BEM-VINDO VIAJANTE! O QUE BUSCA NO MULTIVERSO?

O Hobbit: A Desolação de Smaug






Após iniciar sua jornada ao lado de um grupo de anões e de Gandalf (Ian McKellen), Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) segue em direção à Montanha Solitária, onde deverá ajudar seus companheiros de missão a retomar a Pedra de Arken, que fará com que Thorin (Richard Armitage) obtenha o respeito de todos os anões e o apoio na luta para retomar seu reino. O problema é que o artefato está perdida em meio a um tesouro protegido pelo temido dragão Smaug (Benedict Cumberbatch). Ao mesmo tempo, Gandalf investiga uma nova força sombria que surge na Terra Média.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   
O Hobbit: A Desolação da Igreja
Lançamento: 2013 Duração: 161 Min
Gênero: Aventura, Fantasia

Produção: 
New Line Cinema, Metro-Goldwyn-Mayer, WingNut Films
Elenco: Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage, Ken Stott, Graham McTavish, William Kircher, James Nesbitt, Stephen Hunter, Dean O'Gorman, Aidan Turner, John Callen, Peter Hambleton, Jed Brophy, Mark Hadlow, Adam Brown, Ian Holm, Elijah Wood, Hugo Weaving, Cate Blanchett, Christopher Lee, Andy Serkis


Muito além das montanhas nebulosas onde as masmorras são profundas e as cavernas antigas, um pequenino Hobbit segue sua jornada heroica e dividindo opiniões entre os fãs de Tolkien e da "cultura nerd". Mas será que o filme é ruim? É um filmaço pra ninguém por defeito? Novamente teremos que voltar a falar de adaptações para isso seja melhor entendido, mas não de forma aprofundada. 
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O ponto é: um fã sempre quer ver na tela uma transcrição da obra original com uma adaptação mínima, e o que é entregue é uma obra original adaptada com base no original. Algumas adaptações são extramente fieis e outras não, mas é importante lembrar que são produtos independentes e por mais difícil que seja para sua cabeça é dessa forma que deve ser tratado. Se não pensar assim, a sua experiência já estará estragada antes do filme começar. Agora voltemos ao que interessa.

O segundo filme da trilogia do Hobbit, O Hobbit: A Desolação de Smaug, dá continuidade a saga de Bilbo, Thorin e sua companhia em direção a Montanha Solitária como uma evolução narrativa e preparação para o ato final. Essa é a principal função do filme e não adianta negar. Contudo Peter Jackson usou-o para tentar aprofundar personagens e introduzir novos e trazer mais ação para trama. O filme é totalmente complementar e dependente da primeira parte, não há como começar deste e entender tudo perfeitamente.
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Toda a fotografia do filme é muito bonita, apesar de algumas cenas dentro da água destoarem da qualidade técnica apresentada no decorrer dos filmes. Os efeitos são extramente bem trabalhados com total destaque para Smaug, o Magnífico e sua presença aterradora. E por falar nele, a voz cavernosa de Benedict Cumberbatch fez todo diferença (não vi a versão dublada então não posso opinar). As atuações mantém o nível alto e os personagens introduzidos, mesmo os de menores participações, são marcantes. Mesmo que os nomes sejam esquecidos, quem assistir será capaz de lembrar dos elfos e do urso.

Como filme A Desolação de Smaug foi muito feliz, o que não se pode dizer como adaptação, e é essa a razão de tanta discussão. Se você vai ao cinema em busca de um filme bacana é isso que vai encontrar, mas se queria uma reprodução fiel do livro, releia o livro. Vai ser melhor, acredite e se poupe um pouco.
Na minha opinião, apesar de longo, o filme é muito divertido e já espero a versão EXTENDIDA para rever em casa me preparando para a apoteose da terceira parte da trilogia - O Hobbit: Lá e De Volta Outra Vez A Batalha dos Cinco Exércitos. Os pormenores foram facilmente superados, apesar de alguns incômodos, e a experiência foi tremendamente proveitosa.


Extra:
O que mais senti falta em relação ao primeiro filme? Da canção dos anões é claro! \o/



A Sabedoria do Condado






Um guia do Hobbit para a vida de milhões de fãs do J.R.R. Tolkien.Smith mostra que uma toca-hobbit é, na verdade, um estado de espírito e como até as menores pessoas podem ter o valor de um Cavaleiro de Rohan. Ele explora assuntos importantes para os hobbits, como cerveja, comida e amizade, mas também assuntos mais sérios, como coragem, vida em harmonia com a natureza e bem versus mal.
Como prazeres simples como jardinagem, longas caminhadas e refeições deliciosas com amigos podem fazer você significativamente mais feliz? Por que o ato de dar presentes no seu aniversário em vez de recebê-los é uma ideia tão revolucionária? E como podemos carregar nosso próprio “anel mágico” sem sermos devorados por ele?A Sabedoria do Condado tem a resposta para essas perguntas.
Título: A Sabedoria do Condado
Autor(a): Noble Smith
Editora: Novo Conceito
Páginas: 176



Quem nunca desejou uma vida simples e feliz  longe das preocupações e chateações do dia a dia? E quem imaginaria encontrar um espelho, um caminho a seguir, ao observar a pureza do Condado dos Hobbits? Por que a vida desses pequeninos seres da ficção parece tão boa? Noble Smith é o homem que imaginou isso. Esse foi o homem que buscou na simplicidade do estilo de vida do Condado lições para uma vida mais prazerosa. E como me foi prazerosa a leitura deste livro.
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Vou começar falando do que muita gente já sabe; A Sabedoria do Condado é um livro de autoajuda. Eu sei, difícil de se imaginar algo do tipo, muita gente não gosta de autoajuda, mas esse livro é muito diferente daquele modelo convencional. As lições são deliciosas de ler mesmo que você não ache que precisa retirar nada dela. A mágica está nos detalhes, e é assim que Noble Smith conquista o leitor.
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O livro propõe questões para busca do sucesso e bem-estar a partir de situações do estilo de vida dos Hobbits, e também de outros elementos do universo criado por Tolkien. Conhecer a obra do autor é importante, mas não impede a leitura pois varias informações são dadas em quadros adicionais. Inclusive informações dos bastidores do livro, dos filmes, da vida do autor e até uma receita bem diferente. Todas essas comparações e inserções que dialogam com a nossa realidade tornam a leitura agradável e aproxima mais aqueles que são fãs e também os que não são da Terra Média e a obra "Tolkieniana".
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Nem todas as lições são cabíveis, afinal nem todo mundo pode plantar o seu próprio jardim, mas é uma obra que chega para somar. Toda a discussão sobre amizade real, ganância exagerada, amor, convívio social, aproveitar os pequenos prazeres da vida é tão despretensiosa que se assemelha a um generoso conselho de amigo. E que bons amigos são os Hobbits.
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A Sabedoria do Condado foi uma grata e deliciosa surpresa para mim. Fiz a leitura há algum tempo durante minhas férias e me permiti aproveitar como um festivo e alegre Hobbit, até bebi cerveja preta, coisa que não costumo fazer por não gostar de bebidas alcoólicas. Toda essa sabedoria foi absorvida de bom grado; continuo a seguir minha jornada, me livrando do meu "Gollum particular" e a cada dia complementando a minha tão amada toca-hobbit.


