 49,90.

A série Medalhas dos Deuses traz os símbolos sagrados dos deuses do Panteão do mundo de Arton, cenário do RPG Tormenta. E a medalha do mês de março é a de Kallyadranoch, o Deus dos Dragões.
Kallyadranoch estava esquecido até poucos anos atrás, devido a uma punição imposta por Khalmyr pelo crime de criar a Tormenta. Era chamado apenas de “o Terceiro”, e mesmo este título era conhecido por pouquíssimos mortais.
No entanto, o Deus dos Dragões foi trazido de volta a Arton por aventureiros, para ocupar o lugar deixado vago por Glórienn, a Deusa dos Elfos — e impedir que a Tormenta se tornasse um deus maior. Atualmente Kallyadranoch tem pouco poder,mas mesmo assim seu culto começa lentamente a ressurgir.
A medalha de Kallyadranoch estará disponível para venda, no site da Jambô Editora, a partir do dia 13 de março.
Não conhece as medalhas? Dá uma olhada nas já lançadas até aqui:

Jambô lança Odisseias, seu novo selo editorial

Por fim, a última notícia, e também a mais bombástica! No dia 11 de março, a Jambô Editora inaugurou o selo Odisseias, que tem como objetivo auxiliar o autor brasileiro de literatura fantástica a entrar no mercado ou aumentar sua visibilidade.
Há mais de 15 anos no mercado, a Jambô já lançou inúmeros autores e livros de sucesso. Ainda assim, sua capacidade de publicação é limitada, o que muitas vezes impossibilita a aposta em escritores em início de carreira. Para driblar este obstáculo e incentivar a inserção destes autores no mercado, a editora criou o selo Odisseias, que trabalha com autopublicação. Nessa modalidade, o autor investe na produção do livro, viabilizando o seu lançamento.
Os princípios do selo são: qualidade editorial, transparência e sustentabilidade financeira. O processo de publicação dentro do selo foi planejado de forma que o autor tenha lucro com seu trabalho.
Para mais informações, veja o vídeo abaixo e visite a página do selo.

Skyward - Conquiste as Estrelas

Derrotada, devastada e levada quase à extinção, a raça humana se vê presa em um planeta distante, constantemente atacado por misteriosos combatentes alienígenas. Spensa, uma adolescente, anseia por se tornar piloto e se juntar à resistência. Quando descobre os restos de uma velha nave, um modelo que a garota nunca tinha visto na vida, percebe que esse sonho pode enfim se tornar realidade.
Para isso, no entanto, a garota precisará consertar a grande nave, aprender a pilotá-la e – talvez o mais difícil – convencer a inteligência artificial que controla os restos da embarcação a ajudá-la: essa incrível nave, de alguma forma, parece ter uma alma própria.
Título: Skyward - Conquiste as Estrelas
Autor (a): Brandon Sanderson
Tradutor: 
Marcia Blasques
Editora: Planeta - Minotauro
Número de páginas: 400


Premiado, mundialmente elogiado, amado por seus fãs, Brandon Sander é um com certeza um dos maiores da ficção especulativa da atualidade e escritor com uma vasta produção. No entanto, por alguma razão, apesar de escutar elogios de diversos leitoras e leitores fãs obras como Elantris, Mistborn, Coração de Aço, não havia tido contato com seu trabalho até o momento. Então das estrelas veio Skyward.
A humanidade avançou e partiu para explorar o universo, mas algo aconteceu. Próximos da extinção, os seres humanos lutam uma guerra pela sobrevivência contra os mistérios Krell, vivendo em comunidades isoladas e subterrâneas em um planeta isolado, cercado por detritos. As estrelas que um dia foram o lar da humanidade, são agora um sonho distante.
Mas em alguns esse sonho é mais vivo do que em outros.
Desde criança Spensa Nightshade, ou simplismente Spin, sonha em ser uma piloto e se juntar a FDD na luta contra os Krell, mas a figura de seu pai se torna uma sombra em seu caminho. Apesar de não acreditar no que é dito, todos veem Chase Nightshade como um covarde, uma figura traidora capaz de abandonar seus aliados para morrer e esperam que a garota seja como ele. Aos 17 anos, Spensa tem um objetivo a cumprir e não vai deixar que outros fiquem no seu caminho: ela se tornará piloto de caça espacial.
Em meio ao difícil caminho na academia e a resistência da almirante Ironsides, Spin descobre uma velha nave, totalmente diferente de todos os modelos conhecidos, que pode garantir seu futuro como piloto. Contudo, convencer M-Bot, uma nave com inteligência artificial, a entrar em combate será tão difícil quanto o resto de seu caminho. Spensa Nightshade terá que se espelhar mais uma vez nos heróis das histórias da sua avó e manter em mente seu objetivo: conquistar as estrelas.
Inspirado por obras como Como Treinar o Seu Dragão e Eragon, o autor se propôs a reinterpretar o conceito "um garoto e seu dragão" através um novo olhar. Em vez de um rapaz, uma garota. No lugar de um dragão, um caça espacial inteligente. Uma ideia instigante e atraente, mas que acaba ficando em segundo plano em razão do desenvolvimento da protagonista. Claramente há aqui uma construção de tal relação, mas o início de algo que talvez seja aprofundado com o desenvolver da série. E esse é um ponto importantíssimo para o melhor aproveitamento dessa leitura: Skyward é o primeiro livro de uma série em desenvolvimento. Sua conclusão levanta mais questionamentos do que responde e isso poderia frustar uma parte dos leitores, porém, sabendo que haverá espaço para as respostas adiante, a jornada se mostra ainda mais interessante. Skyward é um livro sobre o desenvolvimento de Spensa.
Sanderson consegue trabalhar muito bem os personagens, especialmente os coadjuvantes da turma de cadetes da FDD, dando-os profundidade ao avançar da trama. É gostoso, acompanhar aqueles jovens pilotos e descobrir mais sobre a sociedade e organização de mundo através das diferenças entre eles. Spensa no entanto, apesar da evolução e aprendizados durante a trama, é uma personagem bastante imatura para a idade e vida difícil que leva, e por vezes bem irritante. Isso torna mais fácil se conectar com um(a) outro(a) piloto do que a protagonista da história até a parte final da história. Em compensação, M-Bot é um personagem que rouba a cena com seu carisma em todas as suas aparições, e nos momentos em que estão juntos os personagens funcionam em sua plenitude.
O cenário criado pelo autor, apesar de apresentar situações e características similares a tantas outras, é bastante interessante e gera diversas perguntas no leitor, que podem ou não serem respondidas futuramente, e abrem espaço para especulações e outras tramas em outros contextos. A hierarquia social, as diferenças entre os povos e suas cidades-cavernas, a estrutura político-militar, o passado da humanidade abordo de naves estelares e o próprio planeta Detritus, prendem a nossa atenção mesmo nas leves pinceladas que recebem. 
A parte gráfica do livro é muito bem trabalhada e merece elogios, mas a capa recebe o destaque. A ilustradora Charlie Bowater fez um excelente trabalho ao dar vida a protagonista na capa original, mas optar pela versão da Orion Publishing foi uma decisão acertada. A arte de Sam Green transmite perfeitamente o clima de desolação da humanidade em Detritus e a esperança da protagonista de encontrar nas estrelas algo para seguir.
Apesar dos entraves causados por sua protagonista, e uma leve sensação de repetição causada pelas aulas da academia,  Brandon Sanderson consegue entregar em Skyward um livro dinâmico, ágil, com uma linguagem simples e narrativa envolvente. Um início de uma série que promete ser instigante e divertida, que certamente acompanharei com prazer.

