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Star Wars: Livro dos Sith

Ao longo dos séculos, à medida que os Lordes Sith ascendiam ao poder, alguns deles registravam sua filosofia e seus esquemas para assumir o controle da galáxia. Ao serem derrotados, esse conhecimento desapareceu. Ou, pelo menos, era o que parecia.
Seus escritos foram passados entre Sith selecionados - e até mesmo Jedi -, que acrescentaram suas reflexões a essas raras páginas. Na busca por domínio, Darth Sidious foi atrás do que sobrou dos cinco textos mais lendários do lado negro. A partir desse conhecimento, ele escreveu um sexto texto - seu próprio manifesto. Reunidos, esses documentos formam o Livro dos Sith.
Nele são apresentados os maiores mestres, o surgimento do clã, os armamentos, o vestuário, os segredos obscuros, entre outros.
Título: Livro dos Sith
Autor: Daniel Wallace
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2014
Páginas: 160



As origens e segredos do Lado Negro da Força. Tudo que que foi oculto agora é revelado graças a Luke Skywalker...
Star Wars: Livro dos Sith segue a mesma premissa do livro anterior - O Caminho Jedi - e expande a mitologia Sith na forma de uma coletânea de registros feitos por diversos Lordes Sith feito ao longo dos séculos reunidos por Darth Sidius ainda em sua juventude. E nesse pequeno detalhe reside a principal diferença entre os livros da Ordem Jedi e dos Sith: enquanto um é um compilado de doutrina com informações e ensinamentos necessários para todo um grupo, o segundo são arquivos não relacionados diretamente que mostram a história, habilidades e facetas do Lado Negro que segundo o Imperador são imprescindíveis para um Sith. Cada um dos autores - Sorzus Syn, Dath Malgus, Darth Bane, Mãe Talzin, Darth Plaegueis e o próprio Darth Sidius - acrescenta informações sobre a Ordem dos Sith. Desde quando ainda eram apenas Jedi Negros, passando pelo domínio e perversão de raças, técnicas e planetas, as guerras contra a República, até a a criação da regra de dois e a suposta extinção. Esses registros antes de serem reunidos passaram pelas mãos de outros personagens, incluindo Jedis, e cada um deles, incluindo o Skywaker, Vader e Yoda, fazem anotações "a mão" sobre detalhes narrados ao longo das páginas. Acrescentando assim mais informações e personalidade ao livro.
Além disso o livro contém diversos detalhes sobre a visão Sith da Força, seu código de conduta e seus preceitos, suas profecias, a construção dos Sabres de Luz e outras armas Sith, seus poderes e habilidades, hierarquia e divisões internas. Uma coleção de informações que somente os mais aficionados em Star Wars alegará já ter conhecimento. E pode apostar que muitos deles já terão sido tentados pelo Lado Negro e estarão mentindo descaradamente para não assumir a falha. 
No quesito gráfico Star Wars: Livros dos Sith consegue a proeza de ser ainda mais bonito que o O Caminho Jedi. Graças ao fato do livro ser uma reunião de escritos de diferentes épocas e pessoas cada uma dessas partes tem diagramação, cortes de página e artes diferentes tornando o livro verdadeiramente único. Graficamente o livro é impecável. Da capa dura ao tipo do papel, do corte das páginas e ilustrações e detalhes como esses acima, tudo é impecável. Novamente a edição nacional da Bertrand Brasil não deixa ABSOLUTAMENTE NADA a dever para a americana.
Vale ressaltar mais uma vez a seguinte questão: várias anotações no livro levam em consideração o material publicado no universo expandido (livros e também quadrinhos), que não é mais considerado canônico (parte da cronologia oficial), e com a chegada do sétimo filme - O Despertar da Força - muito disso poderá ser modificado ou desconsiderado. Por sorte, esse material referenciado está, após mais de 20 anos de sua última publicação, voltando a ser lançado pela Editora Aleph e nos quadrinhos pela Planeta DeAgostini. Mas ainda existe muita coisa perdida por aí, quem tiver interesse deve correr atrás!
O Livro dos Sith é mais que um livro obrigatório para quem curte Star Wars, é uma verdadeira peça de colecionador. E a coleção acaba de crescer, pois recentemente foi lançado O Código do Caçador de Recompensas (ainda me falta grana para comprar, então a resenha deve demorar). Desbravar a história dos inimigos da Força é com toda certeza fascinante, mas por mais tentador que o livro do Lado Negro seja, meu coração será sempre Jedi. ;)

Liga da Justiça: Trono de Atlântida

Escrito por Geoff Johns, O Trono de Atlantis serve como uma história original a respeito da origem de Aquaman, que foi substituído por Shazam, como membro fundador da Liga em Liga da Justiça: Guerra. Orm, o príncipe de Atlantis, e Manta Negra, unem forças para convencer seu povo a entrar em uma guerra contra a superfície. A Rainha e a Liga da Justiça devem encontrar Arthur Curry, meio-irmão de Orm, já que ele é o único capaz de trazer a paz entre as duas civilizações.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                
Liga da Justiça: Trono de Atlântida
Título Original: Justice League: Throne of Atlantis
Lançamento/Duração: 2014 - 78 minutos - Gênero: Ação/Aventura
Direção: Ethan Spaulding
Roteiro: Heath CorsonGeoff Johns 
Elenco: Christopher Gorham, Matt Lanter, Sumalee Montano, Jerry O'Connell, Jason O'Mara, Sam Witwer, Sirena Irwin, Juliet Landau, Harry Lennix, Rosario Dawson, Sean Astin, Shemar Moore, Nathan Fillion

