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Promessa de Fogo (Abismo - Livro Um)






“Aqueles atraídos pelo Abismo estão destinados a encontrá-lo”.
Alicia é uma fazendeira de vida simples. Seus únicos sonhos são passar a vida ao lado de seu noivo e cuidar das tarefas do campo.
Sonhos que são despedaçados quando mercenários atacam seu vilarejo e deixam um rastro de fumaça, cinzas e sangue.
Algo acorda dentro de Alicia. Uma sede de vingança a domina e exige morte para se saciar.
Em seu caminho pavimentado pelo ódio, Alicia enfrentará os dinossauros que assolam o Norte, golems avançados, soldados corruptos e uma conspiração envolvendo demônios, necromantes e a magia de sangue proibida no reino.
Mas sua maior luta será para manter a própria humanidade enquanto mergulha no Abismo.
Promessa de Fogo é o primeiro livro da série Abismo.Título: Promessa de Fogo
Série: Abismo
Autor: Thiago d'Evecque
Editora: Publicação Independente
Ano: 2017 / Páginas: 240


Ataques noturnos por grupos de mercenários assombram o cotidiano outrora pacato dos moradores duma propriedade rural em Timóteo, um pequeno povoado dos reinos do Norte. Mas felizmente eles têm como se defender, Alicia e Bento são hábeis espadachins e Matilda não erra um disparo com suas flechas e unindo esforços eles expulsam com facilidade esta primeira leva de invasores.
Este ataque além de deixar os moradores preocupados e em perpétuo estado de alerta também levantam dúvidas sobre o que estaria por trás deles. Em busca de respostas e de reforços Alicia parte de lá montada em Bela, seu gastornis, uma espécie de sáurio dócil, pouco depois de ter a mão pedida em casamento por Bento rumo a propriedade de sua tia Charlotte, a comandante da Guarda Real. Enquanto está fora a propriedade é novamente atacada e dessa vez com mais força e sem chances para seus familiares e amigos revidarem, as baixas são enormes e seu pai Alfredo foi levado pelos mercenários.
Ao se deparar com o cenário de completa destruição, Alicia jura vingança, sente seu peito queimar com a injustiça, é tomada de ódio e de algo mais, uma irresistível sede de sangue também se apossa de nossa protagonista. Ela parte em busca de vingança contra sua principal suspeita, Olga, uma mulher influente e poderosa, mas cujos reais objetivos são um mistério para todos!
Esse é o mote principal de Promessa de Fogo, o primeiro romance da série Abismo de Thiago d'Evecque, escritor e jornalista carioca e autor também de Limbo, um excelente romance de estreia que não canso de recomendar pela qualidade. Embora as propostas de Limbo e Promessa de Fogo sejam bem distintas é impossível não comparar algumas de suas semelhanças: ambos são complexos, são carregados de referências e mesclam elementos dos mais diversos em suas tramas com extrema habilidade.
Se em Limbo tínhamos uma trama focada no místico e onírico em que o principal personagem parecia ser o lugar e não tanto seu protagonista numa jornada de autodescoberta enquanto cumpria uma missão compulsória, em Promessa de Fogo a trama acontece num mundo de fantasia palpável e sua principal personagem é uma mulher de carne e osso motivada por um intenso desejo de vingança após ser afetada por uma tragédia pessoal sem precedentes. Uma das minhas primeiras impressões foi a de que estava diante de um novo cenário, tão complexo quanto o Limbo e tão diverso e cheio de lugares, lendas, mitos e organizações para serem exploradas e conhecidas juntamente com seus personagens. O clima de aventura prevalece, às vezes sendo carregado de drama e tragédia, com direito a combates que me remeteram ao Japão feudal dos samurais, mas com elementos típicos da fantasia medieval clássica, enriquecidos com a presença de artefatos de pólvora e armas de fogo mais complexas.
Há uma inusitada quebra de expectativa com relação aos demônios. Um dos mitos deste mundo diz que eles foram expulsos do Norte para o Abismo por titãs montados em sáurios, abrindo espaço para a colonização humana. Contudo há humanos que defendem e cultuam religiosamente esses demônios. Segundo eles a Terra é posse deles e eles voltarão para clamar o que lhes é devido por direito. Particularmente não sei qual lado tomar, e acredito que não há mocinhos ou bandidos claramente definidos neste ponto.
Os saurios merecem menção. É incrível o que a presença de dinossauros faz com nossa imaginação numa obra de fantasia. Adorei ler sobre eles, uns possuem penas e são criados em fazendas servindo principalmente de montaria, como os gastornis, outros são treinados de forma um tanto cruel pela Guarda Real para servirem de montaria de combate e há ainda os que vivem em estado selvagem, uma preocupação a mais para os humanos. Contudo a maioria é herbívora e ainda que sejam enormes e assustadores, eles temem a humanidade tal como nós tememos as baratas. As espécies maiores e mais selvagens vivem em áreas distantes e pouco exploradas e não são tão bem conhecidas.
