BEM-VINDO VIAJANTE! O QUE BUSCA NO MULTIVERSO?

Social Comics

O mercado editorial de quadrinhos tem crescido bastante nos últimos anos. Diversas são as editoras que aos poucos estão abraçando produtores nacionais e internacionais, e os quadrinhos independentes a cada dia estão buscando novos meios para mostrar-se ao público. Contudo temos que considerar que apesar desse investimento a distribuição sempre foi um problema, principalmente para os menores; encontrar títulos independentes fora das feiras especializadas é relativamente difícil e com isso deixamos de conhecer diversas obras bacanas.
Uma solução para essa questão talvez ainda esteja distante (ou não, quem sabe), mas existe uma alternativa bastante interessante e acessível para editoras, autores e leitores: o Social Comics.
Desde Agosto de 2015 os leitores de todo o Brasil podem assinar o Social Comics, plataforma de streaming de Quadrinhos, com um conceito similar à Netflix, que disponibiliza mais de mil histórias em quadrinhos no formato digital. 
O serviço custa R$ 19,99 por mês, e está disponível na versão web, e através de aplicativos para tablets e/ou smartphone Android e iOS. Os novos assinantes podem experimentar a plataforma por 14 dias, gratuitamente, e a assinatura oferece acesso ilimitado a todo o conteúdo disponível. Acho bom deixar claro um ponto importante e que assusta alguns: mesmo para testar o serviço é preciso cadastrar um cartão de credito, assim como no Netflix, mas não se preocupem é possível cancelar a assinatura posteriormente de forma fácil pelo próprio aplicativo.
Recentemente recebi do Catarse - por apoiar financeiramente o financiamento de quadrinhos nacionais - um desconto de três meses (olha aí fazer bem compensando) e resolvi testar o serviço. Aqui devo dizer a vocês que a experiência foi extramente positiva - não atoa estou divulgando aqui e a Hall-e também o fez durante o episódio de estreia do podcast do Multiverso X (ouve lá) - e vou abordar os porquês. 
Antes de mais nada, temos que ir ao ponto que interessa: o Social Comics tem um acervo vasto, em constante expansão, que faz valer a quantia cobrada. Quem tem o costume de comprar quadrinhos e encadernados sabe que irá gastar em uma edição lançada por editoras grandes - mesmo em formato digital - uma quantia maior que os R$ 19,90; mesmo que fique apenas durante um mês no serviço poderá desfrutar de quantos títulos conseguir.
O leitor deve levar em consideração também que ele não encontrará, ao menos não por enquanto, os quadrinhos mais vendidos nas bancas brasileiras (grande parte dos mangás, quadrinhos da Marvel, DC e Mauricio de Sousa, etç). Contudo, o serviço possui  exemplares das maiores editoras do gênero do país, como a Devir, a JBC, a HQM (que tem os direitos da editora Valiant no Brasil), a Mythos (com títulos da Editora 2000 Ad), Editora Nemo (do Grupo Editorial Autêntica), Editora Draco e a revista Mundo dos Super-Heróis. Colocando na balança isso ainda é uma grande vantagem.
Além dessa vantagem visível, é bom prestar atenção na imensa quantidade de obras já publicadas e outras inéditas de autores independentes (algumas até premiadas). Aqui se forma uma excelente oportunidade para “arriscar” sem nenhum custo adicional conhecer um novo título ou um novo autor. E isso é benéfico para ambos os lados!
Para aquele que ainda está travado no pensamento "prefiro o formato físico é mais legal" tenho também uma utilidade para o Social Comics: selecionar os títulos da sua coleção. Você não precisa consumir apenas através da ferramenta, mas pode utilizá-la para conhecer as obras e comprar em exemplar físico apenas as que mais te agradarem! Simples e eficiente. :)
Em resumo: você não sai perdendo NADA por testar pelo menos os 14 dias grátis oferecidos pelo serviço e tem muito a ganhar ao continuar assinante. Pode apostar nisso!
O serviço tem tudo para ser benéfico para os leitores, e também autores e editoras que abraçarem a ideia. Ainda mais depois do investimento de 2 milhões do Grupo Omelete, que pretende em algum tempo tornar o serviço internacional. Se agora já temos a chance de descobrir e apreciar muitos títulos que dificilmente teríamos contato devido a alguma limitação - seja do autor independente ou falta de atenção devida por parte de editoras - imagina quando a coisa crescer ainda mais...