Reproduzir Em Uma Nova Aba - Faça o Download - Arquivo Zip Está no ar mais um #ClubedoMultiverso. Aqui, junto com nossos leitores e ouvintes, entregamos o resultado dos debates sobre a leitura conjunta de uma determinada obra, realizada em nossa comunidade no Discord no mês anterior. Em Outubro de 2022, embarcamos na leitura de obra de terror infantil, amada e já adaptada para as telonas: Coraline, obra de Neil Gaiman, publicada no Brasil em sua edição mais recente, pela editora Intrínseca! Nesse episódio, junto do Capitão Ace Barros, estão Airechu, Camila Loricchio e Patrícia Sousa. Ouça e descubra o que achamos dessa leitura; entenda como histórias para crianças podem ser assustadoras; encontre as lições escondidas dentro da obra; preencha as lacunas do terror com a sua mente adulta; entenda como agregar valor e trocar experiência ao ler para uma criança e escutar o que ela tem a dizer. Acompanhe-nos, Exploradores de Universos!
Muito francês para mim. Ou talvez eu tenha fica velho demais para filmes de paródia. Mas o filme franco-belga Super Quem? Heróis por Acidente, uma paródia aos filmes de super-heróis que tomaram conta dos cinemas na última década, é na melhor das hipóteses, pitoresco.
Na trama Cédric (Philippe Lacheau) é um ator fracassado, cuja carreira se resume a um único comercial de preservativos extra-pequenos. A sorte de Cédric muda quando é chamado para estrelar o novo filme de super-herói Badman, em que será o personagem principal e contracenará com seu ídolo, Alain Belmont (Georges Corraface), que será um palhaço criminoso. Apesar de uma ou outra humilhação, a vida de Cédric parece ter ganho um rumo e as gravações vão bem. Até sofrer um acidente de carro e, ao acordar, dar-se conta de que perdeu a memória. A partir deste ponto o ator passa a confundir ficção com realidade e acredita ser o justiceiro Badman. Algo que vai metê-lo em diversas enrascadas, inclusive com a polícia e com o crime, e precisará mais do que nunca da ajuda de sua irmã e amigos para evitar o pior.
Abraçando o gênero da paródia, o longa se apropria do que há de melhor e de pior nos filmes de herói para gerar uma história absurda e cômica, que poderia sim render algo melhor, mas se atém ao medíocre. O ator Philippe Lacheau, também roteirista e diretor do longa, aproveita para criticar sua àrea profissional, mas ao buscar ser o mais acessível possível também o faz de forma rasa e amarra tudo em piadas, mesmo os dramas de seus personagens. Lacheau mostra ao longo do filme que conhece o gênero através de diversas referências e corruptelas, e também demonstra domínio da direção ao entregar cenas de ação que funcionam muito bem. Contudo, são muitos os elementos que não casam mesmo entre si, como o estranho grupo de amigos, a relação familiar com o pai e com a ex-namorada.
Apesar de tudo que foi dito, ainda é possível rir com Super Quem?, principalmente se decidir assisti-lo com baixa expectativa e de forma descompromissada. Com pouco mais de 1h de duração, o longa é ágil e fluido, perdendo pouco tempo com profundidade e sempre trazendo uma nova situação cômica. Contudo, ainda assim, seja por conta do humor francês ou não, há no roteiro uma insistência em piadas de cunho sexual que, além de deslocadas e de muito mal gosto, muitas vezes não fazem sentido e servem apenas ao humor de constrangimento.
É possível que você discorde de tudo que foi dito aqui e se divirta horrores com Super Quem?, evidentemente. Talvez apenas esteja velho demais para esse tipo de filme, ou desejasse que o longa aproveitasse melhor suas ideias, já que o ator e diretor Philippe Lacheau mostra que possui talento de sobra. Se propondo a homenagear e satirizar os filmes de maior sucesso da atualidade e alguns jovens clássicos do gênero, o longa aposta numa sucessão de piadas e esquetes montadas em sequência, o que tanto pode o tornar divertido para muitos, quanto raso e enfadonho para outros como eu.
