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Deadpool - Dog Park

Em Deadpool: Dog Park somos apresentados a Wade Wilson, o Deadpool, um dos personagens mais inusitados do Universo Marvel. Neste romance, inédito no Brasil, o Mercenário Tagarela tem uma missão tragicômica: salvar a humanidade de terríveis filhotinhos de cachorro. Ok, falando assim pode até não parecer tão terrível, mas é preciso mencionar que esses fofinhos têm uma tendência um pouco incômoda de transformar-se em monstros gigantes.
A Deadpool cabe descobrir quem está por trás desse plano maligno. De preferência, com todos os seus órgãos intactos. Ao leitor cabe deleitar-se com o humor ácido e escrachado de Stefan Petrucha (autor de Jack, o estripador, em Nova York), de preferência sozinho, para não ser flagrado em ataques súbitos de riso.
Título: Deadpool - Dog Park
Título Original: Deadpool - Paws
Editora: Novo Século - Série Marvel #10
Autor: Stefan Petrucha
Número de páginas: 288

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O "Mercenário Tagarela" nunca esteve tão na moda. Seu humor escrachado, sua loucura patética - Como assim patética? Quem esse Ace pensa que é? - e sua capacidade de quebrar a quarta parede para se comunicar com o público se tornaram armas de conquista, principalmente do público mais jovem. Em pouco mais de 20 anos o anti-herói, criado originalmente como vilão, passou de uma piada para um dos mais amados e vendáveis personagens da Marvel. O número de revistas estreladas por ele cresceram, suas aparições em outros times se tornaram contantes - O Wade oficialmente é um Vingador. De carteirinha e tudo, Sr. "eu posso fazer uma resenha". - seu filme fez bastante sucesso e isso não iria ficar longe da literatura também...
Deadpool: Dog Park segue a linha de alguns dos outros livros da Série Marvel e funciona como um romance autônomo – não acontece dentro de nenhum período específico dos quadrinhos e nem precisa deles para ser compreendido – e tem como Deadpool o seu grande astro. A trama se apresenta de forma bem simples: a S.H.I.E.L.D contrata o mercenário como agente especial para uma específica e importante missão silenciosa de caça a monstros assassinos. - Ué, não é bem assim não, hein! Hey, cara! Seja mais honesto! - Ok! Para ser mais preciso: Deadpool precisa capturar cachorrinhos geneticamente modificados que se transformam em monstros sanguinários a qualquer momento. O problema é que esses filhotes modificados foram vendidos junto com uma leva de outros fofos e totalmente normais, e não dá pra diferenciá-los até que a transformação aconteça. A ideia da trama parece bem simples - E ela é! Bem simples, na verdade! - mas lembre-se que essa é uma história do Deadpool e com ele por perto nada transcorre da forma mais simples e natural. 
Stefan Petrucha transporta para as páginas de seu livro toda a essência do personagem dos quadrinhos. A já citada mente caótica do mercenário, sua alucinações, as piadas infames e a quebra da quarta parede, tudo isso é fundamental para que livro vá além da trama principal. Por mais ação que exista no livro, é o humor o ponto mais forte da obra, e a história ser contada pelo ponto de vista de um homem louco que tem noção que está dentro de um livro é apenas uma amostra disso. O controle da trama está basicamente nas mãos do próprio personagem que chega a discutir com o autor em determinada parte. Apesar de aparentar confusão a narrativa é fácil de ser acompanhada, e não é difícil entrar no clima para aproveitar a leitura fácil.
Dois detalhes bacanas de se notar são as participações (e citações) a outros personagens do universo Marvel e as diversas referências feitas pelo protagonista. Deadpool extrapola os recordes de referências a TV, Cinema, Literatura, e se você não estiver atento perderá esse plus - Mas se perder isso não vai ficar sem entender a trama. Exatamente! Não atrapalha em nada. 
Deadpool talvez tenha sido o livro Marvel que exigiu da Novo Século - do tradutor a aprovação - uma maior atenção aos detalhes gráficos. Não digo isso por se tratar do volume com mais ilustrações ou dos mais belos detalhes gráficos nas divisões de capítulos, mas por todo o cuidado com a tradução e as piadas visuais mantidas. Um exemplo disso, algo pensado pelo autor, é a forma como as vozes da cabeça do Deadpool se apresentam durante seus diálogos internos tradicionais dos quadrinhos. A voz nº 1 é representada pelo negrito enquanto a voz nº 2 é representada pelo itálico. Pensa que é fácil lidar com a loucura do Deadpool? - Com certeza não é! Com toda certeza! - Todo a projeto gráfico do livro ficou muito bacana, capa e diagramação merecem os parabéns, mas a saída para mudança do título foi louvável: para que não sabe o título original, Deadpool: Paws (Deadpool: Patas), faz referência direta a Jaws (o filme Tubarão, no Brasil) mas visto que a piada se perderia tanto na tradução literal quanto no uso do título brasileiro do filme, optaram por modificar a referência cinematográfica e funcionou muito bem.
Se você chegou até Deadpool: Dog Park procurando um livro profundo e com uma trama surpreendente, pode ter certeza que provavelmente deve ter pego o caminho errado em alguma prateleira da livraria. Agora se você está buscando um livro para ler se divertir  e dar algumas risadas, essa é uma boa indicação. Com muita ação, bastante humor, batalhas contra monstros gigantes - E as vozes! Não esqueça das vozes!- e muita, mas muita loucura, Deadpool é uma jornada certa para a diversão!