Cronograma de Lançamentos - Jambo 2019

Sem a menor sombra de dúvidas, 2019 será um ano de festa para a Jambô Editora. A sua principal marca - Tormenta - está completando 20 anos, e teremos diversos lançamentos para comemorar, mas esses anúncios ficarão para outra postagem. Hoje falaremos sobre as outras novidades que também são MUITO fantásticas.
Temos novos romances de Dungeons & Dragons, incluindo os aclamados e famosos títulos de Dragonlance! Teremos o terceiro volume de Rat Queens! Uma nova Medalha dos Deuses a cada mês! Vários Livros-Jogos e muito mais! O melhor de tudo: esta é uma lista preliminar, e algumas surpresas ainda serão adicionadas.
Confira!

Março
Sem Trégua Vol. 4 (Reinos de Ferro)
Rat Queens Vol. 3 (Quadrinhos)
Dragão Brasil 141
Medalha dos Deuses 05 — Kallyadranoch

Abril
FF 22 — O Porto do Perigo (Livros-jogos)
A Lenda de Drizzt Vol. 7 — Legado (Literatura, Dungeons & Dragons)
Dragão Brasil 142
Medalha dos Deuses 06 — Nimb

Maio
Crônicas Vol. 1 — Dragões do Crepúsculo do Outono (Literatura, Dungeons & Dragons)
Faith Vol. 2 (Quadrinhos, Valiant)
Dragão Brasil 143
Medalha dos Deuses 07 — Thyatis

Junho
Brigada Ligeira Estelar RPG (3D&T)
FF 05 — A Cidade dos Ladrões (Livros-jogos, reimpressão)
Dragão Brasil 144
Medalha dos Deuses 08 — Wynna

Julho
Livro-jogo a ser divulgado
Suplemento de Mutantes & Malfeitores 3ª edição a ser decidido pelo público
X-O Manowar Vol.2 (Quadrinhos, Valiant)
Dragão Brasil 145
Medalha dos Deuses 09 — Keenn



Agosto
Manual do Aventureiro 2ª Edição (3D&T)
Lendas Vol. 1 — Tempo dos Gêmeos (Literatura, Dungeons & Dragons)
Dragão Brasil 146
Medalha dos Deuses 10 — Azgher

Setembro
Dragão Brasil 147
Medalha dos Deuses 11 — Tanna-Toh

Outubro
FF 07 — A Mansão do Inferno (Livros-jogos, reimpressão)
Dragão Brasil 148
Medalha dos Deuses 12 — Allihanna

Novembro
A Lenda de Drizzt Vol. 8 — Noite sem Estrelas (Literatura, Dungeons & Dragons)
Bloodshot Vol. 2 (Quadrinhos, Valiant)
Dragão Brasil 149
Medalha dos Deuses 13 — Grande Oceano

Dezembro
Crônicas Vol. 2 — Dragões da Noite do Inverno
Dragão Brasil 150
Medalha dos Deuses 14 — Marah