Título: Super Quem? Heróis por acaso
Título Original: Super-héros malgré lui
Lançamento/Duração: 2022 - 1h 22min
Gênero: Comédia/Ação
Direção: Philippe Lacheau
Roteiro: Julien Arruti, Pierre Dudan, Philippe Lacheau
Reproduzir Em Uma Nova Aba - Faça o Download - Arquivo Zip Está no ar mais um #ClubedoMultiverso. Aqui, junto com nossos leitores e ouvintes, entregamos o resultado dos debates sobre a leitura conjunta de uma determinada obra, realizada em nossa comunidade no Discord no mês anterior. Em nossa leitura coletiva Setembro de 2022, embarcamos em um romance de época divertido, forte, escrito e protagonizado por pessoas pretas: Ventos de Mudança, obra da Beverly Jenkins, publicada no Brasil pela Editora Arqueiro! Nesse episódio, junto do Capitão Ace Barros, estão Airechu, Camila Loricchio e Patrícia Sousa. Ouça e descubra o que achamos dessa leitura; entenda os pontos que fizeram as opiniões ficarem mais divididas; embarque em uma viagem fantástica em universo cheio de potencial; participe da discussão sobre o que sentimos falta, os acertos dessa obra, e viaje conosco. Acompanhe-nos, Exploradores de Universos!
Quinze anos se passaram desde que o nome de Dwayne "The Rock" Johnson foi levantado e escalado para dar vida ao Adão Negro nos cinemas. De uma participação como provável vilão no filme Shazam!, passando pelo aumento da popularidade do astro e a confirmação como protagonista de um longa próprio, Adão Negro chega como uma esperança para o Universo DC nos cinemas.
Na trama temos o retorno de Teth-Adam (Dwayne Johnson) após 5 mil anos de exílio/prisão. O escravizado que ganhou poderes mágicos na era antiga para combater o rei tirano de Kahndaq, é desperto por um grupo desesperado de pessoas em busca de soluções para libertar o reino do domínio ditatorial da Intergangue, um grupo mercenário que controla o lugar há 10 anos. Deslocado no tempo, cheio de ódio, e em meio a um conflito, Adão Negro mostra todo seu poder contra seus novos inimigos.
Enquanto para uns, um herói, para outros uma ameça. Suas ações e potencial destrutivo chamam a atenção de poderosos que imediatamente convocam a Sociedade da Justiça, para impedir que o poderoso ser de poderes divinos torne uma ameaça global. Em paralelo a isso, as forças da Intergangue buscam por as mãos em um poderoso artefato para garantir de vez o comando sobre Kahndaq, e talvez além mais.
Levantando temas e questões que poderiam gerar debates um pouco mais profundos, a produção opta por focar em uma sequência de embates e conflitos, como poucos momentos de respiro, entregando um longa compromissado coma diversão e entretenimento. Não que isso seja ruim, por si só, ao se anunciar como um novo marco para o universo DC nos cinemas, Adão Negro dá dois passos atrás para, sem muitos riscos, garantir os passos a serem dados a frente. Com isso temos um filme em que seus acertos superam os defeitos e divertem o público, com personagens cativantes e o carisma de seu protagonista.
Com certeza, no ponto mais fraco, temos o roteiro escrito por Adam Sztykiel, Rory Haines e Sohrab Noshirvani que aposta no simples e parece por vezes não saber muito bem o que fazer com os personagens inseridos, além de bons combates. O humor por vezes parece deslocado, principalmente com o núcleo mais humano da história. Objetivamente, isso não é nenhum pecado, mas sem o peso devido, ações e consequências acabam sem relevância real frente ao ir e vir de acontecimentos.
Em contraponto, a ação bem dirigida, os efeitos bem finalizados e a fotografia fazem de Adão Negro um desbunde repleto de quadros dignos das mais belas páginas dos quadrinhos. Outro ponto que vale elogios, certamente é a forma como outros personagens conseguem um merecido destaque em meio a tanta coisa. Pierce Brosnan (Senhor Destino) e Aldis Hodge (Gavião Negro) brilham tanto em seus personagens que garantem não apenas um desejo por mais da Sociedade da Justiça, como disputam em pé de igualdade com o carisma de Dwayne Johnson.
Talvez "Mudar a hierarquia de poder do universo DC" tenha sido uma afirmação forte por parte do ator/produtor, mas gradualmente os novos rumos desse universo cinematográfico se tornam mais claros ao entregar uma história dinâmica, repleta de ação, que aposta forte na pancadaria e simplicidade para a agradar ao público. Se isso será o suficiente ou não, apenas o tempo dirá, mas até lá algumas horas de diversão descompromissada estão garantidas.