O Hobbit: Uma Jornada Inesperada


O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
Lançamento: 2012 Duração: 169 Min
Gênero: Aventura, Fantasia

Produção: 
New Line Cinema, Metro-Goldwyn-Mayer, WingNut Films
Elenco: Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage, Ken Stott, Graham McTavish, William Kircher, James Nesbitt, Stephen Hunter, Dean O'Gorman, Aidan Turner, John Callen, Peter Hambleton, Jed Brophy, Mark Hadlow, Adam Brown, Ian Holm, Elijah Wood, Hugo Weaving, Cate Blanchett, Christopher Lee, Andy Serkis


No mês de Dezembro de 2012 uma jornada inesperada chegou aos cinemas, era a primeira parte da trilogia O Hobbit de Peter Jackson. De inesperada essa jornada não tinha nada, afinal muitos de nós já a aguardávamos ansiosos para vê-la na tela, pelo menos eu posso garantir estava. Alguns estavam com medo da divisão tão grande na adaptação de um livro tão curto em uma trilogia. Peter Jackson acertaria novamente ou cometeria um erro grave perante os fãs conquistados com O Senhor dos Anéis.
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Logo no inicio do filme vemos que podemos dar crédito a Peter Jackson. O filme tem uma abertura diferente do livro, se localizando exatamente na cena inicial do filme A Sociedade do Anel com Bilbo já velho se preparando para a comemoração dos seus Onzenta e Um anos, e seu sobrinho Frodo pronto para esperar a chegada do mago Gandalf. A abertura desta forma dá mais dinâmica e um lugar no universo cinematográfico da saga servindo de ligação entre os filmes, além de dar uma explicação maior à narrativa feita pelo velho Bilbo desde o inicio.


Outro ponto muito bom em relação ao livro é a caracterização dos anões, que passam a ser diferentes entre si na aparência e personalidade, e não mais apenas por capas coloridas. Peter Jackson encontra um meio termo entre o clima adulto de seus filmes e a doce infância presente no livro o Hobbit. Essas modificações ,aliás, favorecem o filme, pois se alguns animais falassem causaria uma estranheza muito grande ao público. Mas Peter Jackson faz o melhor para respeitar a obra, inclusive incluindo personagens que fortalecem a trama como Azog, o Profano, principal inimigo de Thorin, príncipe anão da linhagem dos Durin e líder da comitiva que quer restaurar o antigo reino anão em Erebor.
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As atuações são um espetáculo a parte, Martin Freeman é um Bilbo carismático e divertido, os trejeitos e tiques fazem com que vejamos o quão pacato e caxias era o pequeno hobbit antes daquela jornada. Dois outros personagens me chamaram muito a atenção durante o filme: Radagast, o Castanho, e Gollum. Ambos muito engraçados e perfeitos em suas breves aparições, mas aquele que fez Neyla suspirar foi Thorin Escudo-de-Carvalho. O anão "gatinho" chamava atenção pela rigidez e vontade inabalável, um líder seguido por todos de boa vontade. Um homem de verdade segundo as palavras dela.


O filme é longo, mas bastante divertido e as quase 3h mal chegam a serem sentidas. Existe ação em muitas partes, comédia e até um pouco de drama envolvendo os anões e sua busca por um lar. O 3D é um elemento que torna o filme mais agradável, e como minha primeira experiência eu digo que adorei e por conta dele verei outros filmes também dessa forma. Recomendo a todos que estão querendo diversão assistir esse filme e em 3D se possível.
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Peter Jackson não só conseguiu novamente como conseguiu empolgar tanto que Neyla e eu tivemos reações fortes após sair do cinema. Ela com vontade de reler o livro que ela não havia gostado tanto ao ler da primeira vez, e eu doido para comprar vários bonecos dos personagens para aumentar minha coleção. Se tinha algo a falar de ruim sobre o filme acho que sucumbiu perante a minha alegria ao fim da sessão. Mas posso falar mais uma coisa boa: Peter Jackson muito obrigado.


Crônicas dos Senhores de Castelo: Maré Vermelha






O planeta Kynis está em crise. Diante da guerra iminente entre as duas nações irmãs, o rei Dragão ora para Seath, o Deus Verdadeiro, enquanto dragões e soldados transformados patrulham com apreensão os limites da ilha-reino. No continente, os treze distritos formam um poderoso conglomerado industrial movido a vapor, cujas máquinas fumegantes de guerra estão prontas para lutar em nome do lucro.
No meio desse embate da força do vapor contra a fúria da natureza, o Bobo e o Ladrão seguem a pista de um objeto valioso e acabam pondo a própria vida em risco. Sem saída, só lhes resta buscar a ajuda de Kullat. Mas um indício do paradeiro de Volgo faz com que Kullat enfrente um dilema: cumprir sua missão de evitar a guerra em Kynis, capturar o mago rubro ou salvar seus amigos? Em uma corrida contra o tempo, Kullat se unirá a uma exótica Senhora de Castelo, um guerrin com o poder de manipular água e outros companheiros para enfrentar esses imensos desafios — mesmo sem saber que a vida de seus amigos Laryssa, Azio e Thagir está conectada a essa missão de maneiras que ele nunca imaginou.
Embarque nesta emocionante jornada e explore cada canto do Multiverso com os Senhores de Castelo!
Série: Crônicas dos Senhores de Castelo
Livro III - Maré Vermelha
Autor(a): G. Brasman e G. Norris
Editora: Verus - Páginas: 503
Lançamento: 2014


Certa vez o autor Gustavo Brasman afirmou que odiaríamos a ele e ao Gustavo Nossir quando terminássemos a leitura de Crônicas dos Senhores de Castelo: Maré da Guerra. Estava totalmente errado. Eu tenho apenas é que parabenizar pela obra. Não por ser perfeita, mas por saber contar uma historia bem escrita, e mesmo assim agradar o leitor.  Ao menos posso falar por mim.
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Maré Vermelha ao meu ver é o primeiro livro da série que além de contar uma nova história, torna-se complementar e obrigatório. O Poder Verdadeiro era leve e serviu como entrada para um novo universo... Ou melhor dizendo: Multiverso. O livro introduziu todos elementos básicos, o cenário, os personagens que ainda eram menos complexos e a infinidade de possibilidades nele existente. Efeito Manticore foi um livro de expansão. A aventura podia ser lida em separado sem atrapalhar muito o leitor. Ainda era possível conhecer os personagens que apareciam agora mais maduros e com um pouco mais de profundidade, saber o necessário e continuar a desbravar aquela aventura mais densa sem depender do primeiro, embora fosse muito melhor começar na ordem correta. Mas ali o Multiverso era visto crescendo, até crossover teve em suas páginas, embora alguns leitores mal compreendam a importância disso. Já Maré Vermelha é diferente.
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A leitura como peça individual é possível, porém perde-se automaticamente o direito de reclamar que não entendeu algumas partes. Personagens, conceitos e criaturas já conhecidas não são reapresentados, apenas introduzidos e descritos para compreensão de sua situação atual da série. Tudo ali narrado é um aprofundamento do que já foi construído. Os personagens, cada vez mais humanos tem suas características acentuadas e até alteradas após os acontecimentos do Efeito Manticore. O passado é revelado em alguns casos, suas relações melhor exploradas, sentimentos mais evidentes, e muitos dilemas para serem explorados. Em alguns momentos isso chega a parecer informação demais para um único livro. Mas evidenciei: Encarei-o com um livro complementar.
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Tanto é que o cenário sofre mais uma expansão. O Multiverso se mostra cada vez mais denso e menos simples. A complexidade política, a organização, e posicionamento em relação a si mesmo e outros mundos é apresentada de maneira mais convincente. Parte da curiosidade sobre a Ordem dos Senhores de Castelo é sanada com maior detalhamento sobre sua rotina, sede, e novos senhores e guerrins que se mostram na história mesmo de maneira breve.
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Justamente por ter sido Leitor Beta posso apontar diversas melhorias no livro. A versão final passou a usar termos mais simples, e fácil entendimento, e isso contribuiu para uma leitura mais ágil que prende o leitor do ínicio ao fim. O número de páginas sofreu uma redução de mais de 50 páginas, mas nada da essência do livro foi retirado. A verdade é que ele ficou mais dinâmico. A trama possui diversos momentos de tensão, cenas de ação muito boas e evolução dramática nos personagens, contendo várias reviravoltas. As palavras “estranhas” são essências para o contexto da história, mas em determinadas passagens existem tantas que confundem um pouco o leitor. E isso torna um pouco difícil gravar o nome dos coadjuvantes, e no mínimo a grafia correta. Mas entendo que isso não é algo que possa ser modificado já que representa a diversidade do multiverso. Um sacrifício em prol de algo maior.
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O livro possui também outras novidades além dos diversos novos personagens, uma dela é o novo ilustrador - Rafael Pen - que mesmo chegando agora já pegou o espirito da série e acrescenta mais riqueza ao livro.
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De maneira geral Crônicas de Senhores de Castelo 3: Maré Vermelha é um ótimo livro, e fico feliz por ter tido a oportunidade ajudar nessa construção. A cada novo volume a série mostra mais o potencial que possui e se torna mais uma prova da qualidade que a literatura de fantasia produzida no Brasil possui.