Além dos demônios e sáurios, como contraponto, há ainda a presença de mercenários, guardas corruptos e uma forte tensão política no Reino do Norte. Chamam a atenção também os mecas, golens construídos artificialmente de matéria comum animada com magia de sangue, a necromancia, criados com os mais diversos objetivos, desde cumprir tarefas braçais simples, até servirem de guardas e até os complexos Exterminadores, máquinas hábeis e mortais, munidas de armas de fogo calibre doze para, ironicamente, manter a paz. É curioso que seres animados por magia perambulem livremente por um reino onde a sua prática é proibida...
Isso tudo por mais incrível que pareça fica ofuscado pela originalidade e carisma das protagonistas: Alicia, Matilda e Charlotte. Alicia de cabelos negros, olhos lilás e pele morena, mas de sorriso difícil é uma habilidosa guerreira ambidestra, uma esgrimista notória capaz de cortes mortais com sua lâmina. Matilda é uma hábil arqueira, adora fumar calmamente em cima dos telhados, já foi namorada de Charlotte e está um pouco fora de forma, o que convenhamos não a torna nem um pouco menos letal. Charlotte é tia de Alicia e é comandante da Guarda Real, uma líder nata, alta e robusta que empunha uma enorme e pesada espada como poucos. É pouco comum vermos mulheres protagonizando tramas de fantasia e sendo a maioria em grupos de aventureiros e tal escolha aqui não poderia ser mais positiva! Elas são mulheres fortes por si mesmas e pelas suas atitudes, com personalidades muito distintas e nada convencionais cada uma é trabalhada de modo a percebermos suas qualidades e peculiaridades individuais e a dinâmica entre elas nos conquista por nem sempre ser tão harmônica, há pontos de atrito graves que podem levá-las a conflitos e rompimentos sérios a qualquer instante por mais que torçamos para que elas continuem apoiando-se mutuamente até o fim.
Fiquei particularmente interessado na personalidade da protagonista Alicia. Enquanto lia sobre seu desespero e dor tendo que lidar com a perda e o luto de tudo que tinha e de tudo que amava ela desperta um lado obscuro que nem ela mesma conhecia em si. Sua história carrega consigo uma metáfora sobre lançar-se em abismos pessoais quando nos encontramos por algum motivo fragilizados que cabe bem ao conceito da personagem e dialoga duma maneira perturbadoramente familiar também comigo. Temo que mais do que uma heroína habilidosa no manejo de espadas com as duas mãos, Alicia também seja uma personagem trágica, enredada por uma trama maior de interesses poderosos em que a individualidade dela seja o que menos conta! Mas acho que já estou especulando demais aqui, é a ansiedade por descobrir o que será dela futuramente!
O livro é estruturado em 30 capítulos curtos, com descrições ágeis e precisas que se aprofundam apenas o necessário para que compreendamos o mundo imaginado pelo autor. Há ainda muito o que ser explicado, mas haverá espaço pra isso nas continuações que já espero ansiosamente! Os momentos de virada no enredo parecem seguir a clássica estrutura de três atos e funcionam muito bem, ficamos cada vez mais tensos e apreensivos conforme ele avança, seja por enfrentar as consequências das mudanças na vida dos personagens ou por descobrir que a pouca certeza dos fatos que tínhamos sobre tudo pode não significar nada na página seguinte. Aliás, sempre sou surpreendido pelas tramas do autor e isso é muito positivo num nicho em que o mais do mesmo costuma ser a tônica.
A maestria de Thiago para incluir e trabalhar harmonicamente referências tão destoantes em suas obras merece elogios não só por extrapolar os clichês do gênero de fantasia, mas também por abrir seu mundo para novas, diversas e infinitas possibilidades! Em Promessa de Fogo, ele entrega muito mais do que um cenário fascinante, um grupo de personagens diverso ou um épico sobre busca por vingança. Abismo promete ser uma saga grandiosa, cumprindo uma demanda por mais que Limbo havia deixado ao seu término, mas com uma proposta muito diferente e ainda mais ousada, mantendo as qualidades do texto do autor agora enriquecidas com a experiência adquirida desde o seu primeiro romance. Recomendo o livro para amantes de tramas de fantasia, mas Promessa de Fogo tem um potencial para agradar qualquer tipo de leitor, não é difícil se identificar com o drama vivenciado pela protagonista ao mesmo tempo em que é impossível ficar indiferente ao fascínio exercido pelo seu mundo ou encantado com suas personagens e curioso pelo que nos aguarda na sequência.

