Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltaram contra as antigas raças. E assim nasceu a Era Antiga. Hoje, Arzallum, o Maior dos Reinos, tem um novo rei, e a esperada Era Nova se inicia.
Entretanto, coisas estranhas continuam a acontecer... Uma adolescente desenvolve uma iniciação mística proibida, despertando dons extraordinários que tocam nos dois lados da vida. Dois irmãos descobrem uma ligação de família com antigos laços de magia negra, que lhes são cobrados. Duas antigas sociedades secretas que deveriam estar exterminadas renascem como uma única, extremamente furiosa.
Após duas décadas preso e prestes a completar 40 anos, um ex-prisioneiro reconhecido mundialmente pelas ideias de rebeldia e divisão justa dos bens roubados de ricos entre pobres é libertado, desenterrando velhas feridas, ressentimentos entre monarcas e canções de guerra perigosas. O último príncipe de Arzallum resgata sombrios segredos familiares e enfrenta o torneio de pugilismo mais famoso do mundo, despertando na jornada poderosas forças malignas e benignas além de seu controle e compreensão.
E a tecnologia do Oriente chega de maneira devastadora ao Grande Paço, dando início a um processo que irá unir magia e ciência, modificando todo o conhecimento científico que o Ocidente imaginava possuir.
E o mundo mudará. Mais uma vez.
Título: Dragões de Éter Vol.2 - Corações de Neve
Série/Saga: Dragões de Éter
Autor: Raphael Draccon
Editora: Leya
Ano: 2013
Páginas: 495
Há pouco mais de um mês atrás estive aqui resenhando o primeiro volume da trilogia Dragões de Éter do autor Raphael Draccon e hoje eu volto para continuar essa jornada. A longa sinopse acima me poupa tempo ao ter que explicar o que se passa no livro, assim sendo, nos parágrafos a seguir irei entrar nos detalhes de forma sucinta e objetiva.
-
-
O livro é uma continuação direta de Caçadores de Bruxas, e apesar de poder ser lido separadamente, ler o anterior faz toda a diferença. Todos os elementos que fizeram do primeiro romance uma obra bem sucedida voltam com força em Corações de Neve: os personagens, a nova roupagem dos clássicos, a ideia por trás do Eter e a narrativa. Mas não há receita que não possa ser melhorada.
-
-
Com pitadas de novos elementos, novos personagens e novas tramas o livro ganha um sabor a mais: um sabor de evolução. Evolução no sentido de crescimento, amadurecimento. A trama e os personagens vindos do primeiro livro ganham um ar mais maduro. Isso inclui o narrador. Nesse livro ele abandona o lado chato dele em algum canto perdido do Éter e se torna o interlocutor de uma coisa maior. Não só contando o que se passa ali, mas nos conectando a ela, despertando o nosso semi-deus interior (apenas lendo o livro você vai entender essa parte).
-
-
O amadurecimento dos personagens é algo muito bom de se ver, principalmente o de João Hanson e Ariane "Chapéu Vermelho" Narin, na minha opinião. Os novos contos e estórias inseridos no segundo livro são muito bem encaixados, e ver a nova face de velhos conhecidos da literatura é muito bacana, pois as mudanças não são chocantes e a aceitação é muito fácil O autor também sabe dosar ação, aventura, drama e romance tornando-o difícil para alguém se decepcionar.
-
-
Para não dizer que apenas elogio, existem pontos que podem desagradar ao leitor. Primeiro o excesso de referências. Algumas são fáceis de entender e outras não (ao menos não para todo mundo). A outra coisa é o arrastado desenrolar do campeonato de pugilismo que ocupa boa parte do livro, e em alguns momentos o deixa confuso com o uso de termos do boxe.
-
-