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A Fada






Aos 18 anos, a jovem Melanie Aine recebeu um duro golpe, o falecimento de seu pai. Como se isso não bastasse, a menina descobriu que não era um ser humano. O destino, porém, lhe reservava ainda mais surpresas. Melanie Aine descobriu ser parte fundamental de um mundo fantástico, cercado de magia, onde ela vai ter de andar com cuidado sobre uma tênue linha entre amor e fúria, vida e morte.O premiado livro de Carolina Munhóz, autora de O inverno das fadas, traz a história de uma jovem que teve sua vida completamente transformada aos 18 anos. Uma história repleta de lutas emocionais, criaturas mágicas e eventos sobrenaturais. Os desafios vividos por sua protagonistas revelam uma história de descobertas e superação que prenderá o leitor até o fim.
Título: A Fada
Autor: Carolina Munhoz
Editora: Fantasy - Casa da Palavra
Ano: 2012
Páginas: 256


Se indicamos é porque vale a pena ao menos tentar ser lido, independente de ser do seu perfil ou não. Não adianta nada julgarmos e dizer um grande não sem ler nem ao menos um capitulo (fazer isso numa livraria nem custa dinheiro), por isso resolvi dar o exemplo e partir para um livro que tem um perfil diferente do meu.
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De forma não totalmente linear o livro conta a história de descobertas da inconstante Melanie Aine, ou Mel. A sinopse é um pouco exagerada, o que se apresenta no livro é um pouco mais dramático e menos apocalíptico. O foco principal da trama é Mel e seus problemas, o tal destino da recém descoberta fada move a história, mas não é tão importante quanto a garota. Seu lado fada, magia, seres encantados e todo um novo cenário fantástico são apenas ferramentas nas mãos da autora para tornar tudo mais sólido e crível. Carolina Munhóz conseguiu fazer isso, a história me conquistou, principalmente o final e o conto extra, mas ao todo achei A Fada um livro mediano.
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O mundo criado por Carolina Munhóz é atrativo e interessante, poderia ser melhor explorado, mas é deixado em segundo plano por conta da trama da personagem. Melanie Aine é um personagem, na minha opinião, desinteressante e chato. Não é a questão do romance com o bruxo Arthur Wales ou por eu não ser o público alvo que digo isso, mas por ela ser inconstante e reunir as piores características de uma TPM durante todo o livro. Foi difícil para mim passar por toda a insegurança da garota, mas a beleza do final do livro é recompensadora, nos momentos finais a autora faz tudo valer a pena.
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Além de Mel, poucos personagens são apresentados sendo Arthur Wales o segundo personagem em destaque. Arthur é um jovem traumatizado e também um tanto esquisito, mas é a ligação de Mel com a W.I.C.C.A e toda parte em que o mundo mágico e o humano se misturam. É com ele que ela descobre o amor e um pouco mais sobre seu passado e futuro. Por conta dessa aproximação é que vemos os outros seres mágicos que habitam o mundo criado por Munhóz.
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O material extra, o conto Outra Vez a Escuridão, mostra a evolução entre a escrita da autora já que o conto foi escrito muito tempo depois do livro A Fada, além de em poucas páginas conseguir prender sua atenção de uma maneira intensa com uma bonita e triste homenagem à talentosos artistas que morrem aos 27 anos. Fadas nem sempre são boas e as Leanan Sídhes estão aí para provar.
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Agora quero ver você fazer o mesmo e dar uma chance a um livro, mesmo que não faça seu perfil. ;)