Título: Adão Negro
Título Original: Black Adam Lançamento/Duração: 2022 - 2h 5min Gênero: Fantasia/Ação/Ficção Científica Direção: Jaume Collet-Serra Roteiro: Adam Sztykiel, Rory Haines e Sohrab Noshirvani
Chegou o No Radar, seu podcast mensal com as novidades que capturaram a nossa atenção e que, talvez, também vá prender a sua! Neste episódio, o Capitão Ace Barros e sua Imediata, Hall-e, falam sobre projetos em financiamento e também lançamentos que passaram no radar no início de Outubro, além de receber o reforço Camila Loricchio com mais novidades. Tem livro, quadrinhos, RPG, e muito mais no nosso radar. Preste atenção e nos acompanhe!
Reproduzir Em Uma Nova Aba - Faça o Download - Arquivo Zip Está no ar mais um #ClubedoMultiverso. Aqui, junto com nossos leitores e ouvintes, entregamos o resultado dos debates sobre a leitura conjunta de uma determinada obra, realizada em nossa comunidade no Discord no mês anterior. Em nossa leitura coletiva de Agosto de 2022, conhecemos um universo fantástico inspirado no mediterrâneo em uma história com boas doses de investigação e mistério: Terceiro Saber, de Roberto Campos Pellanda! Nesse episódio, junto do Capitão Ace Barros, estão Airechu e Camila Loricchio. Ouça e descubra o que achamos dessa leitura; entenda os pontos que fizeram as opiniões ficarem mais divididas; embarque em uma viagem fantástica em universo cheio de potencial; participe da discussão sobre o que sentimos falta, os acertos dessa obra, e viaje conosco. Acompanhe-nos, Exploradores de Universos!
Invadindo o Sonhar, o Capitão Ace Barros e sua Imediata, Hall-e, contam com o apoio do fã de Gaiman origina, o senhor Airechu, da escritor e designer Camila Loricchio, e do escritor da saga Araruama, e tripulante recém-empossado, Ian Fraser para falar da primeira temporada de The Sandman, série da Netflix que adapta os famosos quadrinhos homônimos.
Embarque conosco nessa conversa descompromissada sobre as nossas experiências prévias com os quadrinhos; sobre se a série ter ou não sido bem sucedida enquanto adaptação e produto audiovisual; e quais nossas discordâncias, elogios e destaques para os membros da nossa tripulação.
Podcast no Multiverso X numa segunda-feira? Newsletter em áudio? Surpresa!
Chegou o No Radar, seu novo cast mensal com as novidades que capturaram a nossa atenção e que, talvez, também vá prender a sua! Neste episódio de estreia, o Capitão Ace Barros e sua Imediata, Hall-e, falam sobre projetos em financiamento e também lançamentos que passaram no radar, além de receber os reforços de Ian Fraser, Carol Vidal e Camila Loricchio com mais novidades. Tem série, literatura, quadrinhos, RPG, jogos digitais e muito mais no nosso radar. Preste atenção e nos acompanhe!
O Capitão Ace Barros e sua Imediata, Hall-e, recebem uma visita relâmpago e estrondosa na Interlúdio: a escritora e pesquisadora Ana Rüsche e a publicitária e audiodescritora Lígia Colares invadem a nossa nave para bater um papo sobre o Relampeio Festival, evento literário internacional e gratuito que em 2022 acontece nos dias 19, 20 e 21 de Agosto.
Embarque conosco nessa conversa sobre as origens do festival; os desafios e delícias de organizar um evento que reúne escritores de várias partes do mundo; tente adivinhar os nomes da fantasia e ficção científica que recebem convites todos os anos; saiba mais as mesas que irão acontecer esse ano; e anote as indicações das nossas convidadas.
Reproduzir Em Uma Nova Aba - Faça o Download - Arquivo Zip Está no ar mais um #ClubedoMultiverso. Aqui, junto com nossos leitores e ouvintes, entregamos o resultado dos debates sobre a leitura conjunta de uma determinada obra, realizada em nossa comunidade no Discord no mês anterior. Em nossa leitura coletiva de Julho de 2022, acompanhamos um grupo de idosos aficionados em crimes se metendo em uma investigação de assassinato na Inglaterra! Nesse episódio, junto do Capitão Ace Barros, estão Airechu e Patrícia Souza.
