"Lembre-se de que há três coisas que todo sábio teme: o mar na tormenta, uma noite sem luar e a ira de um homem gentil."
O Temor do Sábio dá continuidade à impressionante história de Kvothe, o Arcano, o Sem-Sangue, o Matador do Rei. Quando é aconselhado a abandonar seus estudos na Universidade por um período, por causa de sua rivalidade com um membro da nobreza local, Kvothe é obrigado a tentar a vida em outras paragens.Em busca de um patrocinador para sua música, viaja mais de mil quilômetros até Vintas. Lá, é rapidamente envolvido na política da corte. Enquanto tenta cair nas graças de um nobre poderoso, Kvothe usa sua habilidade de arcanista para impedir que ele seja envenenado e lidera um grupo de mercenários pela floresta, a fim de combater um bando de ladrões perigosos.Ao longo do caminho, tem um encontro fantástico com Feluriana, uma criatura encantada à qual nenhum homem jamais pôde resistir ou sobreviver - até agora. Kvothe também conhece um guerreiro ademirano que o leva a sua terra, um lugar de costumes muito diferentes, onde vai aprender a lutar como poucos.Enquanto persiste em sua busca de respostas sobre o Chandriano, o grupo de criaturas demoníacas responsável pela morte de seus pais, Kvothe percebe como a vida pode ser difícil quando um homem se torna uma lenda de seu próprio tempo.
Título: O Temor do Sábio
Série: A Crônica do Matador do Rei: Segundo Dia
Autor(a): Partrick Rothfuss
Editora: Arqueiro - Páginas: 960
Lançamento: 2011
Autor(a): Partrick Rothfuss
Editora: Arqueiro - Páginas: 960
Lançamento: 2011
É com essa sinopse detalhada que dou retorno às aventuras de Kote, o hospedeiro, anteriormente conhecido por diversas outras alcunhas. Seguindo os eventos ocorridos em O Nome do Vento o pacato dono de hospedaria segue agora durante o segundo dia de relatos ao Cronista narrando a história da sua vida há muito deixada para trás.
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Durante a longa narração vamos conhecendo mais e mais sobre Kovthe, vemos a evolução do personagem, não sempre um amadurecimento, mas evolução. A medida que os anseios do personagens por conhecimento vão sendo preenchidos e grandes feitos são alcançados, seu ego infla e o orgulho vem a tona tornando por muitas vezes o personagem chato. Patrick Rothfuss não perde a mão e continua a construir um maravilhoso cenário com detalhes e cheio de vida, muitas vezes crível e de fácil imersão. É delicioso acompanhar as aventuras e descobertas de um personagem tão cativante quanto Kovthe, melhor ainda é ver a participação de todos os coadjuvantes, principalmente Elodin e também Bast nos poucos momentos de pausa da narrativa, mas ainda sim o livro não consegue o mesmo efeito que o primeiro.
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Deixem-me explicar o porque. Rothfuss prolonga muito a narrativa em fatos que não aparentam ter muita importância e acaba estendendo o livro um pouco além do que devia. Por mais gostosa que seja a leitura as vezes ela se torna cansativa. Continuamos sem resposta sobre várias questões levantas no primeiro livro e nos são adicionada mais algumas. Fico temeroso por tantas questões ficarem para o terceiro dia, sendo que ao fim do segundo dia a narrativa ainda está na Universidade.
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Contudo, mesmo com esses pontos negativos há muitas razão para continuar a acompanhar o aventureiro ruivo em sua jornada, não só para se obter respostas, mas por tudo de bom que ainda está por vir. Fico muito curioso para saber a origem de Bast, o fiel servo, aprendiz e companheiro Encantado do hospedeiro, e ver até onde o rapaz é capaz de ir para despertar no amigo o homem que vive nas lendas e cânticos.
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Por fim digo que aposto todos os talentos* que possuo de que essa saga ainda há de se confirmar uma das melhores dos últimos tempos. Recomendo muito àqueles que ficaram temerosos lerem e tirarem suas próprias conclusões e não acreditarem em tudo que veem por aí, pois como visto no livro: Uma mesma história pode ser contada de várias formas com diversas interpretações.
*Talento é o nome da principal moeda usada no livro.