Ex-Patriotas: Adaptação + Ganchos de Aventura


Há algum tempo atrás quando fiz a resenha de Ex-Heróis fiz também uma adaptação para utilizar o cenário em uma mesa de RPG. Agora feita a resenha do segundo livro da série - Ex-Patriotas - nada mais justo que fazer o mesmo.  
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Para ser mais preciso o que veremos será na verdade uma espécie de expansão para a adaptação já feita, ampliando o conhecimento sobre o cenário e deixando as coisas mais interessantes. Tudo que você saber para jogar já foi apresentado na postagem anterior - Ex-Heróis: Adaptação + Ganchos de Aventura - e não será dito novamente para não ficar repetitivo. Novamente, não é necessário conhecer a trama dos livros, afinal o ideal é criar suas próprias histórias e personagens, mas conhecer pode dar ao mestre uma noção maior das coisas. Diferente da primeira parte, teremos pequenos spoilers da série durante a ampliação do cenário. A intenção era evitá-los, mas não há como produzir uma adaptação boa sem alguns deles. Nenhum deles irá afetar a leitura do livro, pois não são sobre a narrativa, mas certamente tirarão parte da surpresa. Se quiser evitá-los pode ficar apenas com a primeira parte, lá tem bastante material para começar a jogar sem interferir na sua leitura. Depois, se quiser, você volta. O material estará aqui. Se você é daqueles que não está nem aí para isso, bem vindo e aproveite a ambientação. Contudo aviso que assim como na adaptação anterior nenhum dos personagens principais da trama terá ficha feita, apenas um vilão será apresentado de forma especial. 
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Para as questões de regas tomaremos novamente como base o sistema 3D&T Alpha utilizando o manual básico e os suplementos Mega City e Mega City: Manual do Aventureiro (todos da Editora Jambô). Todos créditos devidamente dados, vamos ao que interessa.
Ex-Patriotas chega para ampliar o cenário em diversos sentidos e dimensões, dando espaço para novos plots e histórias não apenas após o Zumbocalipse (termo cunhado no livro), mas para aventuras anteriores a ele. É claro, se escolher assim, melhor manter em segredo que está narrando uma aventura sobre zumbis por um período.
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Agora sabemos mais sobre a Era Heróica e a reação do mundo ao surgimento dos Super Seres. Ainda não há explicação para como as pessoas passaram a ganhar poderes, alguns seguem uma lógica cientifica, outros os conseguem de forma absurda. O importante é que essa onda atingiu todo o mundo e o mais variado tipo de pessoas gerando cenas como a de um Vladimir Putin capaz de erguer carros com um braço sem esforço. Governos do mundo inteiro passaram a recrutar super-seres como agentes especiais, armas e símbolos patrióticos. O governo americano por outro lado, não conseguindo adesão de principais heróis em atuação em solo americano, resolveu investir fundos na criação de seus super-soldados. Diversos projetos foram criados e dois deles são apresentados nos primeiros volumes da série: Força do Futuro e Krypton.
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O primeiro foi desenvolvido pela Doutora Danielle Morris criou o traje de combate militar conhecido como Cerberus, uma mistura de Homem de Ferro e tanque de guerra. Apenas um dele foi produzido. O segundo projeto foi criado para dar origem a um aprimoramento físico a soldados americanos tornando verdadeiros homens de aço. O Capitão Freedom e seu esquadrão, os Indestrutíveis são os únicos conhecidos que passaram pelo processo e sobreviveram.
É claro, devem haver outros projetos ativos - nos EUA ou em outros países - cabe ao mestre e ao jogadores que quiserem utilizarem bem essa parte pra criar algo bacana. Há muito a explorar antes e depois.
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O Zumbocalipse mostrou ter tomado proporções mundiais, mas certamente há sobreviventes em outros locais que não Los Angeles. O mundo é tão grande quanto a quantidade de problemas existentes. Os jogadores poderão não lidar apenas com a questão da sobrevivência e a eterna busca por recursos (água, energia, alimentos). Países em estado de guerra podem ser cruéis com aqueles que vão contra sua população, e aqueles com super patriotas podem ser ainda piores.
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Amplie a gama de opções de sua campanha e torne-a mais madura. Sobreviventes de nações inimigas poderiam cooperar para sobreviver ou a desconfiança seria maior que o temor da morte? Como personagens de múltiplas crenças estão encarando o Zumbocalipse? O governo, ou liderança similar, ainda se mantém firme ou caiu deixando tudo no caos? As autoridades estão usando seu poder restante para salvar pessoas ou oprimi-las em causa própria? Ainda existem aqueles que põe o patriotismo antes da própria sobrevivência? São várias as possibilidades, use-as sabiamente!

Uma horda de zumbis já suficiente para dar trabalho para qualquer grupo de personagens. Eles são fracos, mas em conjunto se tornam fortes e tem algo que pode torná-los piores.
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Rodney Casares já foi militar, cobaia de experimentos no exército americano, condenado a morte pela Corte Marcial. Peasy, como ficou conhecido, foi membro dos Seventeens, onde arrumou problemas com heróis como Gorgon antes e depois de ganhar poderes. Casares se tornou um sobrevivente. E nem mesmo a morte foi capaz de detê-lo.
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Quando o primeiro Ex-Humano que se tem registro surgiu em Los Angeles, Peasy foi a sua primeira vítima. No entanto não acabou se transformando em um Ex como os outros. Seu histórico peculiar, então oculto no primeiro livro da série, fez dele algo mais: um titã de carne em decomposição com força para esmagar seus inimigos sem dó e a capacidade de projetar sua consciência para outros corpos mortos e controlá-los. Ao mesmo tempo.
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Em sua invasão ao Monte, base dos protagonistas da série, Rodney conseguiu sua vingança pessoal matando um dos heróis. Contudo, o preço cobrado foi caro e Peasy foi derrotado e destruído St. George e Cerberus. Mas Casares sempre foi um sobrevivente.
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Aquele que deveria ser o fim derradeiro do vilão foi sua libertação. Rodney Casares não possuía mais um corpo, uma ancôra, e sua mente despertou em um novo corpo. E então em outro, e outro, até dar-se conta que não era mais apenas UM homem, um indivíduo; Peasy precisava de um novo nome, pois agora era muitos, agora era uma Legião.
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Rodney Casares A.k.a Legião (????* Pontos): Força: ?, Habilidade: ?, Resistência: ?, Armadura: ?, Poder de Fogo: ?,  Pontos de Vida e Magia: ?/?, Vantagens: Imortal,  Troca Mental, Obstruir Movimento (É difícil mover-se entre a multidão).
Desvantagens: Restrição de Poder: Apenas Ex, Insano: Megalomaníaco e Obsessão (Vingar-se dos heróis do Monte - Cerberus em especial).
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Especial: Legião é um caso a parte de personagem com ficha extremamente vaga por conta de sua condição atípica. As estatísticas dependem do corpo ou corpos que Legião possui no momento. Isso inclui qualquer vantagem ou poder físico que o hospedeiro possuía em vida. Legião não sofre as limitações mentais de um Ex comum, apenas as físicas.
Não há forma conhecida de derrotar o vilão. Sua mente conjunta permite que Rodney esteja em vários corpos ao mesmo tempo, mas quando em um único corpo ele pode ser "morto". Ao sofrer um golpe de misericórdia (ver na postagem anterior) Legião é "arremessado" para um novo corpo em uma localização aleatória no mundo graças ao trauma e desperta após um período de tempo, como na vantagem imortal.
Uma solução definitiva ainda não foi apresentada na trama, mas talvez surja mais a frente...
Os ganchos de aventura são genéricos e podem ser usados a vontade podendo e devendo ser alterados ao bel prazer do mestre.