Ouça e descubra o que achamos dessa leitura; entenda os pontos que fizeram as opiniões ficarem bem divididas; ajuste a sua expectativa, se envolva com os velhinhos e evite empurrá-los de escadas; participe da discussão sobre as falhas e acertos dessa obra, e viaje conosco.
Acompanhe-nos, estimados Exploradores de Universos!
DURAÇÃO: 1 Hora 20 Minutos 16 Segundos
COMENTADOS NO PODCAST:
Livro | O Clube do Crime das Quintas-Feiras, de Richard Osman - Skoob - Amazon
A bordo da Interlúdio, o Capitão Ace Barros e sua Imediata, Hall-e, recebem os reforços de Carol Vidal e Paty Souza que se unem a tripulação para ampliar os esforços de explorar os mais variados universos e trazer indicações para os ouvintes.
Embarque conosco nessa conversa sobre nossas leituras; encare monstros gigantes em robôs emplumados e aproveite para combater o machismo e outras desigualdades em uma trama de vingança e ferro; debata sobre estranheza, trabalho e modos de vida diferentes com uma adulta que trabalha temporariamente em uma loja de conveniência há 18 anos; converse sobre a experiência de leitura de livros em áudio, conheça a Storytel e explore o universo Grisha, uma fantasia com inspiração na cultura eslava.
Acompanhe-nos, estimados exploradores de universos!
Reproduzir Em Uma Nova Aba - Faça o Download - Arquivo Zip Está no ar mais um #ClubedoMultiverso. Aqui, junto com nossos leitores e ouvintes, entregamos o resultado dos debates sobre a leitura conjunta de uma determinada obra, realizada em nossa comunidade no Discord no mês anterior. Em nossa leitura coletiva de Junho de 2022, acompanhamos o crescimento e descobertas de dois jovens em busca dos segredos do universo e de si próprios! Nesse episódio, junto do Capitão Ace Barros, estão Airechu, Camila Loricchio e Patrícia Souza. Ouça e descubra o que achamos dessa leitura; entenda porque estar na mente do protagonista quase sempre nos faz odiá-lo; discuta se Ari é chato e Dante é legal ou se os pais deles são os melhores personagens; participe da discussão sobre as falhas e acertos dessa obra, e viaje conosco. Acompanhe-nos, estimados Exploradores de Universos!
DURAÇÃO: 1Hora 09 Minutos 02 Segundos
COMENTADOS NO PODCAST:
Livro | Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo, de Benjamin Alire Saenz - Skoob - Amazon
Há um tempo atrás poucos arriscariam dizer que Thor seria o primeiro herói do UCM a estrelar quatro filmes solos, principalmente considerando os dois primeiros longas do personagem que mesmo entre os fãs da Marvel não muito populares. Gostando ou não do resultado e das escolhas, em Thor: Ragnarok o diretor Taika Waititi conseguiu imprimir seu estilo e dar vida nova ao personagem, abraçando o lado cômico e tornando o épico mais colorido e dinâmico.
Em Thor: Amor e Trovão, novo filme da franquia do deus nórdico, o diretor neo-zelandês retorna para dar continuidade a seu trabalho e assume agora também papel de roteirista do longa ao lado de Jennifer Kaytin Robinson. Taika está mais solto e confortável do que nunca e isso se reflete em tela.
A trama traz Thor (Chris Hemsworth), após os acontecimentos de Vingadores: Ultimato, vivendo aventuras no espaço junto aos Guardiões da Galáxia e seu companheiro Korg (Taika Waititi), enquanto repensa seu papel no universo e quem ele deve ser. Quando deuses de vários mundos começam a morrer nas mãos de Gorr (Christian Bale) e sua necro-espada, Thor e os Guardiões se separam para atender as dezenas de chamados de socorro vindas de vários pontos da galáxia e além. Um deles em especial chama a atenção de Thor: Lady Sif (Jaimie Alexander) alerta que Nova Asgard pode ser um dos próximos alvos do Carniceiro dos Deuses.
De volta à Terra para impedir seu inimigo, o deus do trovão descobre não apenas os planos de Gorr, como também que outra pessoa empunha o seu ex-martelo, Mjolnir, e se intitula a Poderosa Thor: sua ex-namorada Jane Foster (Natalie Portman). Juntos, Thor, Jane, Korg e Valquíria (Tessa Thompson) precisam alertar os deuses e reunir um exército para impedir que o Carniceiro dos Deuses acabe com todas as divindades da existência.