Se existe um personagem que - graças a internet e redes sociais - sempre foi humilhado por conta de seus poderes, esse é o Aquaman. A verdadeira culpada por isso é ainda mais antiga que a popularização da internet: a animação dos Superamigos. Lá o personagem falava com peixes e fazia coisas esdruxulas, dificilmente sendo útil de verdade. A DC/Warner durante muito tempo penou para tirar essa imagem do personagem, até recentemente adotar a chacota como caraterística em suas histórias.
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A partir do reboot nos quadrinhos da editora que aconteceu em os Novos 52, a equipe criativa do quadrinho - o roteirista Geoff Johns e o ilustrador brasileiro Ivan Reis - deram uma nova roupagem ao personagem e criaram para ele novas histórias que fizerem de Aquaman um dos quadrinhos mais vendidos e comentados da editora. Sim, acredite ou não, foi o que aconteceu. Agora faltava só reapresentá-lo em outras mídias.

Após ser substituído por Shazam como membro fundador da Liga da Justiça na animação produzida pela Warner, Liga da Justiça - Guerra (falaremos dela em outra postagem), Aquaman se torna o centro da trama segunda animação que retrata os personagens após Os Novos 52. A animação adapta o arco de histórias homônimo criada por Johns e Reis, mas sendo tratada como introdução ao personagem.

Orm, filho da Rainha Atlanna de Atlântida, está tramando uma guerra contra os habitantes da superfície e não poupará esforços para conseguir seus objetivos. Mas para que tudo saia absolutamente como planejado ele precisa dobrar a mãe ou tirá-la de seu caminho, bem como acabar com aquele que habita em dois mundos, o primogênito bastardo e sucessor por direito ao trono de Atlântida: o jovem Arthur  Curry.
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Enquanto isso, na superfície, a Liga da Justiça investiga o desaparecimento de um submarino militar na Fossa das Marianas e descobrem uma conspiração que os levará a algo muito maior um confronto entre mundos que pode ser detido por um único homem. O grande problema é que Arthur não tem consciência de sua origem e, com a ajuda de Mera, precisa descobrir mais sobre si e sobre como enfrentar o que o futuro lhe aguarda.
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A Liga da Justiça e Aquaman precisam se unir para salvar a humanidade mais uma vez...

Por ser uma animação com pouco mais de uma hora de duração, Liga da Justiça - Trono de Atlântida é um filme extremamente dinâmico e veloz em sua narrativa. É claro, essa velocidade desfavorece o trabalho do roteiro que precisa ser menos profundo por conta do tempo de tela que deve ser dividido entre os núcleos e seus próprios conflitos: o relacionamento Superman/Mulher Maravilha, o descompromisso do Lanterna Verde, a auto-aceitação de Ciborgue a seu novo estado físico. A ação por outro lado é o ponto mais forte do filme e apesar do gênero ser sempre tratado como infantil há bastante sangue e violência na tela. A animação parece cumprir o papel de inserir o personagem na equipe para participar de futuros projetos, mas apesar de tratá-lo como ponto principal do filme não trabalha-o tão bem quanto devia.
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Liga da Justiça - Trono de Atlântida peca em diversos aspectos, porém acerta em diversos outros e com certeza proporciona uma boa e despretensiosa distração que pode ser compartilhada com os amigos e/ou a família. Para quem gostar, indico também a leitura da série regular do personagem que traz maior aprofundamento sobre o Rei Atlante.



Belonave Supernova: Volume 1



“Não existe a arma para acabar com todas as armas…”
Belonave Supernova. A maior e mais poderosa arma de guerra da Constelação do Sabre, capaz de sozinha definir qualquer conflito. Perdida por décadas, está prestes a ser encontrada por milicianos que irão usar o poder dela para tiranizar planetas e populações. A menos que um grupo de heróis possa impedi-los…
O universo de Brigada Ligeira Estelar orgulhosamente apresenta uma saga de vinte e seis episódios, na tradição clássica dos melhores animes de ficção científica e robôs gigantes. Belonave Supernova Vol. 1 traz os primeiros 13 episódios, com material suficiente para manter seu grupo ocupado por meses!
Título: Belonave Supernova Vol. 1
Série: Brigada Ligeira Estelar
Autor: Alexandre Lancaster
Editora: Jambô
Ano: 2014
Páginas: 80