Multiverso X.:26 | Missão #LeiaNovosBr #Literatura


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No episódio de hoje, o Capitão Ace Barros, a imediata Hall-e, o navegador Airechu, o piloto da Interlúdio Julio Barcellos, recebem uma mensagem com uma missão: participar da campanha #LeiaNovosBr! Aceitamos esse chamado e trouxemos ajuda para trazer mais indicações!
Ouça e conheça mais sobre essa maravilhosa campanha; descubra o segredo da dívida que une os pássaros e os homens do Templo dos Ventos; viaje pelo Limbo em busca das 12 almas que ajudarão a terra a evitar o seu fim; viaje pelo Rio de Janeiro, capital do Brasil Império, e ajude um capoeira e um detetive a resolverem uma conspiração contra a nação; acompanhe a jornada uma jovem anômala em uma sociedade distópica. Tudo isso e muito mais ao apertar de um botão.
Acompanhe-nos, estimado Explorador de Universos! 

DURAÇÃO: 1 Horas 31 Minutos 03 Segundos

CITADOS NESTE EPISÓDIO:

Conheça a campanha #LeiaNovosBr
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Limbo - Thiago d'Eveque 

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Quissama: O Império dos Capoeiras - Maicon Tenfen 

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Limbo

O Limbo é para onde todas as almas vão após a morte. Além de humanos, deuses esquecidos e espíritos lendários também vagam pelo plano. Muitas almas sabem exatamente onde estão e por que; a maioria, entretanto, ainda tem a impressão de estar viva. A morte é um hábito difícil de se acostumar.
Um dos espíritos residentes no Limbo acorda sem nenhuma lembrança de sua identidade. Ele descobre que a Terra está prestes a ser destruída pelos próprios humanos e fica encarregado de enviar doze almas heroicas de volta. Elas reencarnarão no plano dos homens e tentarão reverter o quadro apocalíptico.
Contudo, poucas almas encaram o retorno com bons olhos. O espírito deve, então, forçá-las. Armado, de preferência. Assim, resolve visitar um velho amigo: Azazel, anjo ferreiro e primeiro escolhido da lista.
O espírito descobre mais sobre quem realmente é, ouve uma versão completamente diferente sobre a rebelião dos anjos e é presenteado com uma surpresa de péssimo gosto.
LIMBO mistura elementos e referências de videogames, RPGs, HQs, animes, mangás, filmes, séries e livros. De Lovecraft a Final Fantasy, é uma homenagem às influências que marcaram o autor.
Título: Limbo
Autora: Thiago d'Evecque
Editora: Amazon Publishing/ Publicação Independente
Número de Páginas: 165
Sou fascinado por livros que abordam e brincam com mitologias tradicionais. São uma ótima forma de se conhecer traços de culturas diferentes além de enriquecerem a nossa própria bagagem de histórias. Em Limbo, seu livro de estreia, Thiago d'Evecque mostra um incrível potencial para trabalhar com estes elementos, criando um universo de fantasia coerente, variado e bem estruturado numa trama envolvente com a mesma maestria de um Spohr ou Gaiman.
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Limbo conta a jornada de um espírito recém desperto e desmemoriado imbuído da missão de escolher doze entre todas as almas que vagam pelo Limbo e enviá-las de volta à Terra com a finalidade de ensinar as suas mais nobres virtudes ao ser humano que se degradou a um ponto extremo e está a beira de se extinguir num apocalipse eminente.
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O Limbo é uma espécie de dimensão paralela para onde vão os deuses esquecidos, seres mitológicos e almas condenadas. Lar abrangente de criaturas de diferentes culturas e épocas, lá é possível encontrar desde as criaturas dos mitos de Cthulhu, da mitologia judaico-cristã, deuses gregos, nórdicos, hindus, africanos e asiáticos, e até figuras possivelmente históricas como o rei Arthur e a Sherazade das Mil e Uma Noites.
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O maior problema para o protagonista é convencer estas almas heroicas a voltar. Nem todas estão dispostas a isto pelos mais diversos motivos. Uns já estão cansadas da humanidade, outros acham que já cumpriram a sua missão... Assim, após esgotar seus argumentos, inevitavelmente o protagonista terá de recorrer à força para cumprir com êxito a sua missão. Não há escolha.