Extremamente divertido, tanto quanto ou até mais que Ragnarok, Thor: Amor e Trovão tem tudo que um bom filme do Universo Cinematográfico da Marvel pede e até um pouco mais. Há cenas de ação plásticas e tão belas que parecem tiradas de uma página de quadrinhos, brincadeiras com os personagens, referências à arcos recentes das HQs, participações especiais e retornos, e também um vislumbre sobre os próximos planos do estúdio.
O longa reforça o quanto o universo tem a ganhar com mais espaço para trabalhos autorais e as visões de seus diretores. Isso se reflete no quão confortáveis os atores estão em seus personagens e na qualidade das entregas, seja nos momentos com mais humor ou drama. Se Thor ainda parecia perdido no Universo Marvel, Waititi e Chris Hemsworth definem de uma vez por todas quem é o personagem, fechando questões abertas e definindo seu futuro com novo propósito. Natalie Portman traz para Jane/Poderosa Thor o misto empolgação e desconforto que a dualidade da personagem pede no momento e até consegue livrar alguns espectadores de qualquer gosto amargo que suas participações anteriores possam ter deixado. A dualidade da fé, seus lados negativos e positivos, um dos principais temas da trama, é bem explorada tanto com acidez quanto com esperança. Trazendo tanto uma crítica quanto uma positiva mensagem sobre fé, nos outros e em si, e propósito, principalmente no terço final e conclusão do filme.
Claro, isso não faz dele uma obra perfeita e havia espaço para melhor desenvolvimento de alguns pontos e questões. Gorr, por exemplo,é um personagem que cresce bastante com a entrega sempre primorosa de Bale, entendemos suas motivações para o abandono da fé, desesperança e ódio pelos deuses. Porém, seja por conta do roteiro ou cenas que ficaram de fora do corte final, sua ameaça e fator de urgência é minimizado em determinados momentos. E assim é também acontece um pouco com a questão emocional de Thor, Jane e até com a Valquíria, embora bem dosados.
No entanto, Taika Waititi imprime primorosamente bem o seu estilo leve e descontraído na direção e consegue nos fazer passar por cima de detalhes como esses com certa facilidade. O diretor consegue dosar muito bem o ritmo, o humor e piadas tão característicos, as grandes cenas de ação e os dramas. Sonora e visualmente, o filme é um desbunde! A estética e as escolhas de trilha formam uma combinação poderosa e empolgante, e mesmo nos momentos mais sombrios não vacila, entregando um espetáculo bonito de se ver.
Quem não gostou tanto de Thor: Ragnarok tem altas chances de também não gostar de Thor: Amor e Trovão. Contudo, se você não faz parte desse time, vai encontrar aqui um filme extremamente divertido, empolgante e com personagens muito carismáticos e engraçados, com uma excelente combinação da formula Marvel com o melhor de Waititi. Amor e Trovão, ao fim, mostra que o Deus do Trovão ainda tem muita a história para contar aproveitando os novos rumos!
Título: Thor: Love and Thunder.
Título Original: Thor: Amor e Trovão Lançamento/Duração: 2022 - 1h 40min Gênero: Aventura/Ação/Comédia Direção: Taika Waititi Roteiro: Taika Waititi e Jennifer Kaytin Robinson
A bordo da Interlúdio, o Capitão Ace Barros e sua Imediata, Hall-e, recebem ajuda a Camila Loricchio e Airechu para dar boas-vindas ao segundo semestre e aproveitando o retorno dos eventos de quadrinhos, indicar algumas leituras do gênero.
Embarque conosco nessa conversa sobre nossas leituras; viage ao lado de uma jovem animada em busca de medalhas de poderes divinos; faça o papel de vizinho fofoqueiro e observe a vida de diversas pessoas pela janela durante o isolamento social; torça por uma paixão adolescente em uma história cheia de diversidade que se tornou a queridinha do momento; e entre para um clube de desenho de observação cheio de pessoas incríveis e desmioladas.
Acompanhe-nos, estimados exploradores de universos!
Uma cat sitter cega. Um aplicativo de celular chamado Veja por Mim. Uma mansão isolada. Um grupo de bandidos em busca de um cofre. Uma mistura que te deixa um pouco confuso, acompanhada de um trailer que te faz ter dúvida sobre o que filme vai te entregar (e se o fará bem).