Deadpool

Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida.
Título: Deadpool
Lançamento/Duração: 2016 - 108 minutos
Gênero: Aventura/Ação/Comédia/Sci-Fi
Direção: Tim Miller
Roteiro: 
 Rhett Reese, Paul Wernick - Baseado no personagem de Rob Liefeld
Elenco: Brianna Hildebrand, Gina Carano, Morena Baccarin, Ryan Reynolds, T. J. Miller, Greg LaSalle, Hugh Scott, Jed Rees, Karan Soni, Leslie Uggams, Michael Benyaer, Rob Liefeld, Stan Lee, Stefan Kapičić


Um personagem amado por muitos - e odiado por outros tantos - por conta de sua constante loucura e histórias repletas de humor, acidez, violência e sua capacidade de romper a quarta parede (falar diretamente com o público). Mas nem sempre foi assim. Ah, não!
O personagem foi criado nos anos 90, por Rob Liefeld em em uma época em que graças as novas políticas de direitos autorais, recebia-se por personagem criado. Deadpool é um personagem que com o passar dos anos acumulou vários fãs a medida em que foi trabalhado e retrabalhado por diversos autores que contribuíram para a chegada ao patamar que tem hoje: entre os mais queridos personagens da Marvel. E esses fãs desejaram a chegada do Mercenário Tagarela aos cinemas.
Suas desastrosa aparição em X-Men Origins: Wolverine quase destruiu esse sonho. Mas graças a uma equipe dedicada e apaixonada - que tinha entre os principais apoiadores o próprio Ryan Reynolds - o personagem ganhou uma nova chance. Uma aposta de baixo orçamento e com carta de liberdade para que a essência do personagem fosse devidamente transmitida nas telonas, e isso significava sangue, palavrões, humor negro e muita loucura. E cara, que filme divertido!