Sempre que falo sobre algo relacionado a Brigada Ligeira Estelar faço questão de relembrar e destacar o quão rico é o cenário, e insisto em falar de seu potencial para ser um produto multimidiático. Mesmo se mantendo ainda apenas como RPG, Brigada já apresenta um imenso número de possibilidades a cada detalhe apresentado, e é muito dificil quem se arrisca a conhecê-lo não desejar por algo mais. No entanto não esperavamos algo tão singular quanto Belonave Supernova.
Após apresentar o cenário e aprofundá-lo nos três primeiros livros, Alexandre Lancaster traz para o público um livro que irá envolver os jogadores em uma série de aventuras estruturadas como uma tradicional série animada japonesa com 26 episódios. Sendo as treze primeiras apresentadas no volume inicial de Belonave Supernova. 
A trama resgata todos os elementos que fizeram de Brigada Ligeira Estelar em tão pouco tempo um cenário instigante e tão querido entre os fãs: intrigas palacianas, aventuras no espaço, robôs gigantes, sabres de energia. Na história, um grupo de pessoas com habilidades distintas é acidentalmente colocado em uma verdadeira corrida contra o tempo para recuperar uma nave incrivelmente poderosa antes que ela caia nas mãos de milicianos inescrupulosos que pretendem utilizá-la para o mal. Os inimigos estão dispostos a tudo para colocar as mãos na Belonave Supernova, mas diversos coadjuvantes estarão prontos para auxiliar os heróis. Os jogadores serão, agora mais do que nunca, os verdadeiros protagonistas e suas ações mudarão para sempre a história do cenário. 
O enredo é dividido em três atos separados por dois pequenos interlúdios, sendo que o primeiro livro vai até os primeiros episódios do segundo ato, terminando em um momento crucial que ditará os rumos da sua metade final. Cada uma das aventuras apresenta estrutura fechada, mas ligados entre si, e seguem um divertido padrão de roteiro que permite o jogador entrar no clima de uma verdadeira série animada com direito ao angustiante: continua no próximo episódio. Mas é importante salientar que, apesar da de possuir uma estrutura pronta, as aventuras servem apenas de guia e também apresentam diversas soluções para se chegar aos finais propostos. Fica ao cargo do mestre seguir a risca ou soltar sua criatividade com maior intensidade na trama.
Uma diagramação funcional, ilustrações bacanas e textos simples e didáticos.

O padrão gráfico do livro segue com a alta qualidade empregada pela Jambô  Editora em todos os livros de 3D&T e Brigada Ligeira Estelar. O formato wide-screen permite uma boa utilização das imagens e caixas de texto com informações adicionais sem interferir no texto principal deixando a leitura dinâmica. As ilustrações encontradas durante todo o livro são todas excelentes e ajudam a dar o clima perfeito à obra. Parabéns a todos envolvidos nesse quesito!!
Não é preciso ser expert em RPG ou em Brigada Ligeira para poder reunir um grupo de amigos e se envolver nessa aventura. Basta apenas uma das pessoas (a que provavelmente fará o papel de narrador/diretor) conhecer as regras do jogo com o mínimo de domínio para garantir o controle de tudo e garantir a diversão de todos. O livro possui uma grande capacidade didática oferecendo constantes dicas e truques para construção da narrativa, e até aqueles com pouca ou nenhuma experiência poderão aproveitar plenamente tudo que Belonave Supernova tem a oferecer.
Para quem ache que os 13 primeiros "episódios" se passarão muito rápido, o autor ainda dá dicas de como criar episódios extras fora da saga principal, algo que acontece regularmente em animes: os conhecidos fillers. Com tanta possibilidade e adaptabilidade, Belonave Supernova tem a vantagem de tornar-se uma campanha diferente a cada mesa, criando algo único e particular para cada grupo.
Belonave Supernova é com certeza recomendado para quem já ficou curioso com os lançamentos anteriores, e também para apaixonar aqueles que ainda não tinham tido contato com o cenário. Para quem como eu é fã de Brigada Ligeira Estelar, esse é um livro imprescindível! Em breve a Editora Jambô lançará a segunda parte. ;)



Homem-Aranha: Entre Trovões

Nunca foi segredo para ninguém que J. Jonah Jameson usasse o Clarim Diário para seus ataques ao Homem-Aranha; e, por mais que o Amigão da Vizinhança se esforce, sempre será uma ameaça segundo a opinião pública. Mas as coisas tomam novas proporções a partir do momento em que a vida de Peter Parker vira de cabeça para baixo e pessoas muito próximas sofrem as consequências. Enquanto Manhattan é devastada por frequentes ataques, o Cabeça de Teia tem de enfrentar a engenhosidade de robôs movidos por um só intuito: acabar com sua vida. Como se não bastasse, o sentido-aranha alerta que o aracnídeo não pode confiar nem mesmo em Mary Jane e na adorável tia May, e tudo aponta somente em uma direção: JJJ. A busca por respostas pode custar a vida do herói, e vilões como Electro estão dispostos a garantir isso!
Título: Homem-Aranha: Entre Trovões
Autor: Christopher L. Bennett
Editora: Novo Século
Ano: 2014
Páginas: 264