Na trama, acompanhamos a história de Sophie (Skyler Davenport), uma esquiadora que ficou cega após um acidente e carrega alguns rancores em relação ao modo com que a tratam desde então. Ela trabalha como cat sitter, e o filme começa com sua chegada em uma mansão isolada. Seu trabalho é simples, cuidar do felino, passar o dia, e ir embora. Mas durante a noite acaba se envolvendo com um plano de um grupo de assaltantes que quer o conteúdo de um cofre na mansão. Em seu auxílio, um aplicativo chamado Veja por Mim, que conecta pessoas que tem algum tipo de deficiência visual a voluntários que ajudam a resolver alguma situação. Kelly (Jessica Parker Kennedy) é essa voluntária, uma veterana do exército que tem por hábito jogar jogos de tiro em primeira pessoa.
Eu fiquei bastante intrigada quando li a sinopse e vi o trailer. Ambos não me chamaram tanto a atenção, mas quando fui atrás de resenhas sobre o filme, resenhas bastante positivas (era um mix bem 8 ou 80, ou eram positivas ou eram terríveis, o que adicionou tempero ao quebra-cabeças que era Veja por Mim), fiquei refletindo sobre o que esse filme teria para oferecer que não me convenceu antes. Ele tem cara de filme B. Então comecei a assistir a obra com esse mistério a resolver: seria um filme B de Bom ou B de Bem mais ou menos?
O filme começa bem silencioso, vemos a rotina de Sophie, ela arrumando suas malas, uma competição de esqui na tv, uma relação conturbada dela com a mãe, e sua partida para o trabalho. E aí que começa um detalhe muito interessante: nossa protagonista não é exatamente legal. Nem boazinha. Somos apresentados a uma personagem que tem uma construção complexa, que tem questões a resolver consigo e com os outros. Que odeia profundamente ser encarada como incapaz. E que tem uma moral extremamente cinza. É essa personagem que terá de lidar com assaltantes bem canastrões e uma veterana do exército que, por sua vez, também tem uma moral tão cinza quanto ela.
Somos apresentados a como ela lida com suas relações sociais e seu dilema de aceitar ajuda. O modo como ela encara um antigo parceiro de esporte. E como ela lida com seu trabalho (o que é um ponto ali nessa bússola moral que desanda para o lado... complicado). O filme te lança vários pontos que serão trabalhados e te entrega uma resolução boa de vários deles. Várias arminhas de Tchekhov, todas engatilhadas, e a gente só aguarda o som dos tiros.
Algo que funciona muito bem, e que poderia dar errado, é a nossa relação com personagens que não são muito gostáveis à primeira vista. É sempre arriscado posicionar personagens com dualidades morais tão grandes, e eu particularmente gosto bastante quando isso é bem executado. Além de uma química incrível trabalhada apenas com uma cena entre Kelly, a voluntária, e Sophie. Em uma troca de diálogo, em uma única ajuda, acreditamos na relação entre as duas e numa cumplicidade superimportante para seguir acreditando na trama do filme.
Sendo um thriller de ação, esperamos sim que tenham alguns clichês, mas tudo corre de maneira que entretém, não tem nada muito inovador, mas tem um filme que te entrega o que promete, te fornece um desenvolvimento de personagem pé no chão, personagens que conseguem te conquistar (apenas um dos bandidos tem uma atuação que me deixou aflita, mas abençoadamente dura pouco), e a direção de Randall Okita que te deixa tenso, na expectativa, e satisfeito.
Uma questão bem interessante de ressaltar é o fato de termos uma protagonista cega, que é retratada com camadas, rotinas, também interpretada por uma pessoa atriz cega. Skyler Davenport tem uma extensa carreira com dublagem, e entrega uma atuação impecável, que te faz acreditar nas escolhas da personagem (e evita aqueles momentos em que você grita com a tela quando alguém faz uma escolha absurda em filmes de terror ou suspense).
Analisando depois de assistir, fica a sensação de que algumas propostas não foram bem recebidas por algumas pessoas, daí também essa mistura de resenhas positivas e negativas. Ele merece sim uma audiência maior pelo que conseguiu entregar em uma hora e meia de história.
Veja por Mim foi uma surpresa agradável! Um filme que vale assistir com a expectativa ajustada para um thriller que envolve invasão de casas, sobreviver à noite e te entrega personagens verossímeis, tensão, redondinho para o que propõe e que me entreteve do início a fim. Um filme B de Bom!