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1 - O governo, mesmo em frangalhos, decreta lei marcial e exige o alistamento de todo aquele que ainda puder lutar, mesmo que isso signifique privar pequenos grupos de seus guardiões. Os heróis precisam decidir suas prioridades e escolher se juntar ao governo ou ganhar um novo inimigo nesses tempos difíceis.
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2 - Um grande grupo Ex passam a agir de forma estranha na região onde os heróis se abrigam e é preciso investigar. Legião está por perto buscando formas de tornar seu exercito de mortos mais poderosos, mesmo que para isso precise matar alguns heróis sobreviventes. Os jogadores precisam deter o vilão antes que o pior aconteça.
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3 - Após várias perdas e meses vagando em busca de um lugar seguro o grupo dos jogadores encontra um abrigo ideal. O problema é que o novo lar fica após do outro lado da fronteira e os sobreviventes da região, auxiliados por forças militares, não estão dispostos a dividir suas reservas pacificamente. Cabe aos heróis administrarem a situação da  melhor forma possível e arcar com as consequência de seus atos, seja para o bem ou para o mal.


Ex-Patriotas






Já se passaram dois anos desde que o apocalipse de ex-humanos praticamente exterminou a raça humana. Dois anos desde que os últimos sobreviventes de Los Angeles foram reunidos pelo grupo liderado por Stealth e St. George, passando a viver entre as muralhas de sua fortaleza, o Monte. Durante esse tempo, os super-heróis lutaram com todas as suas forças – e contra inimigos poderosos – para garantir aos refugiados um mínimo de paz e esperança. Mas agora os suprimentos vêm se tornando cada vez mais escassos, e a horda de zumbis parece cada vez mais perto de invadir o último refúgio de Hollywood. Eis que surge um lampejo de esperança, quando um batalhão do Exército americano entra em contato com os super-heróis. E não é apenas um batalhão comum: os homens e as mulheres do Projeto Krypton sobreviveram à catástrofe mundial por serem supersoldados, criados para serem mais rápidos, mais fortes e mais inteligentes que qualquer outro espécime da raça humana. Mas um segredo sombrio e extremamente poderoso se esconde no coração do Projeto Krypton. Em quem os super- heróis deverão depositar sua confiança?
Título: Ex-Patriotas
Série: Ex-Heróis 
Editora: Novo Século
Autor (a): Peter Clines
Número de Páginas: 344


Após a eletrizante conclusão de Ex-Heróis, com a vitória sobre os Seventeens, a perda de um dos heróis e a descoberta da origem do vírus Ex, Stealth e St. George precisam lidar com as consequências de estar na liderança da resistência da humanidade. Os antigos membros da gangue do vilão Peasy que decidiram se unir aos heróis fizeram a população do monte aumentar e com isso o consumo de recursos precisou ser maior. Era preciso mais água, comida, segurança. A tensão de conviver com antigos inimigos fazia crescer o temos entre os habitantes, novas defesas precisavam instaladas para assegurar que a horda de zumbis ficasse fora do Monte. Ao passo que as responsabilidades cresciam, insegurança e outros medos passam a abalar os heróis. No fundo todos queriam um reforço na esperança.
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E isso acontece quando o exército americano ressurge com seus próprios super-humanos. Mas talvez eles não sejam exatamente o que se esperava....
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Através do mesmo esquema narrativo dividido entre capítulos do passado e do agora é que somos arrastados pela trama de Ex- Patriotas. No passado somos apresentados aos novos personagens, os militares do Projeto Krypton e tomamos dimensão do quão grande foi a onda de surgimento de super-seres (até o Vladmir Putin ganhou superpoderes), as corridas entre os países para conseguir os seus próprios campeões e o tamanho da expansão do vírus ex-humano. Além disse compreendemos alguns elementos que movem a trama. No agora acompanhamos os nossos cansados heróis enfrentando uma série de conflitos internos entre desejo de compartilhar o peso com alguém, confiar ou não em outras pessoas, ter ou não importância dentro de um grupo. E também tendo que lidar com uma possivél ameaça vinda por parte de seus novos aliados.
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Enquanto o primeiro livro da série é movido em quase toda sua trama por ação e apresentação dos personagens, o segundo volume tenta torná-los um pouco mais densos e acrescentar um clima mais dramático e ligado a tensão. Os heróis estão mais humanos, com questionamentos e aflições, com desejos e paixões. Fraquezas que mostram que apesar de seus poderes eles são humanos. Mas seus inimigos estão atentos a tudo isso. Um clima de intriga, segredos, reviravoltas permeiam a maior parte da trama e apenas para culminar em um final repleto de ação daqueles dignos de cinema.
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Como não poderia faltar, o livro faz diversas referências a cultura pop e ao mundo da cinematografia. Indo de citações diretas feitas personagens e outras sendo os próprios personagens. Quem não lê o nome Krypton e pensa no Superman ou compara um supersoldado do governo ao Capitão América?
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Peter Clines conseguiu fazer uma continuação empolgante para a série, embora não tenha o mesmo ritmo eletrizante por conta do clima psicológico que permeia o livro. Sem dúvida a série Ex-Heróis consegue prender o leitor tanto pela diversão descompromissada quanto pelo fator multimidiático. É impossível lê-lo sem imaginar a história nas folhas de uma HQ, nas telas de cinema ou mesmo em uma série. Assim como o primeiro, o livro é altamente recomendado para quem é fã de super-heróis, para os de zumbis, para os de ação, para quem procura diversão descompromissada e para todo aquele que não quer perder um bom livro. Se ficar de preconceito vai deixar uma boa dose de diversão de lado.


Mago - Espinho de Prata


Durante quase um ano, a paz reinou nas terras encantadas de Midkemia. Porém, novos desafios aguardam Arutha, o Príncipe de Krondor, quando Jimmy, a Mão - o mais jovem larápio dos Zombadores, a Guilda dos Ladrões - surpreende um sinistro Falcão Noturno prestes a assassiná-lo.Que poder maléfico fez com que os mortos se levantassem para combater em nome da Guilda da Morte? E que magia poderosa poderá derrotá-los?Mas, primeiro o Príncipe Arutha na companhia de um mercenário, um bardo e um jovem ladrão, terá que fazer a viagem mais perigosa da sua vida, em busca de um antídoto para o veneno que está prestes a matar a bela Princesa no dia do seu próprio casamento.
Título: Mago -  Espinho de Prata
Série: Saga do Mago - Livro 3
Autor(a):
Raymond E. Fiest
Editora:
Saída de Emergência - Páginas: 416


