BEM-VINDO VIAJANTE! O QUE BUSCA NO MULTIVERSO?

As Pedras Élficas de Shannara






As Pedras Élficas de Shannara - Um mal antigo ameaça os elfos: a árvore Ellcrys, criada por magia élfica perdida há milênios, está morrendo, colocando em risco o feitiço que mantém os demônios afastados do mundo. Jogar a sua semente no misterioso Fogossangue é a única forma de trazer a árvore de volta à vida e afastar os demônios. Amberle, uma jovem elfa, assume essa difícil missão.
O caminho, no entanto, é perigoso, e ela vai precisar de um protetor. Will Ohmsford, herdeiro da magia élfica de Shannara, é o escolhido para acompanhá-la. Mas o temível Ceifador já conseguiu se libertar, junto com dois aliados. Será que Will conseguirá controlar a magia das misteriosas Pedras Élficas de Shannara para salvar as Quatro Terras?
Título: A Pedras Élficas de Shannara
Série: A Espada de Shannara - Livro Dois
Autor: Terry Brooks
Editora: Saída de Emergência - Páginas: 512



Se o primeiro livro rendeu a Terry Brooks uma comparação com o grande mestre J.R.R. Tolkien, este segundo livro serviu para mostrar ao mundo um pouco mais sobre o trabalho do autor e o porquê do seu nome estar entre os grandes nomes da literatura de fantasia. 
-
Apesar de ser uma continuação de A Espada de Shannara, este segundo livro se passa décadas após o desfecho de seu antecessor. A trama iniciada no primeiro volume se encerrou no primeiro volume e não tem ligação direta com o que vemos aqui e nem mesmo seus protagonistas se repetem. As Pedras Élficas de Shannara possui seu próprio enredo particular e - apesar de possuir diversas referências ao passado - pode ser lido inclusive de forma independente (mas claro, ler na sequência é muito melhor). Dito isso, adentremos na trama. 
-
Após a derrocada do Lorde Feiticeiro as Quatro Terras vivem anos de paz e de bonança. Porém um mal ainda mais antigo está prestes a retornar, pois a Ellcrys - a árvore sagrada dos elfos e guardiã da Proibição - está morrendo e a cada dia a barreira que mantém os demônios exilados da realidade se enfraquece. Três dos mais poderosos demônios conseguiram escapar e começam a arquitetar seu plano de vingança contra a raça élfica, mas não se importarão de estendê-la a toda forma de vida que encontrar.
-
A única forma de evitar que isso aconteça é através de um renascimento. Um dos escolhidos deve levar a semente Ellcrys até o Fogossangue, a fonte da magia do mundo, e plantá-la de volta nos Jardins da Vida. A missão fica a cargo de Amberle Elessedil, neta de Eventine, Rei dos Elfos, e última escolhida ainda viva. Contudo, a jovem não estará sozinha. Allanon confia a responsabilidade de proteger a jovem ao curandeiro Wil Ohmsford - neto de Shea, protagonista de A Espada de Shannara - e atual portador das Pedras Élficas. O druida, contudo não fará parte da empreita. Sua missão é ajudar Ander Elessedil, filho mais novo de Eventine e tio de Amberle, a proteger seu povo e ganhar tempo para que a dupla complete sua missão a tempo.
-
Em meio a batalhas grandiosas, surpresas gratas e outras nem tanto, perdas e ganhos, nossos heróis precisam correr contra o tempo para evitar o fim de tudo que habita os Quatro Reinos....
-
Terry Brooks volta com seu texto inspirado nos autores clássicos do gênero, mas a similaridade agora dá espaço para a particularidade. O livro, As Pedras Élficas de Shannara, chega para mostrar o verdadeiro estilo de Terry Brooks, explorando e destacando sua originalidade, e trazendo uma melhora significativa no trabalho do autor. O que já era bom se tornou melhor, mais envolvente e prazeroso. Não à toa, essa é a obra escolhida por ele como a favorita entre os mais de 20 livros (séries, spin-offs, etc) envolvendo o universo de Shannara.
-
Os personagens, que já eram bem trabalhados no volume anterior, recebem uma atenção ainda mais especial em As Pedras Élficas de Shannara. O número menor de personagens em destaque garante espaço para que os protagonistas tenham suas personalidades e características aprofundadas, fazem que Wil Ohmsford e Amberle - e também Ander Elessendil no segundo núcleo - se destaquem muito mais que Shea, Flick e outros não apenas como heróis, mas como pessoas dotadas de complexidades, virtudes e defeitos. Essa questão se estende também aos coadjuvantes como a sedutora e insistente nômade Eretria, o irredutível e audaz comandante dos Voluntários Stee Jans.
-
Outro elemento que mostrou significativa evolução foi o cenário. E não digo apenas de forma física, ao se expandir mostrando cada vez mais esse mundo e acrescentando novidades, mas em diversos campos. A política é um exemplo palpável através da relação entre os povos e de como os acontecimentos do livro anterior e a passagem de tempo afetou o cenário. A história por trás desse universo fantástico também é ampliada, explorando novamente o fato da história se passar em um futuro distante e pós-apocalíptico do nosso próprio planeta - a Terra - e acrescentando sua própria mitologia. Essa não estagnação das coisas acrescenta vida ao cenário e o deixa mais rico, interessante e único.
-
Brooks, que até então tinha ganho o meu respeito, acabou por ganhar passagem garantida nos espaços da minha estante. Assim como aconteceu com a série Mago de Raymond E. Feist, estou ansioso para que a Saída de Emergência traga não apenas a Trilogia da Espada de Shannara, mas todas as obras que envolvem esse universo. E sinceramente, acho que você também deveria experimentar essa aventura!