Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final. Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo. Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.
Título: A Batalha do Apocalipse
Subtítulo: Da Queda de Anjos ao Crepúsculo do Mundo
Autor (a): Eduardo Spohr
Editora: Verus
Número de páginas: 588
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Aproveitando a aproximação do lançamento do terceiro volume da série Filhos do Éden, resolvi revisitar antigas leituras para entrar no clima antes de conferir o que teremos em Filhos do Éden - Paraíso Perdido. Portanto nada mais justo que começar reorganizando o conteúdo de uma resenha que fiz há três anos para aproveitar um pouco da sensação da época.
O livro A Batalha do Apocalipse, do autor brasileiro Eduardo Sphor, trás para nós o armagedom de uma maneira diferente do visto antes. Embora presentes e participativos, os arcanjos e Lúcifer não são o centro da história. Os cavaleiros do apocalipse nem são mencionados. A batalha do apocalipse conta a história do querubim Ablon, antigo general do Arcanjo Miguel, por meio de flashbacks e algumas ações no presente. Acompanhamos toda a jornada de humanização de um ser angélico, desde seu expurgo após ser traído por Lúcifer, até sua jornada para salvar a vida da única pessoa capaz de compreendê-lo e responsável por sua mudança na terra, a feiticeira Shamira.
Eduardo Spohr nos faz imaginar um mundo coerente e fascinante reunindo elementos da religião católica, história antiga e fantasia fantástica. Porém se tratar de uma obra densa e com riqueza de detalhes tamanha, eu sugiro que você deguste de forma lenta, sem pressa. Não digo que será uma tarefa fácil, afinal nem todos conseguem levar uma leitura de forma lenta, mas a história se desenvolve tão saborosamente que a vontade é de não parar nunca até se saber ao certo, com detalhes, o que aconteceu. E tão bem detalhados quanto os momentos de desenvolvimento da trama são os embates!
Desde o casal principal até os Duques do Inferno todos os personagens são muito bem elaborados, tanto nas descrições físicas quanto nas suas motivações. Ablon é o herói perfeito e não é difícil adorá-lo, Shamira é a personagem que ancora a trama na humanidade e te aproxima da história. Ablon e Shamira se tornam grandes amigos e companheiros durantes vários e vários encontros por entre os séculos e é ai que surgi um novo sentimento, não exatamente uma paixão, mais sim uma ligação entre eles, como se Ablon precisasse de Shamira para viver e vice-versa. E não se engane quanto aos coadjuvantes, independente da duração de suas aparições, cada um tem sua importância na história, enriquece a trama e te cativa de forma impressionante. Os aliados e inimigos são um prato cheio, em especial Lúcifer, Gabriel, Miguel e o grande rival de Ablon, Apollyon o anjo da destruição.
A Batalha do Apocalipse é um épico nacional de alto nivel, mas não posso ser hipocrita e dizer que não tem seus defeitos. Independente disso já entrou na minha lista de favoritos. A forma que Sphor transpõe para o papel a suas histórias me agradou de tal forma que não pude deixar de seguir acompanhando sua carreira e adquirindo seus trabalhos posteriores. Arrisquem-se, leiam e voltem aqui para debater que estarei respondendo todos comentários.