O mercado editorial brasileiro está crescendo a cada dia em termos de literatura de fantasia. Seja com os cada vez menos tímidos nacionais, seja com os estrangeiros, quem ganha com isso somos nós. E em tempos de dark fantasy, fantasias juvenis, e tramas com vários níveis de complexidades é bom ver que temos espaço para histórias de fantasia mais "clássica". Embate claro entre bem e mal, de aventuras marcantes, e enredo capaz de agradar aos fãs de Tolkien e Rowling: assim é Mago - Espinho de Prata.
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Estamos novamente em Midkemia e muito mudou dentro desse ano de paz desde os eventos de Mago - Mestre. O reinado de Lyam ConDoin está se consolidando, e após visitarem vários nobres e cidades no reino, o Príncipe Arutha ConDoin está finalmente de volta a Krondor e tudo que consegue pensar é em rever a Princesa Anita. Contudo o mal está sempre a espreita, mas graças a Jimmy, a Mão, seu velho conhecido, sua chegada a cidade não fora trágica. Aquela não seria a última investida. O mal não iria lhe dar sossego, e não seria em seu casamento que encontraria paz (autor tem algo contra casamento, só pode). Para salvar sua amada e impedir esse novo inimigo o Príncipe Arutha precisará embarcar em uma jornada extremante perigosa contando apenas com a sorte e companheiros valorosos como Jimmy, Laurie e Martin.
Falar do livro sem contar muito é difícil, mas assim tem que ser, pois é um livro repleto de segredos e durante a leitura cada descoberta é valiosa e enriquecedora. A trama é intrincada apesar de não ser complexa e repleta de conspirações políticas como em Guerra dos Tronos. Por todo o livro vemos a jornada de um homem apaixonado para salvar o amor de sua vida, mas a questão se torna maior a cada nova descoberta. Salvar Anita é apenas um dos passos que os heróis tem que dar. Que bom que temos vários deles para dividir a tarefa.
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Apesar de o maior destaque estar em Arutha, o resto de sua comitiva tem seus momentos, em especial Jimmy, a Mão - personagem que mais cresce durante todo a história. Além deste, outros núcleos também se destacam com os capítulos que acompanham Pug, o mago. É através dele que descobrimos a verdadeira extensão da sombra que paira sobre Midkemia e suas origens.
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Raymond E. Feist conduz a história de maneira espetacular e envolvente, reforçando cada vez mais sua criação enriquecendo com tramas subtramas, personagens bem construídos e bem aproveitados. Ao longo do livro personagens vem e vão, novos surgem, velhos conhecidos retornam, e todas as aparições são relevantes. O cenário criado, apesar de fantasioso, tem vida própria e consistência. É um daqueles mundos que dá gosto de entrar e um desânimo ao saber que iremos sair. Por sorte, ainda teremos mais. Muito mais.
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Os fãs de fantasia ganharam muito com a chegada da Saída de Emergência ao Brasil, a Coleção Bang! tem tudo para se tornar presente cada vez mais em suas estantes. Que tragam a parte quatro da Saga do Mago, que tragam as continuações, que tragam mais e mais fantasia de qualidade para nós.



Maratona Literária #EuTôdeFerias


Depois de uma semana de postagens esparsas, computador quebrando e poucos comentários voltamos a nossa normalidade. Ou melhor: voltamos com um desafio!
As blogueiras Denise, do blog Sacudindo as Palavras, e a Simeia, do blog Leitora Assídua, estão organizando uma Maratona Literária de Férias \o/ e nós embarcamos nessa! 
Bom, eu não posso dizer que estou de férias. Pra falar a verdade eu estarei cobrindo férias de um colega esse mês e com isso trabalhando em dobro, mesmo assim topei o desafio.

A Maratona Literária #EuTôDeFérias será dividida em duas partes independentes - você pode participar tanto de uma quanto de outra, ou apenas uma delas - e funcionará da seguinte forma:

Primeira parte: 

Como dezembro é um mês bastante corrido para a maioria das pessoas, então vamos ler apenas 5 livros, do dia 05 a 20 de dezembro.

Segunda parte: 

Já em janeiro, que é um mês mais folgado para a maioria das pessoas, a maratona será do dia 01 a 30 de janeiro, e vocês terão que ler 10 livros (caso vocês consigam e/ou queiram ler mais, fiquem à vontade).

Regras:

Participar do grupo do Facebook, assim vocês poderão interagir, postar resenhas, e falar sobre seu avanço na maratona;
Preencher o formulário até dia 04 de dezembro;
Só serão aceitos livros de 100 ou mais páginas;
Os livros ficam a critério de vocês;
Podem participar e-books;
Os blogueiros que participarem, devem fazer uma postagem de apresentação falando sobre a maratona;
Quem tiver blog deverá postar as resenhas dos livros lidos;
No final da maratona, a Denise e a Simeia irão fazer um sorteio para os participantes que concluíram a maratona e cumpriram com as regras da mesma. Mas atenção, só poderá participar do sorteio, quem estiver inscrito no formulário e cumprido as regras.
Eu já fiz a escolha dos cinco livros mínimos da primeira etapa da maratona e um bônus (a segunda etapa eu penso depois). Não há uma ordem exata de leitura e muito menos de publicação das resenhas, mas todas elas estarão aqui. Serão eles: A Lenda de Ruff Ghanor Vol. 1: O Garoto Cabra - Infinity Drake: Os Filhos de Scarlatti - Mago Vol. 4: A Trevas de Sethanon - Bruxos e Bruxas 4: O Beijo - A Carverna de Cristais Vol. 1: O Arqueiro e A Feiticeira + Crônicas de Senhores de Castelo Vol. 3: Maré Vermelha.

E aí, curtiu a brincadeira? Se junte a nós (e mais uma porrada de gente) nesse desafio! Boa sorte para quem for participar da maratona, e qualquer dúvida deixe nos comentários ou poste no grupo do Facebook.

Mago - Mestre





A saga épica de Midkemia continua… Passaram-se três anos desde o terrível cerco a Crydee. Os três rapazes que eram os melhores amigos do mundo encontram-se agora a quilômetros de distância. Pug, um escravo dos Tsurani, está prestes a se tornar um dos maiores magos que já existiram. Tomas, um grande guerreiro entre os elfos, arrisca-se a perder sua humanidade para a armadura encantada que veste. Arutha, príncipe de Crydee, luta desesperadamente contra invasores e traidores para salvar seu reino. Mago Mestre é recheado de aventura, emoção e ameaças tão antigas quanto o próprio tempo. Com o segundo volume de A Saga do Mago, Raymond E. Feist volta a provar que é um dos maiores nomes da literatura fantástica na atualidade.
Titulo: Mago: Mestre
Série: Saga do Mago - Livro 2
Autor(es): Raymond E. Feist
Editora: Saída de Emergência - Número de páginas: 432



Quando postei a resenha do primeiro volume da Saga do Mago o caríssimo leitor e amigo, Marco Antônio do blog Devorador de Letras, me falou uma grande verdade nos comentários da resenha de Mago: Aprendiz: "Realmente o autor esta de parabéns e a editora por nos presentear com obras como essa, acabei de ler Mago Mestre e lhe antecipo é fantástico e que venham os demais..." Pois é Marco, Mago: Mestre não deixa nada a desejar.
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Nosso épico de fantasia retoma a jornada dos nossos heróis, a principio três anos após o final do primeiro livro. Sim, a principio. Digo isso porque a passagem de tempo é veloz e constante, nada de período estagnado ou de "encher linguiça". Mas não pense que por conta da agilidade ela se torna rasa ou estará cometendo um grande engano. O que acontece é justamente o contrário: um aprofundamento maior. E não em apenas um núcleo. Todos os núcleos da trama sofrem um adensamento e/ou um amadurecimento. Política, intrigas, conspirações, golpes, segredos e guerras tornam-se mais contantes, e os romances mais adultos.
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É nos personagens jovens que sentimos as maiores diferenças e a presença desse amadurecimento. O príncipe Arutha assumindo uma posição de destaque na defesa contra os ataques Tsurani, Tomas e sua aproximação da Rainha dos Elfos, e Pug se adequando a uma nova cultura, descobrindo o seu potencial e entendendo melhor o seu papel na guerra. Acho bacana a questão de manter a narrativa em núcleos e não valorizar um só personagem, apesar do nome Mago estar na capa. Em alguns momentos chegamos até a nos perguntar porque o livro leva esse nome, mas logo recordamos. A magia não nos deixa esquecer.
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Raymond E. Feist novamente conduz a história de maneira espetacular e dificilmente deve ser considerado como apenas mais um autor de fantasia. Apesar de em alguns momentos da leitura desejar por mais Pug, Arutha subiu no meu conceito como personagem, ele e todo seu núcleo. Alguns podem achar a leitura difícil, e até chata, mas creio que seja mais por falta de costume e/ou não se dar bem com o tipo de narrativa ou cenário. Gosto muito de histórias profundas assim, desbravar o mundo ao máximo, embora seja apreciador de tramas leves e bem escritas, mas é uma certeza que terei o maior prazer em acompanhar A Saga do Mago. Essa saga já está marcada como uma das mais fantásticas que já li e com toda certeza irá me inspirar em diversas aventuras que ainda estão por vir.
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Os fãs dos grandes épicos, sagas profundas e de um bom RPG clássico estão bem servidos no que depender da Saída de Emergência e de Raymond E. Feist. Aos amigos: Deliciem-se neste banquete da coleção Bang!. Bom apetite!





