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Crítica | Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

Lionsgate/Reprodução


Sucesso nos cinemas e na literatura, a série Jogos Vorazes conquistou milhões de fãs por todo o mundo e apresentou um universo distópico rico e envolvente, além de personagens marcantes. Um odioso personagem, anos após a produção original, ganhou protagonismo em uma prequela que conta sua história de origem: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes.

A obra chega aos cinemas em 2023 para mostrar mais do vilão Coriolanus Snow e sua jornada de queda e ascensão, afinal como diz o próprio "Snow lands on top/Neve sempre cai por cima". A missão de agradar ao público em uma retomada não é nada simples, mas a Lionsgate veio preparada.
Lionsgate/Reprodução

A rebelião dos distritos é debelada pela Capital, mas não sem consequência para ambos os lados. As perdas foram muitas, e para o povo nunca se esqueça quem são os vencedores, a Capital estabelece os Jogos Vorazes. Em sua décima edição os jogos estão perdendo sua força, e 24 dos jovens mais promissores de Panem são escolhidos para serem os tutores dos tributos essa edição a fim de recuperar o impacto e público dos jogos.

Coriolanus Snow, um jovem que esconde a real situação atual de sua família e deseja acima de tudo o prêmio Plinth, recebe a incumbência de cuidar do tributo feminino do Distrito 12, Lucy Gray Baird. A garota, artista e rebelde por natureza, se torna a chave para a mudança de vida que Snow se preparou a vida inteira. Contudo, nem tudo sai exatamente como planejado.

Com ritmo mais lento, com troca de fases durante a história, A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes adapta muito bem o mais longo dos livros da saga. Aqui os jogos são apenas um ponto no plano de fundo maior desse cenário distópico e nos concentramos na construção de uma das figuras mais importantes da saga e nas mudanças que sua presença causa àquele mundo. O questionamos, o entendemos, compadecemos e o odiamos. A direção conduz muito bem elenco e roteiro para que mais uma vez nos interessemos e embarquemos neste cenário de forma prazerosa, mesmo que levemente amarga.
Lionsgate/Reprodução

O ritmo do filme, para muitos, pode ser seu maior inimigo. Sua divisão em atos e pausas para construção dramática podem pegar de surpresa aqueles que esperam constante ação. Contudo, o desempenho dos atores compensa qualquer questão. Tom Blyth e Rachel Zegler garantem a química dos protagonistas e sustentam o drama de seus personagens, Viola Davis entrega uma odiosa Doutora Gaul, bem como Peter Dinklage e seu dúbio Casca Highbottom e os atores coadjuvantes convencem muito bem sobre o peso de toda a situação.

O universo é novamente bem representado nos efeitos práticos e visuais, e bem acompanhado nas trilhas. Tudo é ainda fresco e rústico 10 anos após a guerra, a construção da obra nos faz entender cada um dos avanços que vemos na Saga Jogos Vorazes. 

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é com certeza um filme que vai agradar aos fãs da franquia. Com uma narrativa dramática e trágica, o longa nos envolve naquilo que a saga tem de melhor.


Título: Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
Título original: Hunger Games - The Ballad of Songbirds & Snakes
Lançamento/Duração: 2023 - 2h 37min
Gênero: Aventura/Ação/Drama
Direção: Francis Lawrence
Roteiro: 
Michael Lesslie, Michael Arndt, Suzanne Collins