O Amigão da Vizinhança. O Escalador de Paredes. O Cabeça de Teia. O Teioso. O nosso herói, o Homem-Aranha, é conhecido por diversos nomes e habita a cultura pop por diversas mídias: quadrinhos, cinema, animações para a televisão, jogos e brinquedos. No entanto, poucos esperavam ver um personagem tão intimamente ligado a artes visuais em livros, ainda mais sem ilustrações. Apesar de pouco usual isso não é novidade, nem com super-heróis e nem como próprio personagem (que possui outras obras ainda não lançadas no Brasil), mas o que esperar da trama?
Em Homem-Aranha: Entre Trovões somos apresentados a um Peter Parker mais maduro e experiente, casado com a modelo e aspirante a atriz Mary Jane Watson-Parker, professor em uma escola pública. Nada disso, é claro, o afastou de suas responsabilidades como herói: faça chuva ou faça sol o Homem-Aranha está sempre na ativa. E após uma noite chuvosa uma verdadeira tempestade chega em sua vida.
O vilão conhecido com Electro, em uma tentativa de assalto usando robôs, causa uma série de danos a cidade de Nova York e deixa vários cívis feridos gravemente. Incluindo os alunos da turma de Parker. Sentindo-se culpado, e sendo atacado por Jameson em seu blog, Peter decide que é hora de adotar uma postura agressiva para encontrar o culpado. Pois, conhecendo seus vilões está óbvio para ele que Electro não trabalhava sozinho no fatídico assalto...
A partir daí acompanhamos um verdadeiro thriller com super-heróis. Homem-Aranha visitará diversos pontos de seu passado, interrogará velhos inimigos, e suspeitará do envolvimento de seu principal opositor nessa história: J. Jonah Jameson. Uma trama cheia de ação, conspirações e paranoia que levará Peter Parker a duvidar de todos, incluindo sua Tia May e Mary Jane.
Bennet traz em sua narrativa uma mescla de elementos que permitem fazer descrições com detalhes mantendo a agilidade. Isso ajuda a compor, de forma satisfatória, cenas de ação com os malabrarismos do herói aracnídeo que seriam lesadas pela falta do tradicional auxílio visual. Todos elementos que caracterisam o personagem também estão lá: seu senso de humor típico, a noção de dever, a busca por aceitação e seus dramas familiares.
Não é preciso conhecer o universo do personagem, seu histórico ou muito menos acompanhar as revistas para aproveitar a trama narrada em Homem-Aranha: Entre Trovões. O autor contou com diversos auxílios para se situar dentro da cronologia do personagem e fez questão de fazer o mesmo para o leitor. Tudo relacionado ao enredo da trama é apresentado no livro. Qualquer um pode lê-lo sem medo!
Contudo, o livro não tem um enredo surpreendente, isso deve ser levado em conta para evitar decepções. É preciso novamente salietar que a história faz parte da cronologia oficial do personagem, encaixada em um ponto da história, e seria dificil trazer mudanças que afetariam algo já estabelecido por outra mídia.
Homem-Aranha: Entre Trovões é com certeza um livro divertido que irá garantir ao leitor vários momentos de diversão. É um thriller de ação que vale a pena ser conferido pelos fãs da Marvel, do Cabeça de Teia, e também por quem não é!

M.U.G.E.N - Jogos de Luta Personalizados



Darth Vader vs Batman, Capitão América vs Snake Eyes, Superman vs Goku. Com certeza alguma vez na vida você já deve ter pensado em encontros impossíveis entre personagens de diferentes séries, jogos, desenhos e filmes. Muito provavelmente, esses encontros incluíam combates para determinar qual deles seria o mais forte. Várias empresas já tentaram fazer isso em livros, quadrinhos e em especialmente em jogos onde a interação com o público é maior. Contudo, ainda não é sempre que temos esses encontros, muitos menos todos que queremos. Mas, e se fosse possível criar jogos totalmente novos e escolher os personagens que farão parte dele?
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Para falar a verdade é possível fazer isso e muito mais com apenas um programa e um pouco de curiosidade. O M.U.G.E.N. é um motor de jogo exclusivo para jogos de luta em 2D (embora possa utilizar elementos em 3D), desenvolvido pela Elecbyte no longínquo ano de 1999. A Elecbyte distribuiu uma versão beta que rodavam em DOS, Linux, e Windows e durante anos toda atualização que o sistema obteve fora criada por fãs de jogos. E o que isso tudo quer dizer? Quer dizer que você pode a qualquer momento criar jogos de luta em 2D com os personagens que bem entender. Para isso basta um pouco de criatividade e curiosidade para mexer em programação ou criação de novos personagens.