Constantine - A Série






Baseado no personagem da DC Comics, Constantine acompanha o enigmático vigarista John Constantine que se torna detetive das forças ocultas e se vê obrigado a defender o nosso mundo das representações malignas do além.
Constantine
Lançamento: 2014 Duração: 43 Min/Episódio
Gênero: Fantasia, Sobrenatural
Produção: DC Entertainment, Warner Bros. Television
Elenco: Matt Ryan, Charles Halford, Harold Perrineau, Angélica Celaya, Michael James Shaw, Emmett J Scanlan, Lucy Griffiths


Seguimos a semana falando de magia, mas dessa vez na TV. O mago inglês mais querido dos quadrinhos ganhou uma nova chance após o filme de 2004 onde foi interpretado por Keanu Reeves e recebeu outra caracterização (alguns gostam ou outros não). Porém mal a série estreou e já periga ser cancelada ainda em sua primeira temporada.
Quando anunciada ao público a série Constantine causou uma grande comoção entre os defensores da ideia e seus opositores. A cada novo detalhe entregue a público as discussões aumentavam: fumante ou não fumante, TV aberta ou fechada, fiel aos quadrinhos ou não, ambientação adulta ou abrangente. O nível de expectativa oscilava bastante e não era para pouco, o personagem tem uma legião de fãs. (Falaremos sobre os quadrinhos em outra oportunidade.)
Assisti ao episódio piloto, vazado meses atrás, e esperei para poder dar minha opinião a partir do episódio devidamente finalizado e estruturado. Eis que antes da estreia oficial mudanças ocorrem na série e a personagem Liv, que seria a parceira de John, é retirada no primeiro episódio e cenas precisaram ser regravadas. A justificativa era aumentar a dinâmica entre o elenco e acertas pontos que foram alvos de críticas. No entanto, a estreia da série na TV registrou baixa audiência, e continuou assim durante os quatro episódios seguintes. Uma audiência instável e sempre baixa, abaixo da média conquistada por outras séries do canal.
Conferi todos os cinco episódios para formar uma opinião sobre a série e analisar as razões desse fraco desempenho.




A premissa da série é simples: o ex-vocalista da Membrana Mucosa, exorcista e mestre das artes ocultas, John Constantine ainda se culpa pelo que ocorreu em Newcastle e ter permitido que a alma da garota Astra fosse levada ao inferno. Porem seu isolamento é interrompido e o mago se vê no meio de uma guerra entre as forças do bem e do mal. John precisa salvar Liv - a filha de uma antigo amigo que tem o dom de prever acontecimentos sobrenaturais e ver os mortos - pois as trevas crescentes a veem como uma ameaça. Quando as coisas tomam uma proporção maior que o esperado Constantine convencido a tomar um lado e impedir o avanço do mal, e talvez assim salvar a sua alma da danação eterna.
Regada com bastante suspense, ação, elementos sobrenaturais a série possui um bom ritmo, atuações convincentes, efeitos especiais bacanas, roteiros que divertem. Por um outro lado ainda enfrenta dificuldade no aproveitamento de seus personagens. Há pouquíssima real participação dos coadjuvantes na trama de alguns episódios. Os esforços tem feito de Constantine uma boa série, a evolução constante poderia ser sua salvação, mas não ponho muita fé que isso aconteça.
Ao meu vez, parte de seu baixo desempenho se deve ao fato do mercado estar saturado de séries sobrenaturais no momento, e embora divertida a série não tem um grande enredo ou um apelo forte entre o público não leitor de quadrinhos. Outra fração talvez se deva a opção de fazer a série mais abrangente, restringindo a temática adulta comum nos quadrinhos. Uma série sobrenatural com o diferencial adulto teria maiores chances de sucesso ao meu ver. Como adaptação a série até se sai bem visualmente e na incorporação dos personagens, mas sofre com as restrições. O que não quer dizer que não se saia bem na construção de seus episódios. Contudo a fatia do público dada como certa - os consumidores de quadrinhos - em sua maioria esperava por algo mais.
Apesar dos pesares, Constantine ainda é uma série bacana de acompanhar e ocupar o tempo. Embora não seja a primeira na minha lista de prioridades, continuarei a acompanhar a série para conferir esse aumento gradual de qualidade e onde irá terminar a campanha #SaveConstantine.




Mago - Aprendiz






Na fronteira do Reino das Ilhas existe uma vila tranquila chamada Crydee. É lá que vive Pug, um órfão franzino que sonha ser um guerreiro destemido ao serviço do rei. Mas a vida dá voltas e Pug acaba se tornando aprendiz do misterioso mago Kulgan. Nesse dia, o destino de dois mundos altera-se para sempre.
Com sua coragem, Pug conquista um lugar na corte e no coração de uma princesa, mas subitamente a paz do reino é desfeita por misteriosos inimigos que devastam cidade após cidade. Ele, então, é arrastado para o conflito e, sem saber, inicia uma odisseia pelo desconhecido: terá de dominar os poderes inimagináveis de uma nova e estranha forma de magia ou morrer.
A Saga do Mago é uma aventura sem igual, uma viagem por reinos distantes e ilhas misteriosas, onde conhecemos culturas exóticas, aprendemos a amar e descobrimos o verdadeiro valor da amizade. E, no fim, tudo será decidido na derradeira batalha entre as forças da Ordem e do Caos.
Titulo: Mago: Aprendiz 
Série: Saga do Mago - Livro 1
Autor: Raymond E. Feist
Editora: Saída de Emergência - Número de páginas: 432
Demorei um tempo antes de finalmente entrar no mundo mágico das publicações da Saída de Emergência, um lapso de alguns meses. Já tinha me apaixonado pela coleção através da Revista Bang!, mas estava sem tempo e sem dinheiro para investir. Isso foi resolvido no final de dezembro do ano passado quando comprei meu exemplar, estiquei o meu mapa e iniciei minhas aventuras por aquele novo mundo.
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Uma obra-prima de fantasia épica - pela primeira vez me vi obrigado a concordar os dizeres de uma capa. Mago: Aprendiz é um épico de raiz, daqueles com a fantasia clássica e suas raças forjadas nas mitologias do norte, e reforçadas por Tolkien. Feist cria um cenário rico e profundo com personagens bem construídos e nada bobos, mesmo os de menores participação tem uma construção mínima para dar credibilidade a trama. Que por sinal é recheada: disputas amorosas, amores proibidos, mistérios ocultos, conspirações, alianças, guerras, intrigas políticas e muito mais.
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Pug, personagem central da trama, é só uma peça dentro da história e construído de forma a ser tão importante quanto os outros e não o grande destaque. O rapaz atrapalhado de mente rápida e metódica evolui, mas também falha e erra, teme e supera. Isso faz dele um personagem mais real, apesar da nítida fantasia, e assim é com os outros. inclusive o sonhador irmão de criação de Pug - Tomas - que se tornou junto com o anão Dolgan o meu favorito.
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Não preciso conhecer Raymond Elias Feist para reconhecer que os épicos clássicos e RPG fizeram parte de alguma etapa de sua vida. Para um jogador contumaz como eu as referências são nítidas. A leitura foi como acompanhar uma enorme campanha jogada através dos anos e que levou a êxtase os participantes da jogatina. Porém apesar de tudo, a narrativa é abrangente, e as referências aparecem de forma leve passando sem nenhum incomodo àquele que não conheça os clássicos e/ou seja fã do jogo de quatro décadas. A leitura flui fácil com pequenas pausas nos capítulos e avanços temporais que poupam de uma parte arrastada.
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O melhor de tudo (ou pior para alguns) foi descobrir que a série não acaba no segundo como eu pensei na época. Confesso que estava desinformado, garoteando na rede, podia ter descoberto antes, mas como aconteceu foi bem melhor: recebi o segundo volume das mãos da minha noiva Neyla, coloquei junto com o primeiro na estante e nesse instante percebi que nas laterais dos livros as letras M e A. Então me achando o Sherlock Holmes conclui que são 4 livros e que juntos formam o nome da saga: MAGO. Em breve teremos aqui as resenhas das sequências e mais informações, fiquem ligados.
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Agora, devidamente equipado para os perigos de Midkemia tenho apenas isso a dizer: Mande quantos desafios quiser senhor Feist, não temo longas jornadas e nem ser algum. Que a Saída de Emergência traga todos os seus livros!




