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O Espião: Uma Aventura de Isaac Bell






O ano é 1908, o mundo sofre de uma tensão internacional terrível e sintomática de uma guerra de extensões nunca vistas antes. Um agente japonês invade uma base americana, e arma para que a morte de um talentoso projetista de canhões pareça suicídio aos olhos de todos. No entanto, Dorothy Lagner, filha do homem morto, procura a famosa agência de detetives Van Dorn em busca de ajuda para provar que o pai foi assassinado e manter pura a sua memória. Encantado pela beleza da moça, o detetive Isaac Bell pede afastamento do caso em que trabalhava para ajudá-la e dedicar total atenção a isso quase gratuitamente. Convencido por seu melhor detetive de que ajudar a marinha americana chamaria à atenção do governo à agência Van Dorn, e que esse reconhecimento seria uma benção. Bell segue as pistas e logo percebe que algo muito maior está acontecendo, e que a morte de Arthur Lagner não seria a primeira nem a última envolvendo pessoas ligadas ao misterioso projeto do Casco 44. A busca por respostas estava longe de terminar, começava ali uma caçada por todo o país que envolveria vários agentes da Van Dorn.
Título: O Espião
Autor: Clive Cussler e Justin Scott
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012
Páginas: 416


O espião é um livro de ação acima de tudo, não espere suspense ou o mistério costumeiro dos livros de detetives. O livro é dinâmico e seus capítulos são rápidos, até demais para o meu gosto. Gosto de livros com ação, mas é preciso que ela “pause” em determinados momentos para absorção das informações contidas nas páginas lidas. Apesar de ser um bom livro, O Espião é fraco na apresentação e caracterização dos personagens, inclusive os protagonistas. Mas como bom leitor, procurei antes saber o porque tão rasa profundidade sobre Isaac Bell, os detetives da Van Dorn e a relação com Marion Morgan, noiva de Bell. O Espião é o terceiro livro de uma série que conta às aventuras do detetive e sua maravilhosa agência. Creio eu que esse fato, ajude a entender por que não há um aprofundamento maior na apresentação dos personagens, pois já foram introduzidos anteriormente. Mas não se preocupe, isso não atrapalha em nada leitura nem o entendimento da trama, foi apenas um incômodo, e achei que devia compartilhar.
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Como eu disse anteriormente, a ação consegue ser o ponto forte e o fraco da trama ao mesmo tempo. Existem pontos que poderiam ser melhor aproveitados, mas isso não tira emoção da leitura, pois há outros detalhes que enchem os olhos. A disponibilidade de recursos possuída pela agência de detetives é enorme, e gosto de Isaab Bell pelo luxo e conforto faz você pensar nele como um “bom vivant”, que só trabalha por que ama o que faz. Existe também uma riqueza de fatos e personagens reais aproveitados na trama que passam despercebidos aos nossos olhos por questões culturais, pois estamos pouco acostumados com a história americana. Como bom curioso, não deixei os detalhes passarem em branco, acho que sou um detetive também e não assumo.
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Não posso deixar de falar sobre o mistério. Na verdade não existe um grande mistério para o leitor, pois durante alguns capítulos vamos recebendo informações e montando o quebra cabeças muito antes do personagem resolver o caso. A única coisa que realmente descobrimos junto com o personagem são as motivações do vilão no final do livro. E por falar em final, o fim da trama, apesar de legal, é inesperado por conta do tamanho da mudança que o caso do Espião causa na vida de Isaac Bell.
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O livro é bom, cumpre o papel que foi designado e cria algumas horas de distração muito boas. Eu me senti incomodado por algumas coisas, mas senti vontade de continuar a ler a série. Não para frente, e sim para trás, pegando os dois primeiro livros para conhecer melhor os personagens pois eles são bons e certamente rendem boas histórias. A capa da versão da Novo Conceito é muito bonita e bem trabalhada, e me encantou bem mais do que a americana. Tenho um único pedido a fazer a vocês: Não deixem de ler, tirem suas próprias conclusões. Pois o livro vale apena ser lido e não deve ser ignorado por ter críticas por aí.