Mesmo que você não tenha  muito tato com programação ou programas de edição, ainda é possivel criar seus próprios jogos a partir do trabalho criado ao logo desses 16 anos da ferramenta por diversas pessoas espalhadas por todo o mundo. Incluindo muitos brasileiros talentosos! E se achar que ainda dará muito trabalho selecionar personagens e estágios para fazer uma programação simples, você pode encontrar diversos jogos prontos feitos por fãs. Não são poucas as versões de Street Fighter e The King of Fighters que você irá encontrar com um pouco de busca.
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A ferramenta se encontra para download no site oficial da Elecbyte, e você pode encontrar dicas e tutorias em diversos sites da internet em diversos idiomas. São diversos os sites que fornecem peças como personagens, aberturas, cenários e ferramentas para você personalizar seu jogo, além daqueles que oferecem os jogos completos. Mas particularmente prefiro eu mesmo editar os jogos e incluir os mais diferentes personagens, desde que combinem graficamente. Afinal o jogo não precisa ser feio só porque posso misturar tudo.
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Quem quiser conhecer ou simplesmente ter um jogo pra jogar de vez em quando, sozinho ou com os amigos (o jogo é compatível com joysticks), pode experimentar os jogos X-Men: Second Coming, Avengers vs X-Men e/ou Super Marvel vs Capcom: Eternity of Heroes.



Star Wars: O Caminho Jedi






Que a saga Star Wars é um dos maiores fenômenos de todos os tempos não é novidade. Que os personagens são mania mundial, também não. Para apimentar mais essa febre e satisfazer um desejo antigo dos fãs, chega às livrarias O Caminho Jedi, manual de treinamento da Ordem. O livro funciona como um almanaque dos guadiões da paz nas galáxias. Nele são apresentados os maiores mestres, a história dos clãs, os armamentos, o vestuário, os golpes de lutas, entre outros. Em O Caminho Jedi, o leitor vai desvendar os segredos e partilhar do conhecimento passado de geração para geração – aprendendo, inclusive, as nuances do combate de sabre de luz e a hierarquia Jedi. Além disso, conhecerá novos personagens, novas criaturas e novas naves. Passado de mão em mão de Mestre para Padawan, de Yoda e Obi-Wan Kenobi para Anakin e Luke Skywalker, este exemplar recebeu as anotações de cada Jedi que tocou e estudou suas páginas — adicionando suas experiências pessoais e as lições aprendidas.
Título: O Caminho Jedi
Autor: Daniel Wallace
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2013
Páginas: 160



Um Guia para Estudantes da Força. Não há definição melhor para o livro do que a dada por ele mesmo.
Star Wars: O Caminho Jedi aborda a mitologia criada em torno da série ao longo de todos esses anos na forma de uma manual ficticio que foi encontrado por Luke Skywalker após a derrota do Império. A premissa é simples: o livro é um registro histórico e cultural sobre a Ordem Jedi desde o seu surgimento, seus preceitos, suas armas, suas técnicas de luta, seus poderes e habilidades, a hierarquia e divisões internas. Esse registro passou pelas mãos de alguns personagens icônicos na série até cair nas mão de Lorde Sidius e ser resgatado por Luke. Cada um deles, incluindo o Imperador Sith, faz várias anotações "a mão" sobre detalhes narrados pelos Mestres e Cavaleiros Jedi ao longo das páginas. O que cria uma interação entre eles, mesmo alguns deles não pertencendo ao mesmo periodo.
Além disso o livro contém diversos detalhes sobre o que é a Força, o Código Jedi e seus preceitos, a construção dos Sabres de Luz, matérias e criaturas que são resistentes contra as armas e truques Jedi e claro seus principais inimigos. Fora inúmeras outras coisas que até mesmo fãs desconheciam, como as outras ordens sensiveis à Força expalhadas pela galáxia. 

Graficamente o livro é impecável. Da capa dura ao tipo do papel, do corte das páginas e ilustrações e detalhes como esses acima. Não há o que por defeito, muito pelo contrário: dificil é encontrar palavras para elogiar a qualidade do livro. A edição nacional da Bertrand Brasil em nada deixa a dever pra uma edição americana.
É preciso ficar atento ao seguinte detalhe: várias anotações no livro levam em consideração o material públicado no universo expandido, que não é mais considerado canônico, e com a chegada do sétimo filme da série muito disso pode ser modificado. Para nossa sorte, esse material referenciado está, após mais de 20 anos de sua última publicação, voltando a ser lançado pela Editora Aleph.
Como explorador de universos, adorei a leitura de O Caminho Jedi! Não só pelo fator nerd, mas por todos ensinamentos contidos em vários trechos (sim, tem coisas que são legais de se utilizar na vida real). Conhecer mais sobre esse fantástico universo foi uma experiência muito bacana. Se você é fã, ou quer conhecer mais a fundo a filosofia Jedi, esse é um item perfeito para a sua coleção! 


Runicards: Dungeon - Desafios do Deserto


"Runicards: Dungeons - Desafios do Deserto" é um jogo de tabuleiro de açãoestratégia e aventura, que se passa no mesmo universo do cardgame "Runicards: Batalha pela Terra do Fogo". Jogadores novos não precisam do jogo original para jogar, mas jogadores veteranos vão se sentir a vontade com esse novo jogo.
Como prometido na postagem nº 100 (A.K.A Bem Vindos ao Futuro) iniciativas inovadores e projetos com grande potencial passarão a ter maior destaque no blog. E já que também foi prometido falar sobre jogos unimos o útil ao agradável para falar de um jogo de tabuleiro que promete horas de diversão?! Conheça o brasileiríssimo Runicard: Dungeon!