#NovembroCastelar: Entrevista G. Brasman e G. Norris


Sejam bem-vindos Navegantes do Multiverso. Eu sou Ace Barros, capitão da nave Interlúdio e hoje a postagem será diferente. Começando pela apresentação. O motivo disso é o alcance da mensagem. Sim, o #NovembroCastelar é um evento maior e não pode estar restrito apenas ao público que já visita o blog.
Se não está sabendo o que é o #NovembroCastelar visita essa outra postagem AQUI que eu explico tudinho (se eu fosse você iria lá, tem sorteios rolando).
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Algo que sempre reparo nos comentários frente a frente e também em resenhas dos livros da série é a surpresa de algumas pessoas ao saber que os autores são nacionais. Não entendo bem o que leva a as pessoas a pensarem isso. Talvez seja pelos nomes, talvez seja pelo preconceito por achar todo o trabalho do livro (texto e parte gráfica) acima do padrão nacional. O que sei é que já passou da hora de conhecerem um pouco mais sobre a dupla. Por isso é com e sobre eles que falaremos hoje nessa entrevista.
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Mas primeiro, um pequeno resumo sobre os autores.
Gustavo Brasman nasceu em Curitiba, é casado e pai de duas lindas filhas. Filho de uma professora e de um garçon, costumava comprar gibis usados para poder ler nas férias. Aos 12 anos surgia sua primeira história de ficção. Inspira-se em séries, filmes e literatura fantástica (Tolkien, Isaac Asimov, Irmãos Grimm, etc). Já foi vendedor, analista, consultor, tenente do exército, empresário, colaborador de jornal, palestrante, gerente de uma corporação internacional, escritor e roteirista. Brasman usa toda sua experiência e criatividade como base para suas criações, o que faz de suas histórias uma experiência repleta de reviravoltas e aventuras fora do comum.
Gustavo Norris é casado e mora em Curitiba. Teve seu primeiro conto publicado em 2005. Costuma citar como referencias filmes como Star Wars, Matrix, Senhor dos Aneis e Blade Runner. Gamer fanático, sempre está jogando PS3 ou Xbox360. Na literatura, gosta muito de autores russos, Michael Moorcock e é um grande admirador de Stephen King. Além disso, curte Calvin & Hobbies, de Bill Wattersoon, HQs como Liga da Justiça e quadrinhos adultos como Sandman (Neil Gaiman) e Watchmen (Alan Moore).