Wade Wilson é uma pessoa "normal", que ganha a vida fazendo trabalhos questionáveis - coff coff mercenário coff coff - e passa as horas de folga no bar do amigo Weasel, onde enche a cara e faz apostas nas brigas que rolam por lá. Ele acaba conhecendo a prostituta Vanessa Carlysle, por quem se apaixona. Mas a encantadora vida de amor e sexo, que parece interminável, sofre uma reviravolta quando Wade é diagnosticado com câncer terminal.
Sua única chance de sobrevivência se encontra em um experimento para ativar seus possíveis genes mutantes. Sua vida é salva, ele passa a ter agilidade fora do comum e a habilidade de se regenerar, mas os responsáveis pelo procedimento esqueceram de informar dois pequenos detalhes: o corpo de Wade fica completamente deformado e que na verdade a organização pretende usá-lo ou vende-lo como escravo. A partir daí, o personagem começa uma missão de vingança contra o homem que destruiu sua vida.
Apesar de não parecer Deadpool é um filme adulto repleto de ação, violência, sexo e muito, muito humor (portanto mães, deixem seus filhos em casa, já me basta o espanto daquelas que estavam na minha sessão quando os protagonistas começam a aparecer transando). Temos que assumir que A trama é praticamente inexistente, falta um avanço além do óbvio (o clichê da mocinha em perigo acontece ¯\_(ツ)_/¯), mas naquilo em que se propõe, ele é assertivo e impecável. Inclusive na adaptação do personagem, com mudanças pouco radicais.
Deadpool é uma grande comédia de ação e seu principal objetivo é fazer o público rir utilizando suas principais ferramentas: violência, acidez, sexo e referências. E ele faz isso desde o inicio do filme até a cena pós-créditos, nada escapa do humor doentio do Mercenário Tagarela. As referências e piadotas são tantas que acabam tendo diferentes níveis: existem as locais, que fazem maior sentido para quem conhece os Estados Unidos; existem as sobre super-heróis (incluindo o de outras editoras); aquelas sobre a carreira do próprio Ryan Reynolds e suas falhas; sobre o cinema em geral e a cultura pop, e também sobre o próprio filme e o universo dos X-Men, com citações a limitação orçamentária e troca de atores. Tudo é motivo para uma boa piada! E a característica do personagem de quebrar a quarta parede e falar diretamente com o público e fazer menções a acontecimentos fora da realidade imaginária do filme estão presentes, e várias vezes.
Para acompanhar a bagunçada mente do personagem o filme aposta em uma narrativa não-linear para contar a história. Começa com a principal cena de ação, muito bem coreografada, e a partir daí alterna cenas de flashback para revelar os acontecimentos que levaram a trama até aquele momento. E a forma com que isso ocorreu não foi nem um pouco incômoda!

O elenco entrou totalmente no clima aloprado do filme, principalmente o Reynolds, e todos os personagens, mesmo os mais diferentes, acabaram casando legal com o filme. O núcleo de apoio do herói ajuda a levantar diversas piadas dos mais inesperados tipos, mas vão além de servir de escada. A interação entre eles é muito boa e fundamental. A velha cega Al e seu sarcasmo, Weasel e sua sinceridade, Míssil Adolescente Megassônico e seu mau humor, Colossus - contra-ponto do Deadpoll - com sua bondade e ingenuidade que beiram o cartunesco. Todos estão muito bem.
Apesar dos restrito orçamento para uma produção envolvendo personagens de quadrinhos, Deadpool consegue driblar esse problema no quesito efeitos visuais. A computação gráfica de nível elevado só não se destaca no filme por a maquiagem conseguir manter também em alto nível dando aos personagens características únicas que vão além da personalidade. Talvez a própria limitação tenha contribuído para que o filme tenha acontecido tão bem nesse quesito, forçando a equipe a trabalhar de forma mais contida e focada no 'menos é mais'. O resultado ficou muito bacana.
Assim como aconteceu em Guardiões da Galáxia, a trilha sonora praticamente é um personagem a mais na trama. Além de cumprir o papel de compor o momento, contribuindo para o ritmo e desenvolvimento da cena, tanto as tanto as composições originais quanto as música tema casam perfeitamente com o clima da obra. Em vários momentos a trilha é parte integrante das cenas e não apenas um pano de fundo, inclusive gerando situações por causa dela. 
O filme com certeza absoluta será um dos mais divertidos que irá assistir esse ano, pois consegue dosar perfeitamente ação, "dramas", comédia e aventura sem quebrar ritmo cada qual seu devido momento. Mantendo para o espectador uma experiência extremamente positiva, capaz de agradar pessoas de dos mais variados gostos. Deadpool é diversão descompromissada e garantida, vale a pena conferir a feliz insanidade deste louco anti-herói.