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Em sua jornada pelo Limbo, o protagonista é acompanhado de uma arma espiritual com personalidade própria apelidada de Cacá (e que personalidade!). A arma na verdade é um receptáculo da alma de um deus antigo e esquecido que em sua megalomania se alimentava do medo e horror humanos em eras remotas mas que agora só pode reclamar da sua atual condição deplorável. Cacá nos proporciona muitos dos melhores momentos de alívio cômico durante a leitura e terminei por me simpatizar com sua "pessoa".
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Thiago d'Evecque não se contentou apenas em usar personagens já conhecidos mas em também imbuí-los de personalidade própria. Entre os 12 escolhidos destaco três que me surpreenderam muito pelo conceito trazido aqui: o primeiro é Azazel, o responsável por forjar Cacá é um anjo desprovido de crenças em uma entidade superior, um anjo ateu! Quem diria! Oxum, nunca antes havia lido uma história com um orixá do candomblé, especificamente da religião iorubá, como personagem e ela também foi uma grata surpresa para mim. Além de ser uma figura interessantíssima e complexa, a representante do amor, da beleza e da feminilidade é quem traz à trama uma virada surpreendente que me tirou o chão e o fôlego literalmente. E por fim temos Arthur, o rei que é sempre representado como um homem imponente e justo, o ideal cavalheiresco perfeito é mostrado em Limbo com uma faceta muito mais humana e falível. Aqui ele remói todas as suas mágoas pelas desgraças da sua trágica história já tão conhecida. Há muitos outros personagens tão interessantes quantos estes que citei e vale a pena conhecê-los mais à fundo. O próprio autor dá dicas de onde buscou inspiração para criá-los e cita obras de referência ao fim do livro. Limbo pode perfeitamente ser encarado como uma porta de entrada, uma breve introdução, para quem quer conhecer mais sobre mitologias diversas justamente por beber de tantas referências e por nos despertar a curiosidade para elas.
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A forma como as missões são estruturadas podem soar um pouco repetitivas e previsíveis ao longo de alguns capítulos. Elas me lembraram as missões de alguns games em estilo RPG com cada entidade representando uma espécie de chefe de fase e basicamente podem ser resumidas em encontro, conversa, luta e desfecho. Mas o autor soube contornar isto criando situações únicas a cada novo encontro. Além das entidades serem totalmente diferentes entre si, o que exige técnicas de argumentação e combates também diferentes, a ambientação de cada encontro também muda. O Limbo funciona de modo a parecer como aquela entidade e a sua sociedade acreditavam que deveria ser o seu pós-vida. No fim o balanço é muito positivo e não raro nos perguntamos de quem o protagonista irá atrás agora? Como será o embate de ideias? E a quais técnicas de luta ele irá recorrer?
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O livro possui um final aberto, sobretudo com relação às almas enviadas para reencarnar na Terra. Seria interessante saber o que aconteceu com elas numa continuação, se foram capazes de redimir mais uma vez a humanidade passando para ela as suas melhores virtudes e principalmente: como? O desfecho é surpreendente! Há pelo menos duas grandes viradas aguardando o leitor ao final, mas antes de chegar lá recomendo apreciar com calma os trechos mais inspirados e poéticos da narrativa que se intercalam muito bem tanto com um fino bom humor de alguns momentos quanto com a ação propiciada pelos encontros e também pelos questionamentos filosóficos e sociais levantados nos diálogos.
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Limbo é uma leitura rápida, agradável, com conteúdo e muito divertida e eu não poderia terminar essa resenha sem deixar de recomendar a todos: leiam!