Ace: Primeiramente, sejam bem vindos ao Multiverso X, o lugar onde todos os universos convergem. Gostaria a disponibilidade e a boa vontade de cederem essa entrevista. Fico honrado de ser um castelar e ajudar com as ações do #NovembroCastelar.
Agora vamos às perguntas. Começaremos então falando justamente sobre uma parcela do público acreditar que vocês são uma dupla de autores estrangeiros. O que, na opinião de vocês, leva a isso?
G.Norris: A literatura fantástica sempre foi dominada por autores estrangeiros e o mercado deste ramo é muito forte em países como E.U.A, que possui até mesmo prêmios específicos como o Nebula. Assim, grandes nomes da literatura fantástica são, de fato, estrangeiros. Acho que isso contribui muito para a percepção do público, que já está mais acostumado com autores internacionais do que autores brasileiros em ficção fantástica, embora nos últimos anos isso tenha mudado um pouco e o Brasil começa a ter mais representatividade nesse mercado.
Brasman: Na verdade essa foi uma tática usada por nós para que os estrangeiros pensassem que nós fossemos de lá. E quando eles descobrissem a verdade, seria tarde demais para eles (mas não fala isso pra ninguém, pois é segredo kkkk).
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Ace: Já que os nomes adotados por vocês levam uma parcela de culpa, que tal falar da origem deles e a razão de não ter utilizado os sobrenomes Girardi e Tezelli que também são sonoros?
G.Norris: Gustavo Tezelli não soa tão bem assim (risos). Eu faço parte daquela parcela de pessoas acostumadas com nomes estrangeiros. Pra falar a verdade, minhas referências de escrita e leitura são todas estrangeiras e desde o dia 1, nós pensamos em lançar a saga no exterior, achamos melhor criar pseudônimos para isso.
O meu nome foi complicado de se achar. Não tinha uma ideia legal ou pronta na cabeça, mas na época (2007, eu acho) eu acabei lendo as “verdades indubdáveis (sic) sobre Chuck Norris” na internet. Eu cresci vendo os filmes dele e acabei, por brincadeira, usando o Norris no nome e acabou ficando legal. Quando fomos publicados, decidi manter e está assim até hoje.
Brasman: O meu pseudônimo já foi diferente. Desde o começo eu tinha essa visão de dominação global, e influenciado pelo meu espírito Troll, pensei que seria muito legal de falar em um Talk Show americano “Brasman means BraSilian Man baby… with S, and no Z!”. Simples e direto ;)
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Ace: Todo autor deve estar calejado de responder essa, mas: por que escrever?
G.Norris: Sim, todo autor está calejado dessa mesmo (risos).
Stephen King sugeriu (na série A Torre Negra) que escritores são meros portais entre uma dimensão e outra. Eu concordo com ele. Às vezes, uma história surge e insiste em ficar na cabeça, rondando suas ideias, se conectando ao seu dia a dia. Isso aguça sua curiosidade para saber mais sobre ela.
O motivo de escrever para mim é simples: Eu escrevo por diversão. Não tenho outra ambição ou desejo nesse ponto, mas não nego que é gratificante receber um e-mail dizendo que seu livro é (ou foi) muito especial para alguém ou que trouxe emoções diferentes para o leitor. Esta tem sido uma recompensa inestimável para mim.
Brasman: O Norris tá filosófico hoje. Quem mandou eu deixar ele responder primeiro né rsrsrs… Enfim… por que escrever? Pra mim é simples: sou um sonhador. Adoro dar forma e vida às coisas. E não tem nada melhor do que as letras para transformar um sonho em realidade. Criar é uma sensação tão maravilhosa, que às vezes só por rascunhar uma ideia já me sinto mais feliz.
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Ace: Uma pergunta de extrema importância: como vocês se conheceram e o que levou vocês a escrever a quatro mãos?
G.Norris: Como todas as boas ideias, basta uma pequena convergência para que algumas coisas aconteçam. Nós trabalhávamos na mesma empresa e acabamos por tomar um café juntos um dia. Simples assim. Daquele café saiu os primeiros Senhores de Castelo, 3.000 anos de história da Ordem, o rascunho do primeiro livro e as primeiras ideias sobre o Multiverso.
Brasman: Essa é a versão oficial. Mas eu gosto da versão “oficiosa”: Norris e eu fomos escolhidos pelo Multiverso para apresentar os Senhores de Castelo para os seres humanos deste pequeno planeta de um quadrante não mapeado, recrutando pessoas de bem e cheias de talento para serem novos castelares e se juntarem à nobre Ordem de Ev’ve!
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Ace: E esse processo é fácil ou as vezes atrapalha?
G.Norris: Já foi mais fácil (risos), mas hoje ainda é bem tranquilo. Não acho que atrapalha, mas deve-se ter uma boa dose de conversa e alinhamento antes da escrita. Ao escrever a quatro mãos, você pode perder um pouco de liberdade, já que não são só as suas ideias que serão escritas e nem tudo poderá ser como você quer, mas em compensação, você tem outra opinião e outra forma de ver as coisas, que pode te ajudar no processo criativo e também te tirar daquele “bloqueio” da história.
A parte mais importante é manter diálogo e definir sempre o rumo da história antes de escrever. Aceitar ideias diferentes das suas e abrir mão de alguns conceitos também, ser flexível. Acho que assim é bem mais fácil para fazer um livro.
Brasman: Disse tudo!
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Ace: Quem conhece mais a fundo suas obras sabe que há muito da vida de vocês transportada para seus personagens. Isso não é bem um segredo, já que está nos extras no site de vocês. Mas porque optaram por algo assim?
G.Norris: Não sei se é uma opção. Acho que, no começo, era uma forma de brincarmos com o nosso dia a dia e um exercício de imaginação ao tirar essas coisas do mundo real e coloca-las em outro lugar, apenas para ver como ficariam. Para diversão ou mero passatempo, essas incursões acabam por ajudar muito na construção de cenários, personagens, situações, etc. Além disso, é legal homenagear algumas pessoas que, de alguma forma, ajudaram na construção da saga (alguns fãs já tiveram seus nomes ou trejeitos inclusos nos livros por acreditarem tanto no Multiverso).
Brasman: Falando sério agora. O que é a ficção, senão uma representação da vida? Então nada mais normal do que o autor levar suas experiências para a sua arte. Contudo, no caso dos Senhores de Castelo, tomei para mim como algo muito maior do que apenas uma simples história. Quero levar para as pessoas um pouco da minha filosofia de vida, mostrar que algo divertido também pode ser tocante, que coisas importantes na ficção também são importantes no nosso dia a dia (amizade, respeito, honra, amor) e que, por mais que não queiramos, deveremos enfrentar espinhos ao longo do caminho. A única opção que teremos é escolher como lidar com essas situações.
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Ace: Alguns autores começam sua carreira de forma contida, com um livro apenas. Outros preferem arriscar-se em séries e sagas. No entanto vocês estão planejando algo bem grande. A série Colapso, com cinco livros, é apenas um dos projetos que vocês tem para o universo criado em torno dos Senhores de Castelo. Se não for segredo, que tal revelar um pouco dos planos de vocês?
G.Norris: Uma vez, dando uma entrevista para Maria Rafart (uma radialista muito legal da Rádio Transamérica) chegamos a essa questão e ela, depois de nos deixar explicar tanto sobre os planos para a saga, disse: Quem pensa pequeno, fica pequeno. Quem pensa grande, fica grande. Acho que define bem o nosso propósito. O Multiverso é muito grande e tem muito material inédito que não cabem apenas em livros, mas em quadrinhos, animações, filmes, jogos etc. Parte dessa expansão é justamente para escolher a melhor mídia para contar a história.
No momento, estamos a revisar a tradução para o inglês do livro I, para um possível lançamento fora. Contratamos uma empresa para nos ajudar nisso e estimamos que em 9 meses teremos novidades sobre os “CastleLords”. Também há uma proposta de animação em andamento, estamos revendo um roteiro e podemos ter surpresas no futuro sobre isso.
Brasman: O Norris esqueceu de falar que estamos bolando uma HQ, um Board Game e um RPG. Quando isso tudo vai ficar pronto? Ainda não sabemos, mas que é muito bom poder expandir o Multiverso dessa maneira… ah isso é!
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Ace: Focando no presente, o que podemos esperar para a conclusão da Série Colapso?
G.Norris: Hum. Acho que muita gente vai ficar surpresa com o fim da série. Eu gostaria disso.
Brasman: Como o nome diz… um COLAPSO! Bom, não querendo dar spoilers, mas viemos plantando informações desde o livro 1, para quando chegar no final, tentar surpreender os fãs. Alguns podem descobrir algumas das coisas que planejamos, mas ainda assim, creio que se surpreenderão.
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Ace: Fiz essa mesma pergunta para alguns autores em outras oportunidades, mas gostaria de saber de vocês. O que vocês acham dessa explosão da Literatura Fantástica nos últimos tempos, principalmente com autores brasileiros? Acha que isso pode durar ou seria só uma fase?
G.Norris: Acho que melhorou bastante. Temos filas e mais filas de autógrafos para autores brasileiros e o mercado editorial voltou mais seus olhos para o que é feito aqui. Isso é muito bom para todos, autores e leitores, e com certeza deve durar muito.
Brasman: Eu tenho a felicidade de trabalhar com um gênero que não depende de moda. Ficção e fantasia estão aí desde sempre, e independente da “onda do momento”, sempre há uma seção da livraria dedicada a trabalhos deste gênero. O “boom” que ocorreu de autores nacionais se deve a um fato muito simples: as editoras viram que é possível ganhar dinheiro com autores nacionais. E a tendência agora é só expandir e solidificar.
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Ace: Essa é essencial. Para quem ainda está começando a escrever, como eu, ou ainda pensando em fazer, podem dar algumas dicas?
G.Norris: Eu não sou muito de dicas, mas tem um escritor que faz vídeos só de dicas para quem quer escrever. Eu mesmo já peguei algumas com ele. Segue o link:
Brasman: To falando que o Norris pegou todas as respostas boas? rsrsrs Enfim: dica 1 - se quer escrever, pare de ficar pensando e pensando. Senta e escreve logo. Depois de escrito parte para a revisão (na verdade, revisões). E se quiser publicar, estude todas as alternativas disponíveis antes de se atirar na primeira “oportunidade” que encontar. Já vi muitos autores (muitos mesmo) se arrependerem por terem optado por um caminho que parecia mais fácil, sem estudar a questão antes.
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Ace: E dicas de leitura? Podem nos dar algumas?
G.Norris: Bom, eu tenho os meus autores preferidos, mas hoje deixo como dica Calvin & Hobbies, do Bill Watterson. É simplesmente incrível.
Brasman: Virei fãn-boy do Neil Gaiman. Praticamente qualquer coisa que esse cara faz é incrível! Só para citar 3 livros show de bola dele: Deuses Americanos, Lugar Nenhum e Oceano no Fim do Caminho (Leitura garantida pelo selo Brasman de qualidade!)
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Ace: Agradecendo novamente a oportunidade da entrevista! Deixamos um espaço para vocês darem seus recados, então sintam-se a vontade para falar sobre o que quiserem.
G.Norris: Eu quem agradece. Abraço a todos.
Brasman: Dê uma chance para o Multiverso e leia os Senhores de Castelo. Garanto que você vai se surpreender!