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Crônicas dos Senhores de Castelo: Maré Vermelha






O planeta Kynis está em crise. Diante da guerra iminente entre as duas nações irmãs, o rei Dragão ora para Seath, o Deus Verdadeiro, enquanto dragões e soldados transformados patrulham com apreensão os limites da ilha-reino. No continente, os treze distritos formam um poderoso conglomerado industrial movido a vapor, cujas máquinas fumegantes de guerra estão prontas para lutar em nome do lucro.
No meio desse embate da força do vapor contra a fúria da natureza, o Bobo e o Ladrão seguem a pista de um objeto valioso e acabam pondo a própria vida em risco. Sem saída, só lhes resta buscar a ajuda de Kullat. Mas um indício do paradeiro de Volgo faz com que Kullat enfrente um dilema: cumprir sua missão de evitar a guerra em Kynis, capturar o mago rubro ou salvar seus amigos? Em uma corrida contra o tempo, Kullat se unirá a uma exótica Senhora de Castelo, um guerrin com o poder de manipular água e outros companheiros para enfrentar esses imensos desafios — mesmo sem saber que a vida de seus amigos Laryssa, Azio e Thagir está conectada a essa missão de maneiras que ele nunca imaginou.
Embarque nesta emocionante jornada e explore cada canto do Multiverso com os Senhores de Castelo!
Série: Crônicas dos Senhores de Castelo
Livro III - Maré Vermelha
Autor(a): G. Brasman e G. Norris
Editora: Verus - Páginas: 503
Lançamento: 2014


Certa vez o autor Gustavo Brasman afirmou que odiaríamos a ele e ao Gustavo Nossir quando terminássemos a leitura de Crônicas dos Senhores de Castelo: Maré da Guerra. Estava totalmente errado. Eu tenho apenas é que parabenizar pela obra. Não por ser perfeita, mas por saber contar uma historia bem escrita, e mesmo assim agradar o leitor.  Ao menos posso falar por mim.
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Maré Vermelha ao meu ver é o primeiro livro da série que além de contar uma nova história, torna-se complementar e obrigatório. O Poder Verdadeiro era leve e serviu como entrada para um novo universo... Ou melhor dizendo: Multiverso. O livro introduziu todos elementos básicos, o cenário, os personagens que ainda eram menos complexos e a infinidade de possibilidades nele existente. Efeito Manticore foi um livro de expansão. A aventura podia ser lida em separado sem atrapalhar muito o leitor. Ainda era possível conhecer os personagens que apareciam agora mais maduros e com um pouco mais de profundidade, saber o necessário e continuar a desbravar aquela aventura mais densa sem depender do primeiro, embora fosse muito melhor começar na ordem correta. Mas ali o Multiverso era visto crescendo, até crossover teve em suas páginas, embora alguns leitores mal compreendam a importância disso. Já Maré Vermelha é diferente.
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A leitura como peça individual é possível, porém perde-se automaticamente o direito de reclamar que não entendeu algumas partes. Personagens, conceitos e criaturas já conhecidas não são reapresentados, apenas introduzidos e descritos para compreensão de sua situação atual da série. Tudo ali narrado é um aprofundamento do que já foi construído. Os personagens, cada vez mais humanos tem suas características acentuadas e até alteradas após os acontecimentos do Efeito Manticore. O passado é revelado em alguns casos, suas relações melhor exploradas, sentimentos mais evidentes, e muitos dilemas para serem explorados. Em alguns momentos isso chega a parecer informação demais para um único livro. Mas evidenciei: Encarei-o com um livro complementar.
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Tanto é que o cenário sofre mais uma expansão. O Multiverso se mostra cada vez mais denso e menos simples. A complexidade política, a organização, e posicionamento em relação a si mesmo e outros mundos é apresentada de maneira mais convincente. Parte da curiosidade sobre a Ordem dos Senhores de Castelo é sanada com maior detalhamento sobre sua rotina, sede, e novos senhores e guerrins que se mostram na história mesmo de maneira breve.
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Justamente por ter sido Leitor Beta posso apontar diversas melhorias no livro. A versão final passou a usar termos mais simples, e fácil entendimento, e isso contribuiu para uma leitura mais ágil que prende o leitor do ínicio ao fim. O número de páginas sofreu uma redução de mais de 50 páginas, mas nada da essência do livro foi retirado. A verdade é que ele ficou mais dinâmico. A trama possui diversos momentos de tensão, cenas de ação muito boas e evolução dramática nos personagens, contendo várias reviravoltas. As palavras “estranhas” são essências para o contexto da história, mas em determinadas passagens existem tantas que confundem um pouco o leitor. E isso torna um pouco difícil gravar o nome dos coadjuvantes, e no mínimo a grafia correta. Mas entendo que isso não é algo que possa ser modificado já que representa a diversidade do multiverso. Um sacrifício em prol de algo maior.
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O livro possui também outras novidades além dos diversos novos personagens, uma dela é o novo ilustrador - Rafael Pen - que mesmo chegando agora já pegou o espirito da série e acrescenta mais riqueza ao livro.
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De maneira geral Crônicas de Senhores de Castelo 3: Maré Vermelha é um ótimo livro, e fico feliz por ter tido a oportunidade ajudar nessa construção. A cada novo volume a série mostra mais o potencial que possui e se torna mais uma prova da qualidade que a literatura de fantasia produzida no Brasil possui.