Runicards: Dungeon é um jogo cooperativo para 1 a 4 participantes, mas pode ser expandido com aquisição de novos recursos. Isso quer dizer que você e seus amigos não estarão tentando derrotar um ao outro, mas vão juntos, enfrentar os desafios do tabuleiro e tentar vencer em grupo cada partida. Cada jogador escolherá um herói e a cada monstro derrotado ou armadilha desarmada todos ganham pontos que poderão ser usados para melhorar os poderes dos seus personagens. Além disso, você poderá encontrar tesouros para equipar seu herói com armaduras, armas e acessórios mágicos. Uma estrutura que mistura conceitos de jogos de RPG, exploração de masmorra com traços tradicionais de jogos de tabuleiro.
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Cada partida demora cerca de 20 minutos por jogador e existem regras para você jogar partidas rápidas, ou campanhas. Os jogos rápidos são perfeitos para uma tarde chuvosa, enquanto o modo campanha permitirá que você jogue sempre com o mesmo herói e veja ele ganhar gradativamente mais e mais poderes enquanto a história dele evolui a cada partida jogada.
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O projeto foi criado pela Kalango Analógicouma empresa independente responsável pelos jogos Runicards: Batalha pela Terra do Fogo e A Última Fortaleza, e está sendo desenvolvido pelo designer Rovalde Banchieri desde 2013. Após vários testes e ouvir as opiniões da comunidade de jogadores através do Facebook chegaram então a versão final que foi colocada em financiamento coletivo através do Kickante.



Runicards:Dungeons usa cartas de Runas e cartas de Habilidades para resolver as ações de cada jogador e nos combates contra os monstros do jogo.
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A cada turno novas salas são reveladas no tabuleiro e formam o que chamamos de "dungeon". Novas salas podem possuir monstros e armadilhas que quando derrotados concedem pontos de experiência para o grupo. Você poderá usar esses pontos para comprar novas cartas de habilidade, cartas de Runas ou subir seu herói de nível. Outra coisa legal dederrotar monstros é que você pode comprar uma carta de tesouro e equipar seu herói com itens poderosos que o ajudarão nas aventuras futuras.
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O jogo sempre termina quando um dos participantes revela uma das salas especiais do jogo e ativa um "evento". São 20 eventos iniciais na caixa básica e cada um deles conta um pouco da história do herói que revelou a sala especial e adiciona um desafio emocionante para terminar a partida. Você pode ter encontrado uma Múmia que manteve seu mestre preso nos últimos meses ou a pirâmide que você estava começa a desmoronar enquanto o tesouro que pode revelar o assassino de seus pais esta na mão de um dos vilões. Não importa o caminho que você fez para chegar até a sala especial, o evento final do jogo sempre será emocionante para os participantes!
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E se você quer ver em detalhes como se joga uma partida de Runicards: Dungeons, basta assistir ao vídeo tutorial disponível na página do financiamento ou conferir o Preview feito pelo pessoal do Jogando Offline que se encontra no final da postagem.
Para que toda essa idealização saia da fase de planejamento eles precisavam de ajuda. A ferramenta escolhida para o financiamento coletivo foi o Kickante, que funciona de forma semelhante ao Catarse. Na data dessa postagem, eles já conseguiram a meta inicial. Ou seja, financiamento garantido!
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Para quem não conhece o método de financiamento coletivo o funcionamento é simples: os objetivos são esclarecidos na página da campanha e as recompensas são apresentadas. O apoiador escolhe entre as possibilidades com quanto irá contribuir já sabendo qual será a sua recompensa. Quando a meta não é alcançada o dinheiro é devolvido, e em algumas campanhas quando o valor estipulado é ultrapassado metas extras bonificam aqueles que contribuíram (as vezes não necessariamente todos, isso varia de recompensa para recompensa e de campanha para campanha).
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Com a meta inicial batida, o valor arrecado acima do pedido os novos apoios ajudam a financiar também metas estendidas como novas salas, novos personagens, miniaturas especiais. Com isso todo apoiador sai ganhando. Além disso o projeto inclui vários itens que podem ser comprados à parte para incrementar o jogo (além de canecas muito bacanas) e metas especiais para apoiadores de outros jogos como o Masmorra de Dados e os jogos da própria Kalango Analógico. 
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Agora que você já sabe como tudo funciona confira a página no Catarse e descubra mais informações sobre o jogo: quais exatamente são as recompensas, como jogar, quais são a metas extras, os recursos adicionais, etc. Apoie, divulgue e torne a exploração de masmorras um hábito! - http://www.kickante.com.br/campanhas/runicardsdungeons

A Canção das Estrelas






Imerso em segredos, um misterioso livro guarda histórias sobre o passado e o futuro de Myríade, cifradas em códigos que permeiam a linguagem do universo. Para olhares desatentos, são meros contos. Mas Sebastian sabe que há uma mensagem oculta por magia, impossível de ser lembrada, e acredita na importância de compreender seu verdadeiro signi-ficado. Tudo muda quando o precioso manuscrito é roubado. Agora, o jovem precisará reunir coragem, aceitar seu erros e pôr à prova tudo o que mais ama, para recuperar seu livro e desvendar a Canção das Estrelas.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        
Título: A Canção das Estrelas
Autora: Karen Soarele
Editora: Cubo Mágico
Ano: 2014
Páginas: 156



