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Liga da Justiça: Trono de Atlântida

Escrito por Geoff Johns, O Trono de Atlantis serve como uma história original a respeito da origem de Aquaman, que foi substituído por Shazam, como membro fundador da Liga em Liga da Justiça: Guerra. Orm, o príncipe de Atlantis, e Manta Negra, unem forças para convencer seu povo a entrar em uma guerra contra a superfície. A Rainha e a Liga da Justiça devem encontrar Arthur Curry, meio-irmão de Orm, já que ele é o único capaz de trazer a paz entre as duas civilizações.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                
Liga da Justiça: Trono de Atlântida
Título Original: Justice League: Throne of Atlantis
Lançamento/Duração: 2014 - 78 minutos - Gênero: Ação/Aventura
Direção: Ethan Spaulding
Roteiro: Heath CorsonGeoff Johns 
Elenco: Christopher Gorham, Matt Lanter, Sumalee Montano, Jerry O'Connell, Jason O'Mara, Sam Witwer, Sirena Irwin, Juliet Landau, Harry Lennix, Rosario Dawson, Sean Astin, Shemar Moore, Nathan Fillion

Se existe um personagem que - graças a internet e redes sociais - sempre foi humilhado por conta de seus poderes, esse é o Aquaman. A verdadeira culpada por isso é ainda mais antiga que a popularização da internet: a animação dos Superamigos. Lá o personagem falava com peixes e fazia coisas esdruxulas, dificilmente sendo útil de verdade. A DC/Warner durante muito tempo penou para tirar essa imagem do personagem, até recentemente adotar a chacota como caraterística em suas histórias.
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A partir do reboot nos quadrinhos da editora que aconteceu em os Novos 52, a equipe criativa do quadrinho - o roteirista Geoff Johns e o ilustrador brasileiro Ivan Reis - deram uma nova roupagem ao personagem e criaram para ele novas histórias que fizerem de Aquaman um dos quadrinhos mais vendidos e comentados da editora. Sim, acredite ou não, foi o que aconteceu. Agora faltava só reapresentá-lo em outras mídias.

Após ser substituído por Shazam como membro fundador da Liga da Justiça na animação produzida pela Warner, Liga da Justiça - Guerra (falaremos dela em outra postagem), Aquaman se torna o centro da trama segunda animação que retrata os personagens após Os Novos 52. A animação adapta o arco de histórias homônimo criada por Johns e Reis, mas sendo tratada como introdução ao personagem.

Orm, filho da Rainha Atlanna de Atlântida, está tramando uma guerra contra os habitantes da superfície e não poupará esforços para conseguir seus objetivos. Mas para que tudo saia absolutamente como planejado ele precisa dobrar a mãe ou tirá-la de seu caminho, bem como acabar com aquele que habita em dois mundos, o primogênito bastardo e sucessor por direito ao trono de Atlântida: o jovem Arthur  Curry.
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Enquanto isso, na superfície, a Liga da Justiça investiga o desaparecimento de um submarino militar na Fossa das Marianas e descobrem uma conspiração que os levará a algo muito maior um confronto entre mundos que pode ser detido por um único homem. O grande problema é que Arthur não tem consciência de sua origem e, com a ajuda de Mera, precisa descobrir mais sobre si e sobre como enfrentar o que o futuro lhe aguarda.
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A Liga da Justiça e Aquaman precisam se unir para salvar a humanidade mais uma vez...

Por ser uma animação com pouco mais de uma hora de duração, Liga da Justiça - Trono de Atlântida é um filme extremamente dinâmico e veloz em sua narrativa. É claro, essa velocidade desfavorece o trabalho do roteiro que precisa ser menos profundo por conta do tempo de tela que deve ser dividido entre os núcleos e seus próprios conflitos: o relacionamento Superman/Mulher Maravilha, o descompromisso do Lanterna Verde, a auto-aceitação de Ciborgue a seu novo estado físico. A ação por outro lado é o ponto mais forte do filme e apesar do gênero ser sempre tratado como infantil há bastante sangue e violência na tela. A animação parece cumprir o papel de inserir o personagem na equipe para participar de futuros projetos, mas apesar de tratá-lo como ponto principal do filme não trabalha-o tão bem quanto devia.
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Liga da Justiça - Trono de Atlântida peca em diversos aspectos, porém acerta em diversos outros e com certeza proporciona uma boa e despretensiosa distração que pode ser compartilhada com os amigos e/ou a família. Para quem gostar, indico também a leitura da série regular do personagem que traz maior aprofundamento sobre o Rei Atlante.