É mais do que normal séries - na literatura e fora dela - ganharem spin-offs. Os motivos que levam a isso  e as formas que eles tomam são diversos, mas o leitor é quem sempre sai ganhando. Afinal, é sempre bom revisitar mundos e personagens queridos, explorar facetas e detalhes que despertaram interesse, mas não tiveram espaço dentro da trama principal. As vezes - em raros casos - série principal e spin-offs se revesam construindo e expandindo universos de forma complementar. Isso vem acontecendo com a os livros ambientados em Myríade, universo criado pela autora Karen Soarele. Mais uma vez pude ver isso em primeira mão como Leitor Crítico, o famoso Beta.
A Canção das Estrelas narra de forma alternada a trajetórias de seus dois protagonistas. Sebastian é um jovem que tem um único objetivo: desvendar o segredo contido no livro d'A Canção das Estrelas e provar a existência da lendária Sétima Ordem. Enquanto isso a curiosa e jovem Neve decide contrariar seu líder e pai, abandonando a segurança do lar em uma jornada de autodescoberta. O destino cuida para que seus caminhos se cruzem, mas eles precisam completar suas jornadas sozinhos.
O mundo que foi apresentado em A Rainha da Primavera (um spin-off), ganhou uma série oficial em Línguas de Fogo, e continuou em Tempestade de Areia, voltou as origens em A Canção das Estrelas. O cenário voltou a se expandir trazendo novos elementos, locais, culturas, mas sem esquecer do que já foi semeado antes. Isso torna a leitura possível para quem ainda não leu nenhum dos livros anteriores, ao mesmo tempo que tem um tempero especial para os leitores cativos. 
Mistérios e descobertas movem a trama, mas também serve de alicerce para a criação do segundo componente da obra: o livro dentro do livro. O leitor tem "de brinde" o livro de contos que é carregado por Sebastian e assim como ele tem a chance de desvendar o segredo contido n'A Canção das Estrelas. 
Diferente do spin-off anterior, ambientado no passado, o novo livro se passa pouco antes do primeiro livro da série "regular" tornando-os intimamente conectados. Embora não exista ordem de leitura obrigatória nesse caso, é possível começar a viagem por Myríade através dos spin-offs.
O livro é muito bem servido de cuidados também na parte gráfica, contendo ilustrações internas e detalhes na diagramação de ambas as partes da obra que por menores que pareçam fazem toda a diferença. Inclusive, é preciso destacar que o "livro dentro do livro" deve ser lido com cuidado para não deixar passar nada. 
De modo geral gostei bastante do que vi em A Canção das Estrelas, e mesmo eu sendo um chato, não tive pontos negativos que pudesse apontar. Foi bom ver um pouco melhor o passado de Neve e como ela foi se envolver com a trama da série principal. Ambas as tramas são bacanas o suficiente e se fossem maiores, não reclamaria. 


Post Nº 100 A.K.A Bem Vindos Ao Futuro

Arte feita pela ilustradora X-Ama (Adriana)
O futuro já começou, já diria a conhecida canção. Chegamos ao futuro, 2015, o ano dos Hoverboards e Nikes que amarram-se por conta própria... Tá, o futuro/presente não chegou trazendo nada disso, mas todo novo ano chega com promessas de renovação! Aqui não seria diferente.
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O Multiverso X chegou a sua centésima postagem e embora pouquíssimas pessoas acompanhem o blog desde o início (abraço Marco Antônio), sempre prezamos por conteúdos de qualidade e sempre que possível com uma boa variedade. É claro, gostaríamos de fazer mais; fazer um número maior de postagens, trazer mais ideias para serem apoiadas (no Catarse ou fora), novos sorteios, apresentar novos autores, artistas e conteúdos. Por diversos motivos isso nem sempre é possível, mas essa não é uma postagem de lamento. Não senhor! Estamos aqui para celebrar, agradecer e apresentar nossas propostas para o Ano do Futuro, vulgo 2015.
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Agradeço a todos que apoiaram a jornada pelo Multiverso, especialmente à minha noiva, Neyla, que está comigo onde quer que eu vá. Sou grato aos autores que confiaram em nós e colaboraram com material para sorteio, com autógrafos e até mesmo com dicas. Landulfo Almeida, Leonardo Barros, Marcelo Hipólito, Karen Soarele, Gustavo Brasman e também Alexandre Lancaster, muito obrigado. Não posso deixar de agradecer aos leitores (assíduos e esporádicos), principalmente os que comentam e trazem mais conteúdo às discussões. Valeu Lele, Marco, Marcos e Natalia, Camila e cia, Airechu e Elis. Que 2015 seja um ano bom para todos nós!
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Finalizando a centésima postagem preciso registrar e compartilhar com todos os planos e promessas que tentaremos cumprir até o final do ano:

- Produzir mais postagens interativas como responder TAGs.
- Firmar parcerias proveitosas não apenas para o blog, mas para o leitor. Afinal, conhecimento deve ser compartilhado e não restrito.
- Regularizar as postagens do blog, mantendo postagens às segundas, quartas e sextas. E, que sá, amplia-las. 
- Criar novos conteúdos e reforçar as colunas que valorizam iniciativas e trabalhos de artistas dos diversos campos de trabalho. Isso inclui um projeto para criação de podcast, falar mais sobre quadrinhos, RPG e jogos de mesa, mas por enquanto nada em vídeo.
- Encontrar pessoas dispostas a integrar a equipe da Interlúdio, afinal não existe Capitão sem tripulação. Além de que, mais pessoas adicionam variedade de ideias e conteúdo ao blog.

Ps. Quero pedir desculpas por não ter conseguido concluir a etapa de Dezembro da Maratona Literária #EuToudeFérias (consegui ler e postar apenas uma resenha dentro do prazo =P) Mas Janeiro estamos aí, firmes e fortes!


O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos






Após ser expulso da montanha de Erebor, o dragão Smaug ataca com fúria a cidade dos homens que fica próxima ao local. Após muita destruição, Bard (Luke Evans) consegue derrotá-lo. Não demora muito para que a queda de Smaug se espalhe, atraindo os mais variados interessados nas riquezas que existem dentro de Erebor. Entretanto, Thorin (Richard Armitage) está disposto a tudo para impedir a entrada de elfos, anões e orcs, ainda mais por ser tomado por uma obsessão crescente pela riqueza à sua volta. Paralelamente a estes eventos, Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) e Gandalf (Ian McKellen) tentam impedir a guerra.                                                                                                                                                                                                                              
O Hobbit: A Desolação da Igreja
Lançamento: 2013 Duração: 144 Min
Gênero: Aventura, Fantasia

Produção: 
New Line Cinema, Metro-Goldwyn-Mayer, WingNut Films
Elenco: Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage, Ken Stott, Graham McTavish, William Kircher, James Nesbitt, Stephen Hunter, Dean O'Gorman, Aidan Turner, John Callen, Peter Hambleton, Jed Brophy, Mark Hadlow, Adam Brown, Ian Holm, Elijah Wood, Hugo Weaving, Cate Blanchett, Christopher Lee, Andy Serkis


A primeira postagem do ano merece ser sobre coisa boa. Bom, ao menos posso falar por mim que o fechamento da trilogia fílmica O Hobbit é uma coisa boa. São vários os motivos que me fazem pensar assim, apesar de todos os pontos questionáveis. O principal deles é: A Batalha dos Cinco Exércitos é um filme divertido. Ouso dizer que aquele que foi ou for aos cinemas buscando algo complexo ou uma obra fiel ao livro está fazendo a escolha errada.
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Novamente falo algo que já tratei na resenha do segundo filme, A Desolação de Smaug: um fã sempre quer ver na tela uma transcrição da obra original com uma adaptação mínima, e o que é entregue é uma obra nova adaptada com base no original. Algumas adaptações são extramente fieis e outras não, mas é importante lembrar que são produtos independentes e por mais difícil que seja para sua cabeça é dessa forma que deve ser tratado. Se não pensar assim, a sua experiência já estará estragada antes do filme começar. Agora voltemos ao que interessa.
Fechando a grande saga de Bilbo Bolseiro, A Batalha dos Cinco Exércitos chega carregado de ação do início ao fim. Como aperitivo o filme entrega a conclusão do ato que envolve a Cidade do Lago, A Montanha Solitária e o dragão Smaug. Um início com cara de final, é verdade, mas ainda havia muito a contar e tudo de forma diferente do livro, apesar de manter a essência. 
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São criados vários dramas, elementos e questões que vão além do que escreveu Tolkien para conseguir um resultado novo e tão divertido quanto o livro. É certo que alguns personagens como Beorn tem sua função reduzida, mas outros ganham grande importância para a trama apesar de a mesma ser bem simples tendo como ponto principal a loucura e redenção de Thorin e como isso leva à guerra.
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Como já foi dito o principal atrativo do filme fica por conta da ação e cenas de batalha, mas de forma alguma esse pode ser tido como o único. Apesar de alguns defeitos aparentes em alguns momentos (aplicação ruim em chroma, por exemplo) o filme é visualmente muito grandioso. Cada detalhe, digital ou não, que compõem cenário e caracterização fazem do longa uma obra visual riquíssima e extremamente bela. 
Embora o roteiro seja raso e apresente diversos furos e coisas sem sentido (como os anões de Thorin retirarem as armaduras antes da batalha quando mais precisariam delas), considero que o filme teve mais acertos que falhas e tem a capacidade de agradar a maior parte do público alvo. Principalmente da forma que a conclusão é apresentada deixando-nos com um sentimento de dever cumprido e uma sensação de nostalgia.
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Sai do cinema satisfeito com o que vi e querendo rever todos os filmes, Senhor dos Aneis e o Hobbit (todos em versão extendida), e desejando armaduras anãs e aventuras tão grandes quanto essas. Ainda bem que tenho o RPG para me permitir isso.